quarta-feira, 22 de maio de 2019

Ciberpajé integra banca de mestrado sobre Lady Víbora na UFG

O Ciberpajé (Edgar Franco) integrou a banca de mestrado da pós-graduanda Ilda Aparecida Ribeiro Santa Fé que defendeu a dissertação intitulada "Processos de criação de Uma Personagem Ficcional Autobiográfica", no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da UFG - Universidade Federal de Goiás.

A pesquisa buscou detalhar o processo criativo de uma personagem ficcional de base autobiográfica inspirada no empoderamento feminino e no universo dos fetiches, sobretudo na podolatria, e apresentar a construção midiática e artística da personagem Lady Víbora  em múltiplas mídias e suportes: gravura, fanzine, redes sociais, fotografia e performance. 


A defesa aconteceu no dia 13 de maio de 2019 na FAV/UFG. A banca foi composta pela Profa. Dra. Adriana Mendonça (PUC/GO), pelo Ciberpajé (UFG) e pelo orientador Prof. Dr. José César Teatini Clímaco (UFG). O Ciberpajé agradece o convite e e parabeniza  Ilda Santa Fé e pela inovadora proposta de pesquisa e pelos resultados poéticos e reflexivos de qualidade. Seguem algumas fotos da defesa, incluindo as acadêmicas que não podem faltar!

 A pose acadêmica da banca, da esquerda para a direita: Profa. Dra. adriana Mendonça (PUC-GO), Ciberpajé (FAV/UFG), Ilda Santa Fé e o orientador Drof. Dr. José César Teatini Clímaco (FAV/UFG).

Variação da pose

A pose incluindo os amigos que foram prestigiar a defesa 

 Séria

Mais uma 

De longe


O Ciberpajé e Ilda Santá Fé, logo após a defesa com a bela gravura que ganhou de presente de Ilda!

Leia opiniões de artistas e musicistas sobre o EP Ciberpajé - Encanto da Terra



O Projeto Ciberpajé lançou recentemente o seu novo EP Encanto da Terra pela Lunare Music (SP), ouça-o aqui, ou clicando na capa do EP nesse post. O lançamento é fruto da nova parceria do Ciberpajé com o musicista G. Alves (SP), dessa vez através de seu projeto "Puro". G. Alves é a mente por trás do net label Lunare Music e do lendário projeto musical Each Second, já tendo realizado múltiplas parcerias musicais com Edgar Franco e tendo sido um dos idealizadores do Projeto Ciberpajé. Dessa vez a proposta para o EP partiu de G.Alves e de seu projeto "Puro" que é totalmente baseado no conceito de "field recordings", ou seja, gravações de áudio produzidas fora de um estúdio utilizando sons naturais/da natureza e outros produzidos por humanos.

Capa do EP "Ciberpajé - Encanto da Terra"


O EP tem despertado o interesse de muitos artistas e musicistas que seguem emitindo suas percepções sobre ele, seguem algumas dessas opiniões:

- Nada melhor que um gênio! Aplausos, Edgar Franco! Viva!!! (Enio Eustáquio Ferreira - Presidente da ALAMI - Academia de Letras, artes e Música de Ituiutaba/MG)

- Edgar Franco curti a valer a obra. Muito bacana a maneira que foram tratadas as sonoridades da natureza, incluindo-nos e integrando-nos enquanto parte fundamental do processo. Assim como o "transhuman baphomet", essa experiência sensível me nutriu aqui no processo criativo e estou já bolando algo em diálogo com essas obras. Quando rolar algo te mando...hehehe...Muito massa! Parabéns aos envolvidos! Abração! "Só se vive na tempestade" (Frederico Carvalho Felipe - Artista Multimídia, mestre em Arte e Cultura Visual/UFG, professor e pesquisador)

- Estou encantado, as obras cumpriram sua função. E encantado em todos os sentidos da palavra ENCANTO. Viva a magia dos bruxos e bruxas que ainda conseguem lançar encantos sobre nós. Viva a magia. Viva a exuberância de palavras e sons do Ciberpajé. (Adaor Veg - Filósofo, professor e educador)

Excelente! Como de costume, mais uma grande obra sonora! Desta vez, a majestosa natureza, aliada ao vocal do Ciberpajé, nos convida a embarcar em uma profunda viagem em direção a nosso próprio âmago: os confins de nossa própria essência. Parabéns, grande Edgar Franco!!! Tudo de bom meu caro!!! (Sânian - musicista e mentor da banda Bells of Soul)

Pela terra… pelos seus cantos e curvas… em cantos… cânticos… os últimos… na farra do concreto e do asfalto que impermeabiliza o solo… há cantos… que racham e por lá brotam a resistência dos artifícios do natural… a mais bela artificialeza surge! e nesta mergulho...surge cegando o visor de meu escafandro cangaçofuturista inframares com sua prótese bioluminescente…cego sou guiado pelos meus pés… minhas botas de mergulho são feitas de ósmio e genes de peixe ogro conectados a mim… assim meus passos enxergam por teus olhos… recomeçam de evoluções em revoluções… mas ainda doem e me lembram que sou terminal…adoro sentar próximo às fontes hidrotermais destes cantos… sulfeto de hidrogênio é uma delícia para meus pós-pulmões além-caatinga… a tempestade não me incomoda aqui... sua calmaria sim… sinergia tópica… sinestesia espacial… sob toneladas de água sobre mim, sinto a leveza do caminhar descalço pelos encantos da terra... (Léo Amante da Heresia - Artista transmídia, doutorando em Arte e Cultura Visual/UFG)

- Um som literalmente Ambiente! Aproveitar e ouvir o Cerrado Ser novamente. (Bruno Rios - professor e pesquisador)

- Uau!!!! Aforismos intensamente mágicos, os sons me fizeram ter uma imersão momentânea em algum lugar que desconheço mas que me lembra que tudo é possível. O segundo principalmente me trouxe de um jeito leve a lembrança de mitologias nórdicas. Parabéns!!! Belíssimo trabalho. (Carla Fernandes - Arquiteta e pesquisadora)

- Esse EP teve grandes quebras de paradigma em relação a outros trabalhos seus que ouvi. Tem belos aforismos, elaborados com uma proposta bem experimental, e que, ao mesmo tempo, traz a pureza de vários sons naturais rearranjados. Parabéns. (Rafael Senra - Artista multimídia, professor e pesquisador da UNIFAP)

- Edgar Franco, aterradoramente coincidente estava procurando trilhas para o novo laboratório de atuação que estou fazendo com meus alunos. Como faço pra usar as músicas do ciberpajé nela? (Joe Nunes - Teatrólogo, diretor e escritor)

- Adoro seu trabalho cara! Você é uma inspiração! (Henrique Becker)

- Poesia etérea! Poesia pura! Sou fã desse cara!!! Edgar Franco Ciberpajé! (Marina Mara - Poeta, ativista cultural, mestranda em Artes/UnB) 

Saiba mais sobre  o EP e o Projeto Musical Ciberpajé e ouça os 17 EPs criados em parcerias com musicistas das 5 regiões do Brasil nesse link.


terça-feira, 14 de maio de 2019

[Resenha] EP Ciberpajé - Encanto da Terra fez-me sentir mais humana e, sobretudo, mais animal! Por IV Sacerdotisa Danielle Barros



Gostaria de iniciar falando sobre os aforismos, que trazem em essência a mensagem da oposição complementar: luminosidade que surge da escuridão; fim e recomeço; dor e revolução interior; tempestade e calmaria; êxtase e sofrimento. Ao contrário dos EPs anteriores em que os aforismos são recitados, neste EP Encanto da Terra eles tem um ritmo, que em certos momentos flui harmonicamente com os sons da natureza, e em outros, destoa, e incomoda. Em todas as faixas, os aforismos ecoavam como mantra em minha mente.

 A arte da capa e suas cores ficaram lindas! A simbologia do guardião em simetria, cuidando do ovo ao centro, que olhando mais de longe, parece ser a pupila do olho de Gaia. O ovo cósmico que simboliza a vida e criação. As cores predominantes azul e roxa, proporcionam uma sensação de paz, serenidade e transcendência espiritual. 

Clique na capa do EP "Encanto da Terra" para ouvi-lo na íntegra


A proposta de Genilson (Puro) e do Ciberpajé neste projeto em focar nos sons da natureza e nas vozes em melodia proporcionam uma experiência diferente e estranha, por outro lado, essa estranheza que senti só confirma a ousadia e o experimentalismo que a dupla sempre nos desafia a fruir em suas criações. O Aforismo I começa com sons de pássaros, floresta, com a melodia do aforismo com voz incômoda e monstruosa seguida de um silêncio de profunda paz, que se segue de um entoar que remete a um cântico ancestral. O Aforismo II trouxe-me uma lembrança de infância, de um ritmado de filme de terror com um final selvagem e bizarro. Já no Aforismo III, a melodia fluiu perfeitamente com o som da natureza e o mantra da tempestade persistiu na minha mente o dia todo.

Só uma criação autoral e despretensiosa em relação ao que o público espera usa sons de grilos e de uma pessoa arfando para abrir um EP. A mim soou como uma simbologia de animalidade que abre os sentidos de quem está ouvindo, provocando outros sentidos, como o da iminência da fuga ou a de incitar a animalidade do ouvinte. Uma das coisas mais ricas que percebo quando me deparo com uma criação do Ciberpajé e de Genilson (Puro) é saber que, em cada obra, eles brincam e experimentam, utilizam os sons de formas distintas, inovam nos conceitos e simplesmente se divertem criando. 

Em tempos de degradação da natureza e de extinção das espécies a passos largos, poder desfrutar deste EP Encanto da Terra, fez-me sentir mais humana e, sobretudo, mais animal. Um animal que é parte de tudo, que cria e vivencia a arte autêntica, a arte livre! Parabéns aos criadores por mais este EP!

*IV Sacerdotisa Danielle Barros - é artista multimídia, doutora em arte/ciência e educação pela Fiocruz/RJ e professora da UFSB, em Teixeira de Freitas (BA).

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Ciberpajé é referência em vídeo do canal Caosofia sobre sigilos mágickos sonoros


O notório canal CAOSOFIA, dedicado ao estudo e prática mágicka no contexto da magia do caos, preparou uma série incrível sobre a realização de sigilos mágickos que está sendo postada em capítulos, com muito didatismo e conhecimento de causa, explorando múltiplas técnicas e versões possíveis da magia de sigilos. Trata-se de um dos melhores materiaius já disponibilizados na web brasileira sobre o assunto.

O quarto episódio da série, disponibilizado no canal Caosofia do Youtube, trata dos Sigilos Sonoros e Musicais e apresenta como exemplo criativo um dos sigilos sonoros do Ciberpajé , o Noisigil, criado com seu projeto musical Posthuman Tantra, que também é citado no vídeo como exemplo de banda que utiliza-se de estratégias sonoras como forma magística. Assista ao episódio completo Sigilos Mágicos # 4 , e aproveite para conferir os anteriores!

 O artista multimídia e magista Fausto ramos explicando os processos de sigilos sonoros no vídeo "Sigilos Mágicos #4"


Momento do vídeo em que parte do sigilo sonoro-musical Noisigil, do Ciberpajé, é tocado, mas antes Fausto Ramos avisa-o  para evitar que ele ouça novamente o sigilo. Arte de Daniel Dutra.

Confira o vídeo completo:



Leia as 2 entrevistas com o Ciberpajé detalhando 2 de seus sigilos sonoro-musicais que foram conduzidas pela IV Sacerdotisa Danielle Barros: NOISIGIL - Primeiro "Sigilo Sonoro Ocultista" do Posthuman Tantra e Ciberpajé desvela a criação de DOUOSVAVVM, novo sigilo mágicko do Posthuman Tantra.

O Ciberpajé agradece ao mentor do Canal Caosofia, o artista multimídia e magista Fausto Ramos, pela citação e divulgação de suas obras!

Ouça o Posthuman Tantra no podcast "Toca do Shark # 6"

Banner do Podcast Toca do Shark #6, incluindo as bandas dessa edição

O Posthuman Tantra foi selecionado como banda de fechamento do sexto programa Podcast Toca do Shark, capitaneado pelo grande ativista underground Alexandre Quadros e seu filho Ícaro Quadros. O podcast é um desdobramento musical do seminal Blog Toca do Shark, espaço fundamental de divulgação do rock e metal underground na web brasileira que existe há mais de 8 anos, incluindo resenhas, matérias e entrevistas. O Ciberpajé foi inclusive entrevistado para o blog em uma exclusiva conduzida por Alexandre Quadros e intitulada: Edgar Franco, o Ciberpajé: Arte, Auto-revolução e Integralidade, na qual ele destrincha seu ideário, seus processos criativos artísticos e musicais e fala dos projetos Posthuman Tantra e Ciberpajé. 

A sexta edição do Podcast Toca do Shark encerra-se com a faixa Transient Visitor from my Holotropic Dimension, do álbum Transhuman Recconection Ecstasy, full-lenght do Posthuman Tantra lançado pela gravadora Suíça Legatus Records.




O podcast  "Toca do Shark" teve inicio em novembro de 2018, apenas no mixcloud, e agora já está em duas das maiores emissoras de webradio de Rock no Brasil, as  rádios Rock Online e Stay Rock BrazilA produção de novos programas está á todo vapor, material é o que não falta, principalmente de bandas nacionais que tem muito espaço na TOCA DO SHARK. https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/


[Veja como foi] Performance do Posthuman Tantra na Unesp, em São Paulo

Posthuman Tantra durante o Ato Lupus Noctis -Unesp/SP (foto de Rosangella Leote)

O Posthuman Tantra realizou sua primeira apresentação na cidade de São Paulo abrindo a Exposição Zonas de Compensação 6.0 no Instituto de Artes da UNESP. Nossa gratidão ao grupo de pesquisa GIIP/UNESP, à Profa. Dra. Rosangella Leote, aos organizadores e ao público entusiasmado - e com muitos notáveis - que prestigiou-nos, incluindo os grandes amigos, artistas e pesquisadores que honraram-nos com suas presenças Fabio Fon, Soraya Braz, Vinicio Ricardo Meirinho, Clayton Policarpo, Hosana Celeste, entre outros.

                        Posthuman Tantra durante o Ato Lupus Noctis -Unesp/SP (foto de Clayton Policarpo)

O Posthuman Tantra foi convidado pela curadoria da Exposição Zonas de Compensação 6.0 a realizar o novo ato performático "Lupus Noctis", a performance aconteceu no dia 2 de maio de 2019, às 19:00hs, no Teatro Reynuncio Lima que fica no Instituto de Artes da Unesp, na capital paulista, Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda, e teve entrada franca.

Posthuman Tantra durante o Ato Lupus Noctis -Unesp/SP (foto de Clayton Policarpo)

O ato "Lupus Noctis", com duração de 15 minutos, é parte das investigações de pós-doutorado do Ciberpajé Edgar Franco que estão sendo realizadas no IA/Unesp no contexto do Grupo de Pesquisa GIIP - Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências entre arte, Ciência e Tecnologia, coordenado pela Profa. Dra. Rosângella Leote (IA/UNESP) que é também a tutora do Ciberpajé. A pesquisa de pós-doutorado intitula-se: "Posthuman Tantra & Artlectos e Pós-humanos: Processos Criativos Transmídia em Performance e Quadrinhos", e envolve as conexões entre os processos criativos de quadrinhos e performances. 

Posthuman Tantra durante o Ato Lupus Noctis -Unesp/SP (foto de Rosangella Leote)

Em "Lupus Noctis" o Posthuman Tantra contou com os performers Ciberpajé (Edgar Franco) e I Sacerdotisa. O ato performático trata da degradação do bioma Cerrado e da sexta extinção massiva de espécies. O Ciberpajé encarna um totem animal fantasmagórico que dialoga poeticamente com imagens - vídeo animado com artes suas - e sons criados para a apresentação. Incluindo um teremim acionado por luz na indumentária do Ciberpajé.

O ato performático "Lupus Noctis" nasceu como um desdobramento transmidiático do álbum em quadrinhos Ecos Humanos. A ideia inicial era criar um ato que tratrasse essencialmente da poética dos quadrinhos, mas com alguns novos elementos conceituais e estéticos. A poética da degradação do bioma Cerrado e da busca de uma reconexão com a natureza através dos enteógenos permaneceu como base, assim como a hibridação tecnogenética humanimal, mas aspectos novos foram imaginados para a performance. A inclusão do som ambiente como signo de desespero/angústia, a incorporação da interação do performer com as artes que representam de forma alegorica o Cerrado e a trasmutação do totem humanimal, e em certa medida a eliminação dos aspectos crueis do humano, transformando assim o ato performártico em um sigilo mágico ritual que promove a reconexão essencial do performer aos seus aspectos animais gerando algum eco na platéia.

"Lupus Noctis" foi nomeada assim devido à presença subliminar do totem Lobo, que é incorporado nas performances pelo Ciberpajé e nesse caso temos a imagem da cabeça do lobo-guará – ícone do Cerrado – sendo uma das artes animadas que abrem a performance, passando por transmutações que lembram efeitos óticos da experiência visual de ENOC com o Psilocybe cubensis. Outro detalhe fundamental da conexão direta entre o álbum Ecos Humanos e "Lupus Noctis" é o fato das 4 artes animadas iniciais apresentadas na tela – com a qual o Ciberpajé transmutado interaje – serem os desenhos criados pelo Ciberpajé para a abertura dos capítulos da HQ. 


A performance abre com a animação da face de múltiplos seres do cerrado e segue com a face animada do lobo-guará projetada em completa escuridão enquanto um som ambiente gravado in loco no Cerrado mineiro toca ao fundo, na sequencia o Ciberpajé transmutado em um totem pós-humano aparece. Sua figura é sinistra, ele usa um colete que parece animalesco e em sua cabeça está uma máscara do crânio de um pássaro – representando o totem híbrido fantasmagórico, unindo homem a animal, mas questionando o papel devastador do nosso lado humano para com o lado animal, por isso o animal é representado por um crânio morto. A única luz presente é a da projeção, o Ciberpajé aproxima-se então da I Sacerdotisa (Rose Franco) – os únicos performers do ato - e conecta ao seu colete um cabo – representação literal da conectividade hipertecnológica. Ele liga então o mini teremin que está no colete em seu peito, a I Sacerdotisa faz soar o estridente teremim usando o feixe de luz de uma pequena lanterna e entrega-a ao Ciberpajé. Nesse momento ele toca algumas notas em um sintetizador e segue para diante da projeção para interagir com ela. 

Enquanto as primeiras artes animadas representando a natureza do Cerrado vão se sucedendo, o Ciberpajé usa o feixe luminoso para tocar o teremim, inicialmente de forma mais sutil e leve, como se fizesse carícias. Na sequência as imagens da animação vão mudando e apresentam artes grotescas, representando o lado sombra da devastação perpetrada pela espécie humana. A partir daí o performer segue realizando movimentos que rememoram um ato de autoflagelação, como punhaladas, ou espadadas em seu coração. Em alguns momentos o performer sai de cena e volta a tocar o sintetizador, criando um som sequenciado com bases percussivas. Ao final, diante de uma arte que rememora criaturas de pesadelos lovecraftinianos, o Ciberpajé termina o autoflagelo, sendo ainda mais agressivo com o feixe de luz como um punhal visceral, gerando ruídos agudos que incomodam pela intensidade, até cair morto no chão. A morte final simboliza o suicídio que nós, espécie humana, estamos cometendo ao destruirmos a biosfera


Vídeo de trecho da performance "Lupus Noctis":


Público do Posthuman Tantra durante o Ato Lupus Noctis -Unesp/SP (foto de Rosangella Leote)


I Sacerdotisa Rose Franco, Rosangella Leote, Ciberpajé, Fábio Fon, Soraya Braz e Vinicio Meirinho, momentos após a performance na Unesp/SP

Pose acadêmica

Selfie do grande amigo Vinicio Meirinho que foi à Unesp prestigiar o Posthuman Tantra

Ciberpajé, Vinicio Meirinho  e seu exemplar de Ecos Humanos


A Exposição Zonas de Compensação 6.0 é uma mostra de obras na transdução entre arte, ciência e tecnologia, e conta como nomes consagrados e emergentes da arte brasileira. É uma realização do GIIP/Unesp com apoio do Departamento de Artes Plásticas e do Programa de Pós-graduação em Artes da Unesp. A exposição é aberta ao público e a vernissage acontece no dia 2 de maio de 2019 às 18:30hs na Galeria de arte do IA/Unesp. A mostra ficará aberta ao público entre os dias 2 e 14 de maio de 2019, de segunda à sexta, das 8:00 às 18 horas - sempre com entrada franca.




sábado, 11 de maio de 2019

Afilhado do Ciberpajé licencia-se em Matemática na UFG e recebe diploma das mãos do padrinho

Lucas Matheus e o Ciberpajé na pose acadêmica no palco da cerimônia de colação de grau na UFG

O afilhado do Ciberpajé, Lucas Matheus de Lima Dal Berto, que ele ama como um filho, concluiu a licenciatura em matemática na UFG no dia 15 de março de 2019. Sua média global de 8,4 foi um destaque no curso, e Lucas mesmo antes de graduar-se ingressou no mestrado em matemática pura da UFG, tendo inclusive a sorte de ser um dos últimos estudantes a ser agraciado com uma bolsa Capes, antes do corte deplorável desse desgoverno. 


O Reitor da UFG Edward Madureira, Lucas Matheus e o Ciberpajé

Por ser professor da UFG, o Ciberpajé teve a grande honra de subir ao palco da cerimônia de formatura e receber o diploma das mãos do reitor da UFG Edward Madureira e então entregá-lo a Lucas Matheus. Uma grande emoção nas palavras do Ciberpajé:

Tive a honra de ser chamado ao palco, durante a cerimônia de Colação de Grau dos Formandos em Matemática da UFG, para entregar o diploma ao meu amado afilhado Lucas Dal Berto. Foi um momento emocionante e com direito à pose acadêmica diante de um salão repleto de pessoas, familiares e amigos dos formandos. Sinto-me quase como um pai para Lucas, e estive com ele acompanhando sua brilhante trajetória na graduação, observando seu empenho, envolvimento e dedicação, que resultou na integralização do curso no tempo mínimo e com a fenomenal média ponderada de 8,4 pontos. Mais surpreendente ainda foi ele ter ingressado no mestrado em Matemática Pura da UFG antes de graduar-se, inclusive já iniciou as aulas com muito entusiasmo. Tenho muito orgulho de Lucas por ele ser quem ele é, um ser humano incrível, cheio de amorosidade e bondade! Parabéns LUCAS, conte comigo e com sua madrinha nessa nova jornada que se inicia e nas demais que virão! 


Eis o vídeo filmado no momento da entrega do diploma:



Lucas vitorioso prestando sua reverência à UFG, a universidade pública que o acolheu!




Ciberpajé integra banca de mestrado em artes na UFU sobre arte urbana

A pose acadêmica da banca em telepresença, à esquerda o novo mestre Daniel Rizoto, a Profa. Dra. Daniela Franco (UFU), aluno do PPGAV UFU, no alto o Ciberpajé (UFG) e à direita o orientador Prof. Dr. João Henrique Lodi Agreli (UFU). 


O Ciberpajé (Edgar Franco) integrou a banca de mestrado do pós-graduando Daniel Rizoto Padovani, que defendeu a dissertação  intitulada "Grudentos e Melequentos: A Utilização do Lambe-lambe para práticas artísticas", no Programa de Pós-graduação em artes Visuais da UFU - Universidade Federal de Uberlândia. 

A pesquisa teórico-prática, desenvolvida na linha de pesquisa Práticas e Processos em Artes  teve por objetivo investigar os processos criativos relacionados à arte urbana, especificamente intervenções com colagens de lambe-lambe em locais públicos. O lambe-lambe carrega em si uma mensagem e, para transmiti-la da melhor forma possível, utilizou-se da experiência e conhecimentos prévios nos campos do design gráfico e da publicidade e propaganda, no que diz respeito à eficácia e maneiras de se comunicar com o público por meio de imagens; dessa forma, buscou-se subverter o caráter prático/utilitário destas áreas para propagar conceitos poético-artísticos. A biologia também entrou em cena, tendo os insetos como ponto de partida para uma das ações desta pesquisa, que buscou sempre fazer a ponte entre teoria e prática, onde cada ação e cada autor lido gerava novas reflexões, realimentando o sistema.

A investigação partiu da prática artística do mestrando que desenvolveu uma série de lambe-lambes nas cidades de Ituiutaba e Uberlândia, questionando desde o espaço do ciclista na cidade até a sua identidade como artista. O Ciberpajé foi inclusive citado na lista de influências artísticas incluídas como inspiração pelo pesquisador em sua dissertação.

Página 44 da dissertação de Daniel Rizoto citando a influência do Ciberpajé

A defesa aconteceu no dia 9 de maio de 2019 com 2 membros conectados em telepresença, mesmo assim a já clássica pose acadêmica do Ciberpajé foi realizada (imagem que abre esse post). A banca foi composta pela Profa. Dra. Daniela Franco (UFU), pelo Ciberpajé (UFG) e pelo orientador Prof. Dr. João Henrique Lodi Agreli (UFU). O Ciberpajé agradece o convite do Prof. Dr. João Agreli e do novo mestre Daniel Rizoto e parabeniza-os pela instigante pesquisa!


Uma primeira tentativa de realizar a pose acadêmica! 


  Print de tela de momento da banca


Print de tela de momento da banca