O Ciberpajé (Edgar Franco - FAV/UFG) foi convidado para ministrar uma aula sobre seus processos criativos transmídia pelo Prof. Dr. Alberto Pessoa do Programa de Pós-graduação Associado em Artes Visuais da UFPB & UFPE. A aula aconteceu no dia 29 de abril das 9:00 às 12:00hs e teve link aberto para todos os interessados. Durante as 3 horas de fala o Ciberpajé apresentou inicialmente as pesquisas do Grupo de Pesquisa Criação e Ciberarte (FAV/UFG) mostrando os resultados artísticos de dissertações e teses de seus orientandos no PPG Arte e Cultura visual da FAV/UFG. Logo depois ele tratou da criação de seu universo ficcional transmídia da Aurora Pós-humana e de seus vários produtos criativos em múltiplos suportes: quadrinhos, música, performance, HQforismos, instalações interativas, HQtrônicas, webarte, gamearte, vídeoarte, videoclipes e mais. Ao final da aula o Ciberpajé respondeu várias perguntas do público significativo que prestigiou a aula.
O Ciberpajé agradece o convite do PPAV da UFPB/UFPE, especialmente ao Prof. Dr. Alberto Pessoa, e também ao público que prestigiou a aula, incluindo muitos amigos e pesquisadores. Confira alguns prints da aula, e um painel de prints da IV Sacerdotisa Danielle Barros.
Painel de prints da aula feito pela IV Sacerdotisa
Post de Instagram de Paulo Aranha com prints da aula
Capa da edição digital da Cadernos Zygmunt Bauman (UFMA) vol.10, n.22 (2020)
Acaba de ser lançado o novo número da Revista Acadêmica Cadernos Zygmunt Bauman (UFMA) vol.10, n.22 (2020) . A Bauman é um periódico da Universidade Federal do Maranhão voltado aos pesquisadores de pós-graduação, assim como leitores interessados nos temas abordados. A revista tem um caráter interdisciplinar no contexto da filosofia, sociologia, psicologia e antropologia.
Esse número digital tem como arte de capa uma ilustração do Ciberpajé (Edgar Franco) fruto de suas experiências artísticas utilizando redes neurais e inteligência artificial, produzindo uma imagem que rememora suas visões em estados não ordinários de consciência induzidos pelo uso de enteógenos. Essa arte foi originalmente utilizada como capa do EP Ciberpajé: Sombra Luminosa. O Ciberpajé agradece o editor Prof. Dr. Wellington Lima Amorin (UFMA/UFRGS) pelo convite para ter uma arte sua estampada novamente na capa da Cadernos Zygmunt Bauman.
Arte do Ciberpajé que é capa da Húmus, vol.10, n.28 (2020)
Acaba de ser lançado o novo número da Revista Acadêmica Húmus, vol.10, n.28 (2020). A Húmus é um periódico da Universidade Federal do Maranhão voltado aos pesquisadores de pós-graduação, assim como leitores interessados nos temas abordados que são e os estudos Interdisciplinares em Ciências Humanas e os conceitos de Contingência e Técnica. Tem a pretensão de analisar o impacto da Técnica Moderna na sociedade contemporânea, os diversos aspectos da condição humana na contemporaneidade, e ainda, os elementos trágicos e contingentes nas sociedades pós-modernas, dando relevo tanto a questões teóricas como as específicas sobre o comportamento humano, as ações políticas, as diversas organizações sociais, tribais e individuais presentes no mundo moderno e pós-moderno.
Esse número digital tem como arte de capa uma ilustração do Ciberpajé (Edgar Franco) fruto de suas experiências artísticas utilizando redes neurais e inteligência artificial, produzindo uma imagem baseada em um retrato seu mas que rememora suas visões em estados não ordinários de consciência induzidos pelo uso de enteógenos. O Ciberpajé agradece o editor Prof. Dr. Wellington Lima Amorin (UFMA/UFRGS) pelo convite para ter uma arte sua estampada novamente na capa da Húmus.
Frame do vídeo "Por medo ou por vingança", com arte do Ciberpajé
O single e videoclipe "Por medo ou por vingança", do musicista Fredé CarFeli, em seu estilo autoral de rock acústico, acaba de ser lançado. Em 2019 Fredé uniu-se ao Ciberpajé na criação do EP do projeto Cão Breu Pós-humano que obteve uma boa recepção e trazia reflexões iconoclastas sobre a sociedade contemporânea. Agora Fredé lança seu novo vídeo, totalmente D.I.Y., e inspirado pelo Ciberpajé utiliza também efeitos gráficos de rede neural nas imagens da obra, que inclui artes do Ciberpajé como convidado.
Leia texto de Fredé CarFeli detalhando o conceito da música e do vídeo:
"Por medo ou por preguiça" feito com fotografias e desenhos transformados com a utilização da rede neural Deep Dream. Nas técnicas, na música e no andar da narrativa busca-se a fuga da MekHanTropia por meio da autotransformação, do autoconhecimento e da (re)conexão com nosso habitat natural e nossa sombra. MekHanTropia: transformação do Homem (antropo) em Máquina (Mekhos). Pode-se ampliar o conceito às nossas relações sociais e com o meio natural, aproximando-o também ao conceito de “misantropia”, que é a aversão ao ser humano e à natureza humana de forma geral ou a falta de sociabilidade. Assim, um “MekHanTropo” seria um tipo de ciborgue (homem-máquina) destruidor da vida natural (orgânica) e a “MekHanTropia” uma indução (ou intenção) causada pelo sistema institucionalizado para o indivíduo se tornar, ludibriadamente ou não, um “MekHanTropo”. Esta situação traria recompensas ilusórias sobre um futuro de falsa utopia, pois, ao invés de harmonizar-nos com o meio e com o domínio das técnicas, se basearia no luxo, lucro e bens materiais, o que o torna, de fato, uma distopia causada pela própria vaidade do “MekHanTropo”, que abdica de sua vida e se metamorfoseia em engrenagem de aniquilação a serviço de um sistema seco, sem vida. Nessa ideia de distopia, em minha visão, a humanidade é extinta, o planeta não necessariamente. O conceito ainda está em andamento. "Han" surge no interior da palavra, como uma homenagem ao pensador “HAN, Byung-Chul”, crucial para essas reflexões."
Arte de capa de Ciberpajé - Sombra Luminosa. OUÇA O EP AQUI
Sombra Luminosa sela a parceria musical entre o Ciberpajé e o musicista Gabriel Kalb (PR). O processo de criação do EP com 4 faixas foi diferente dos anteriores, nesse caso as músicas foram criadas primeiro e enviadas a Genilson Alves, produtor da gravadora Lunare Music (SP). Genilson convidou o Ciberpajé a gravar 4 aforismos e sugeriu escolher alguns que dialogassem com o tom leve e um pouco melancólico das atmosferas criadas por Gabriel Kalb.
O Ciberpajé convidou a IV Sacerdotisa Danielle Barros, organizadora e mantenedora da página do facebook Aforismos do Ciberpajé para selecionar os 4 aforismos a serem gravados. A IV Sacerdotisa, desde o começo da pandemia de Covid-1, tem selecionado para a página aforismos que dialogam com o momento dramático e de transição que estamos vivendo. Foram selecionados 8 aforismos pela IV Sacerdotisa, o Ciberpajé ao vê-los lembrou-se que 4 deles foram baseados em experiências de estados não ordinários de consciência com o enteógeno Psilocybe cubensis. Aforismos sobre o equilíbrio entre os opostos, sobre a necessidade de entendermos a experiência da sombra em nossas vidas. A IV Sacerdotisa Danielle Barros fala da seleção dos aforismos:
A escolha foi feita com um pensamento conceitual de selecionar aforismos que abordassem os opostos complementares luz e sombra de forma simbiótica, para que, através da arte, possamos sempre nos lembrar que tudo que existe, de bom ou ruim, só é assim percebido, pela existência dos opostos! O EP ficou forte, com uma melodia profunda, com a entonação dos aforismos fluida e serena. A meu ver, o sentimento de meditação e transcendência é a sensação que fica ao ouvir esse EP, unidade com o Todo.
Após gravar as vozes dos 4 aforismos enteogênicos, o Ciberpajé os enviou para Genilson Alves que ficou responsável pela mixagem das faixas. O resultado final surpreendeu o Ciberpajé, pois o casamento entre voz e música resultou em faixas de grande sensibilidade. Com as faixas finalizadas o Ciberpajé partiu para a criação da arte de capa, que buscou reverenciar e traduzir a beleza e o terror de uma experiência psicodélica, utilizando camadas visuais múltiplas, algumas criadas em rede neural. Ouça o EP na ínegra e baixe-o NESSE LINK.
Encarte com créditos
Encarte com os aforismos
Ouça também os outros 25 EPs e 1 CD realizados em parcerias com bandas das 5 regiões do Brasíl e 5 países do exterior, lançados pela LUNARE MUSIC, diretamente no Bandcamp do Projeto Ciberpajé, clique na imagem abaixo:
Ciberpajé fala da sua revista em quadrinhos Artlectos & Pós-humanos durante a live. ASSISTA A LIVE AQUI
No dia 14 de abril de 2020 o Ciberpajé realizou a sua primeira live no Youtube a convite do Programa Lives #CulturaNaUFG, coordenado pela Dr. Flavia Maria Cruvinel. A live foi uma realização do Centro Cultural UFG/PROEC-UFG, com apoio do SECOM-UFG, TV UFG e Rádio Universitária.
Durante a conversa de cerca de 50 minutos, intitulada “O ocaso pós-humano: criando quadrinhos e performance no fim da era", o Ciberpajé falou da transição planetária, da ameaça do fim de nossa espécie, e de seus processos criativos de quadrinhos, músicas e performances, destacando os aspectos imanentes e transcendentes de suas criações como formas de autocura e busca da integralidade de ser. Ao final da fala ele apresentou em primeira mão 2 das esculturas de personagens que integram o álbum de quadrinhos "O Sonho dos Deuses", ainda inédito, e desenvolvido durante seu mais recente pós-doutorado realizado no instituto de artes da Unesp/SP.
A live contou com excelente público somando mais de 200 pessoas assistindo nas múltiplas plataformas (Youtube, Facebook e Instagram) e com mais de 40 pessoas interagindo no chat. Uma versão integral da live cortando os trechos com problemas técnicos no CANAL DO CIBERPAJÉ. CONFIRA ESSA VERSÃO LOGO ABAIXO, OUCLICANDO AQUI:
Alguns dos amigos, artistas incríveis e generosos que prestigiaram a live do Ciberpajé, teceram seus comentários sobre a experiência. Confiram na sequência desse post os depoimentos da IV Sacerdotisa Danielle Barros, Bruna Mazzotti, Henrique Magalhães, Gazy Andraus, Reinaldo José, Auro Sérgio e Frederico Carvalho Felipe.
- A IV Sacerdotisa da Aurora Pós-humana, arte cientista e profa. Dra. Danielle Barros, da UFSB falou sobre a live:
Daqui da Bahia, da cidade de Teixeira de Freitas, estive presente na live do Ciberpajé intitulada "O ocaso pós-humano: criando quadrinhos e performance no fim da era" promovida pela UFG em que ele falou sobre seus processos criativos, sobre algumas de suas obras em quadrinhos, livros teóricos (escritos por ele e por pesquisadores/as que investigam sua obra), falando sobre a relação dos seus temas de pesquisa, vida, pós-humanismo, arte, magia, ciência, pandemia global, etc. Ele falou de seus projetos em andamento, fruto de seu segundo pós-doutorado recém concluído, dando até spoiler de uma nova vertente criativa: esculturas de personagens de uma nova obra transmídia! Foi uma conversa fluída, e diante da pertinência de sua área de pesquisa e criação ter confluência com a situação de emergência pandêmica e ambiental que vivemos deixou todos presentes com grande interesse em ouvir o que ele tinha a nos dizer. A única parte chata foi quando terminou, sugiro que o tempo da live possa ser estendido! Esperamos que novas lives com o Ciberpajé aconteçam abordando seus diversos campos de atuação e seu ideário de vida!
Alguns dos múltiplos prints de tela feitos pela IV Sacerdotisa durante a live
- Breves palavras da artista multimídia Bruna Mazzotti sobre a transmissão ao vivo de Ciberpajé:
Tendo a arte contemporânea como uma disparidade de possíveis, onde artistas seguem a necessidade interior para trabalhar com materiais e suportes variados, Ciberpajé professa por múltiplas linguagens, algumas são: a música e a performance vide banda Posthuman Tantra; e as artes visuais e literárias dos HQforismos. Tendo ainda a recente jornada que perpassa pelo universo tridimensional das esculturas; e da rede neural DeepDream. Tal confluência de linguagens que se interpelam de duas em duas e conjuncionam para formar uma singularidade, é justa dentro da complexidade inerente de sua poética.
Além disso, Ciberpajé também trabalha com outra díade: a temporal. Ele perpassa dos mitos à ficção científica, ou seja, da carga simbólica de antecedentes primevos até fabulações de possíveis futuros. Esse movimento de progredir ao regressar, que inclusive está evidente em seu próprio nome, é o amálgama característico de sua transmutação artística – pois já não cabe o termo "fazer artístico" ou "processo criativo": o prefixo trans é índice do que está entre, além e através. Da transmídia para operar no transhumano, a alquimia operante em estados não ordinários de consciência desvela a sabedoria do si-mesmo, à medida que desperta o si-mesmo de outrem vide alteridade.
Assim, utilizando-se da tecnologia como extensão transcendente, Ciberpajé opera autorevoluções artísticas, próprias de si, que, visualizadas pelo outro, singularizam, reconectam e unificam o que é erroneamente visto como contrário.
- O quadrinhista e Prof. Dr. Henrique Magalhães (UFPB) fala de suas percepções sobre a live:
Acabo de assisti-la no canal Ufg_oficial. Gostei muito da panorâmica que você deu em sua obra, espero que esse programa seja assistido por muito mais gente, não apenas pelos amigos. Estou certo que o será. Impressionou-me o que você falou sobre o surgimento de uma nova espécie, após a destruição da Gaia - os luciferianos, seres que trazem ou portam a luz, a consciência. Que visão incrível e ao mesmo tempo irreverente desse nosso tempo de tanto fanatismo! Eu que desejava ser um estropiando, quero também ser um luciferiano, hehe. Parabéns pela apresentação, que certamente será de grande audiência no canal do centro cultural da UFG.
- O artista multimídia e Prof. Dr. Gazy Andraus (UFG) indica a live:
Excelente live feita peloEdgar Franco(Ciberpajé). Muitas informações acerca da arte, da necessidade dela para um humanismo esquecido pelo sistema. Também bastante informações sobre as questões atuais do mundo e suas problemáticas. Não só vale a pena assistir, como é um estudo aos que não conhecem a realidade da essência humana!
- O musicista e advogado Reinaldo José teceu seus comentários:
Acompanhei a transmissão do Ciberpajé, a princípio por ser fã do trabalho dele e querer entender melhor seu pensamento e o conceito de suas obras. Mas foi bem mais do que isso o que encontrei. Foi muito gratificante ver o Edgar falando um pouco sobre a construção do próprio “Ciberpajé” enquanto manifestação e realização do que, em minha cultura, eu chamo de “Verdadeira Vontade” e “Autorrealização”. Eu gostaria muito que fossem feitas novas transmissões (preferencialmente ao vivo, para podermos interagir) para aprofundar mais nas questões sobre hipertecnologia x sagrado, visões de mundo pós-humano e criação de universos ficcionais. A arte do Edgar Franco, como sempre, arrebatadora! E foi legal demais ver a nova investida em escultura. Parabéns! Vida longa ao Ciberpajé!
- O artista multimídia Auro Sérgio prestigiou a live e escreveu:
Em 2015 conheci o professor Edgar Franco na FAV-UFG e de início já senti algo de cósmico – por assim dizer -, mesmo sem ainda ter conversado com ele, o que aconteceria no segundo semestre daquele ano, quando estaria como seu aluno na disciplina de Arte e Mídia, ainda tive a honra de dividir a sala/laboratório com ele e vários outros artistas em mais 3 semestres. Suas aulas sempre dinâmicas, coerentes, intrigantes, informativas... Um excesso necessário de conceitos e clarividências únicas. Com o mestre aprendi termos que, ou não conhecia ou não estava preparado para conhecer: um universo criado por ele, personagens intrincados e únicos... Ali aprendi termos como Aurora Pós Humana, Ressonância Mórfica e vários outros que trouxeram à tona a minha curiosidade pelo explicitado. Recentemente, em parcos 47 minutos e à distância, utilizando dos recursos tecnológicos que ele tanto me fez abrir para entender/fazer/consumir arte pude conhecer um pouco mais sobre a sua arte de tempos idos, de agora e um pouco do que virá. Faço aqui uma reverência em forma de agradecimento e prezo para que os deuses o iluminem para que esta ligação não se dissolva e que eu e tantos outros possamos estar em contato com a sua obra e a sua pessoa com admiração e reconhecimento que tanto merece. OBRIGADO!!! (aqui encerro com uma pose acadêmica).
- O artista multimídia e doutorando do PPGACV/UFG Frederico Carvalho Felipe também escreveu sobre a live:
A live do grande artista transmídia Edgar “Ciberpajé” Franco promovida pelo Centro Cultural UFG foi sensacional! Reflexões importantíssimas sobre o momento em que vivemos e a maneira como temos conduzido nossas vidas em um sistema onde infelizmente “ter” é tido como mais importante que “ser”. Edgar falou bastante sobre a importância de produzir arte autoral como autotransformação e autoconhecimento de forma visceral, serena e selvagem, propondo novos tipos de experiências, a partir da imaginação, com a realidade ordinária. Muito interessante a explicitação do seu processo criativo e a forma como trabalha suas poéticas visuais e narrativas. Um universo ficcional encantador, originalíssimo e altamente reflexivo acerca dos caminhos e possibilidades que a humanidade pode alcançar, nos levando a pensar sobre o tipo de vida que vivemos no presente e suas consequências. De quebra, ainda fomos presenteados com esculturas inéditas criadas por ele e mostradas pela primeira vez em público. A arte transforma, transmuta e torna nossa existência mais suportável e deliciante. Vida longa às criações artísticas autorais! Vida longa ao Ciberpajé e obrigado por compartilhar suas criações! Uivos criativos fantásticos que se integram ao cosmos! Sigamos na resistência!!!
O Ciberpajé agradece imensamente a todos que prestigiaram sua live e ao Programa Lives #CulturaNaUFG, especialmente à Profa. Dr. Flavia Maria Cruvinel pelo convite. A versão oficial da live está postada no Canal Oficial da UFG.
Ciberpajé mostra uma das esculturas do álbum em quadrinhos inédito "O Sonho dos Deuses"
Ciberpajé fechando a live com seu berimbau de boca
Arte de capa do EP "Aura" criada pelo Ciberpajé (Edgar Franco)
O Aura Group, projeto musical do musicista Alan Flexa (AP) em parceria com o musicista Eduardo Aguillar (RJ), acaba de lançar seu EP de estreia intitulado "Aura". A obra traz 4 inspiradas faixas instrumentais com influencias de new age, progressivo, world music e até erudito. O EP conta com a participação especial de Fábio Mont'alverne nas percussões. Ouça "Aura" na íntegra no BANDCAMP DA LUNARE MUSIC, gravadora de São Paulo que lançou o EP.
O Ciberpajé foi o responsável pela criação de arte de capa e projeto gráfico do EP, e buscou sintetizar visualmente as sensações luminosas e atmosferas belas sentidas por ele em múltiplas audições das 4 músicas.
O álbum em quadrinhos Ecos Humanos, com roteiro do Ciberpajé, e arte de Eder Santos, acaba de ganhar uma nova e sagaz resenha no quadro "Dica de Quadrinhos" do canal do youtuber Karlo Campos. Em pouco mais de 5 minutos Karlo sagazmente destaca a estrutura conceitual que engendra a narrativa e apresenta muitos detalhes de sua visualidade em um vídeo dinâmico e muito informativo.
Ao final Karlo Campos chega a dizer que Ecos Humanos é uma das melhores HQs que ele já leu e destaca o álbum como um quadrinho de arte, salientando a capacidade que certas narrativas quadrinhísticas tem de levar-nos à reflexão e não apenas entreter-nos.
Confiram a resenha clicando nas imagens desse post, ou postada logo abaixo, e aproveitem para assinarem o sensacional canal de Karlo Campos.
Saiba mais e adquira seu exemplar do álbum em quadrinhos Ecos Humanos clicando na imagem abaixo:
Está em produção o novo videoclipe do Posthuman Tantra que apresentará o primeiro single de 2020. O videoclipe/videoarte trará uma animação de inspiração enteogênica realizada com utilização da rede neural Deep Dream. A animação tem direção geral do Ciberpajé, de Luiz Fers e Amante da Heresia, e direção de arte e animação de C.N.S.(Caos Necrophagos Soturnums) e do Ciberpajé. O gif que acompanha essa postagem apresenta a estética da animação. Em breve mais novidades!
Enquanto aguardam confiram o videoclipe "Ciberpajé - O Enterro dos Deuses", obra pioneira no Brasil a utilizar a rede neural em todo seu processo de produção, uma criação de C.N.S. e Ciberpajé. Clique na imagem abaixo para assistir "O Enterro dos Deuses":
O EP Marionetes Hipercompetitivastraz reflexões sobre a ilusão que a humanidade vive nessa busca incessante por PRODUZIR, PRODUZIR, PRODUZIR. O Aforismo I destaca o fato de, em nossa sociedade, vivermos para o trabalho, para pontuar, para "ter a grama mais verde do que a do vizinho", para nos vangloriarmos, para sermos “caridosos” em um mundo podre com tanta injustiça social.
Curiosamente, esse EP, feito antes da chegada da pandemia ao Brasil, é tão OPORTUNO para o nosso agora, para pensarmos nossa realidade. Pensarmos qual o sentido de tanta corrida para o nada, para a falsa recompensa, em uma vida que, como marionetes que reagem a tudo - mas não agem - perdemos nosso tempo com ilusões, deixando de lado o que REALMENTE IMPORTA.
Na mesma perspectiva, o Aforismo II nos relembra que todos os povos, todo o conhecimento moderno construído pelo ser humano, as revoluções, as guerras mundiais, a exploração espacial, o desenvolvimento da ciência, e a tecnologia atual virarão pó, são apenas uma partícula que será esquecida, em meio à toda existência. Esse aforismo me lembrou um trecho da série Cosmos apresentada pelo astrofísico norte-americano Neil deGrasse Tyson, aos 35 minutos do episódio (link ao final) em que ele fala: " - Todas as pessoas que você já ouviu falar, todos os reis e batalhas, migrações e invenções, guerras e amores, tudo nos livros de história é uma parte ínfima do que se conhece sobre o Cosmos".
Coadunando a isso, o EP diz que o esquecimento absoluto de toda história conhecida é a sina de todos, independente de credo, etnia, classes, etc! E como dito pelo Ciberpajé: " - Tudo isso se tornará uma poeira cósmica!" Portanto, o que devemos fazer? Ele diz: " - Não nos esqueçamos de BRINCAR, SORRIR, DANÇAR, BRINDAR, BEIJAR E AMAR e ACORDAR para a única verdade, este MOMENTO DE AGORA, nosso PRESENTE". E fiquei pensando, em um momento de pandemia em que muitos temem pela vida, me pergunto se muitos dos que têm medo de morrer, se estavam mesmo vivos? Se estavam brincando, sorrindo, amando, brindando, amando, vivendo o presente e as pequenas coisas, se estavam olhando para o céu, se abraçavam seus pais e avós, se estavam de fato presentes com seus filhos? Ou se viviam apenas para o trabalho, para seus celulares, redes sociais, computadores?
O Aforismo III fala de tempo e apego, das ilusões que a humanidade elege, que lhes rouba a única realidade. Fala também que tudo se transforma, tudo. Esse me fez lembrar um texto do Chico Xavier intitulado “Tudo passa”.
Capa do EP "Ciberpajé - Marionetes Hipercompetitivas" -OUÇA-O AQUI!
Os aforismos estão simbioticamente conectados, magistralmente mixados por Toniolli e Baiestorf, trazendo uma atmosfera dinâmica, ora sombria e em certos momentos, leve. A mensagem do EP é um lembrete para cada um de nós: ESQUECER OS APEGOS, A FALSA IDEIA DE CONTROLE, DE EGO, STATUS, PLANOS E VIVER O AGORA.
Cabe comentar o título do EP e a arte da capa. O título do EP já é uma provocação, se a humanidade age como marionetes hipercompetitivas, seria mais importante cada indivíduo focar em deixar de ser marionete e encontrar quem se é, buscando o aprimoramento; do que perder energia e tempo preciosos querendo competir com outras marionetes.
A capa, por sua vez, traz uma imagem estilizada e colorida de um escorpião. Nesse caso, penso que o escorpião foi “injustiçado” porque o ser humano quando age hipercompetitivamente ele age de forma peçonhenta, porém o escorpião só revida quando se sente atacado. Infelizmente, o ser humano age muitas vezes de forma cruel, e o escorpião de forma selvagem. Mas meu comentário não é uma crítica e sim uma observação. A meu ver, a metáfora atinge perfeitamente seu objetivo e traz um paradoxo visual interessante, pois existe um estereótipo de medo que o escorpião traz, mas com a arte em cores e formas sinuosas, exaltam sua beleza e unicidade.
Se por um lado, a pandemia nos trouxe uma oportunidade de inflexão, na mesma direção, esta obra nos traz questões urgentes para uma transmutação necessária em cada indivíduo. Que a arte, a ciência, a magia e a transcendência estejam sempre conectadas e renovando o espírito humano! Parabéns ao Ciberpajé, ao Toniolli, ao Baiestorf e à Lunare Music pelo presente nesse período de isolamento social. Espero que a obra chegue ao máximo de pessoas e possa contribuir para uma transmutação energética positivamente!
O Ciberpajé, a pedido de seu amigo cineasta Petter Baiestorf, filmou um recado sobre o financiamento coletivo do livro Canibal Filmes - Os Bastidores da Gorchanchada, que pode ser apoiado aqui: https://www.catarse.me/canibal
Petter Baiestorf fala da longa amizade com o Ciberpajé:
"Conheci o Ciberpajé (Edgar Franco) no final da década de 1980 ainda. Depois, quando comecei a editar o fanzine Arghhh, Edgar colaborava com HQs maravilhosas, algumas delas com roteiros meus. Nossa última parceria artística é o recém lançado EP "Marionetes Hipercompetitivas", que contou ainda com colaboração do EB Toniolli na composição das faixas" Este EP pode ser ouvido AQUI.
Confira o vídeo do Ciberpajé contando detalhes da amizade de mais de 30 anos com Petter Baiestorf:
Capa da compilação Sound Poetry, lançada pelo Net Label Cian Orbe (Chile)
O Net Label chileno Cian Orbe, especializado em música darkwave e experimental, preparou uma compilação especial convidando 20 bandas da América Latina para criarem músicas para poemas de autores reconhecidos que tratem de temáticas obscuras. O Posthuman Tantra escolheu para sua música o notório poema "Se Eu Morresse Amanhã", do grande poeta brasileiro Álvares de Azevedo. A faixa de 1:37' foi criada para a compilação. A variedade de atmosferas do volume é fantástica. Ouça em streaming e baixe a compilação completa SOUND POETRY NESSE LINK.
Ouça a música do Posthuman Tantra clicando na imagem abaixo:
1.Humanfobia - Cementerio (poem by Francisco Álvarez Hidalgo) 01:35 2.Filmy Ghost - Rocío entre la oscuridad (Poem Sung & written by Wataame Hazuki) 02:13 3.Aura en el espejo (Feat María Pop) - Nocturno de la estatua (poema de Xavier Villaurrutia) 02:21 4.Dong Zhou & Gong Projekt - Liang Shan (poem by Zheng Xiaoqiong) 07:33 5.Saint De L'Abime - Farewell (poem by Giannis Ritsos) 06:38 6.Shandar - Szara Naga Jama (Poem by Miron Białoszewski) 02:09 7.Le Vitriol Hermétique - L'épitaphe (Poem by Robert Desnos) 01:48 8.{AN} EeL - Cold Mountian Cut-Up (Han-shan) 09:26 9.Ben Presto - Il porto sepolto (Poem by Giuseppe Ungaretti) 01:20 10.Dariusz Jackowski - Firma portretowa (Poem by Witkacy) 03:47 11.Yaka-anima - Grito (Poem by Antonia Pozzi) 02:37 12.Zuunzug - Nocturne Vulgaire (Poem by Arthur Rimbaud) 03:02 13.Wilfried Hanrath - Selmas Träume(edit) (poem by Selma Merbaum-Eisinger) 09:58 14.Posthuman Tantra - Se eu morresse amanhã (poem by Álvares de Azevedo) 01:37 15.Yann Pillas - Le Vampire (Poem by Charles Baudelaire) 03:51 16.Ohmnoise - Wer bin ich (Poem by Christian Morgenstern) 08:22 17.Mean Flow - What Is To Be Given (Poem By Delmore Schwartz) 03:23 18.Wilfried Hanrath - Von Daseins Abwegen (poem by Benjamin Schmälzlein) 02:59 19.MUWN - La mort L'amour La vie (Poem by Paul Eluard) 04:00 20.NVRS - Songs (Poem by Richard Patrick) 04:23
O Festival Anima FAV, em caráter totalmente digital, consiste na exposição e divulgação de animações em várias técnicas realizadas por alunos, egressos, técnicos-administrativos e professores da Facuildade de Artes Visuais da UFG - Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. O evento tem curadoria do doutorando pelo PPG Arte e Cultura Visual da UFG, Renato Cirino.
A videoarte/videoclipe "Ciberpajé - O Enterro dos Deuses", obra pioneira no Brasil a utilizar a rede neural Deep Dream na composição final de todos os seus frames, dirigida por C.N.S (Caos Necrophagus Soturnums), com concepção, roteiro e aforismo do Ciberpajé e música do Nix's Eyes, foi uma das animações selecionadas.
O videoclipe/videoarte tem como inspiração o aforismo recitado na música: "Quando todos os deuses forem enterrados com seus pretensos livros sagrados a humanidade despertará. A empatia e o amor reinarão na pós-humanidade!" Contextualizando a visualidade num deserto de areia e em uma pirâmide hermética que simboliza o túmulo cósmico dos deuses, e trazendo uma estética digital retrô noventista. A pós-produção da obra demandou um processo lento de inserção de cada um dos frames base do vídeo no Deep Dream para a obtenção dos frames finais. O resultado é uma intensa viagem psiconáutica digital. A obra experimental é singular por seu pioneirismo no Brasil na utilização da tecnologia Deep Dream, uma forma de inteligência artificial e rede neural que altera padrões identificados em imagens digitais, reorganizando-as para que sejam identificadas pelo olho humano, e gerando assim efeitos que remontam experiências visuais psicodélicas. Sugerimos assisti-lo no escuro e com um bom monitor para perceber as sutilezas dos efeitos visuais gerados.
Assista "O Enterro dos Deuses" abaixo ou clicandoAQUI.