sexta-feira, 26 de junho de 2020

[Lançamento] MekHanTropia: Ciberpajé cria arte de capa e participa em 3 faixas do novo álbum de Fredé CF

Capa do álbum MekHanTropia - OUÇA-O AQUI

O Ciberpajé já havia realizado parcerias com Fredé CF no álbum do projeto musical Cão Breu Pós-humano, e foi convidado para criar a arte de capa e projeto gráfico do novo álbum MekHanTropia, que traz como conceito essencial o universo ficcional transumano que dá nome à obra e que tem sido explorado por Fredé em suas criações mais recentes. OUÇA AGORA AS 10 FAIXAS DE MEKHANTROPIA CLICANDO AQUI

Além da capa, o Ciberpajé também foi convidado para participar de 2 faixas com seus aforismos recitados com sua voz e também de uma terceira gravando instrumentos étnicos e mágicos. As faixas foram: O Messias de Rosemary (voz e aforismos), A Sombra (voz e aforismos) e Om Shanti Blues (instrumentos indianos).

A arte da capa criada pelo Ciberpajé (a.k.a. Edgar Franco) buscou amalgamar o contexto conceitual transumano do universo ficcional de MekHanTropia ao momento dramático que experienciamos no planeta, somando o total colapso do progressismo, da biosfera e das múltiplas diversidades. A criatura da capa metaforiza esse humano simiesco, globalmente conectado mas ainda servil, transgênico, mas arcaico, pós-biológico, mas pré-histórico. Alguns detalhes como a língua para fora com um vírus em sua ponta e o controle cerebral de pequenas criaturas humanoides traduzem o rico conteúdo poético das canções do álbum. As cores e texturas criam paradoxos, pois os lilases/roxos insistem em tratar da busca transcendente que é um dos focos das letras, mas ao mesmo tempo contrastam com o niilismo intrínseco de fim de era que emana de cada verso de MekHanTropia.

O álbum terá uma versão física em CD a ser lançada em breve pela gravadora TBonTB, na versão física o Ciberpajé assina também todo o projeto gráfico. 



Leia a explicação de Fredé CF sobre a narrativa do álbum MekHanTropia (2020):

O álbum MekHanTropia parte das trevas para a luz, em um processo de autoconhecimento e olhar à própria sombra. Ao reconhecer e buscar entender nossos próprios sentimentos e ações, podemos transmutar e ressignificar nossa realidade e agir de alguma forma para evoluir nossa existência em meio à neblina posta do lado de fora. A saída é sobretudo interna, de dentro pra fora. As primeiras faixas apresentam o contexto de dominação MekHanTrópica estabelecido, evidenciando sensações de ódio, medo, frustração, angústia, horror e solidão por meio de uma necropolítica nefasta institucionalizada. À medida que o álbum transcorre, inicia-se um processo rumo a transformação e consciência (com ciência; ter ciência), lançando luz, visando viver o “agora”, no sentido de compreender, refletir e ressignificar as sombras em busca de maior harmonia consigo mesmo. O álbum se finda em uma proposta de ação anti-mekHanTrópica, movimentação, ocupação, união, subjetividade e resistência. É preciso estarmos fortes em nossas raízes e unidos para resistir a tempestade que nos assola e lutar contra ela. A mekHanTropia nos dispersa, nos deprime, nos ilude e padroniza para nos dominar mais facilmente. A reconexão é fundamental: com o planeta e com a humanidade que ainda nos resta. Juntos ascendemos, divididos caímos. Sigamos na Resistência. Não somos números, não somos máquinas. Somos Cidadãos! Pela Arte! Pela Vida!

Saiba mais sobre o álbum MekHanTropia clicando aqui. 


domingo, 14 de junho de 2020

[Lançamento] Novo livro de pesquisador da UEMS dedica-se a analisar os quadrinhos pós-humanos do Ciberpajé



Foi lançado pela editora Marca de Fantasia o livro "Artlectos e Pós-humanos: da Aurora Pós-humana às novas configurações sociais", obra do pesquisador Giovane Corrêa Rojas. Nela o autor debruça-se sobre o universo ficcional transmídia da "Aurora Pós-humana" de Edgar Franco (Ciberpajé) e analisa quatro HQs curtas publicadas na revista Artlectos & Pós-humanos, refletindo sobre as tensões imanentes sócio-culturais e ambientais presentes nessas narrativas tendo como base teórica  autores como Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, Donna J. Haraway, Gilles Lipovetsky e o próprio Franco.

A obra, publicada como e-book de livre acesso - QUE PODE SER BAIXADO AQUI -, é fruto das investigações de trabalho de conclusão de curso de Letras – Habilitação Português/Inglês,

sábado, 13 de junho de 2020

[Resenha] COVID-666: Precisamos do novo, e para que o novo venha é preciso aceitar o fim! Por IV Sacerdotisa

Arte do Ciberpajé

A parceria entre Ciberpajé e Gorium, mentor do Death Cult Devotion,  já é conhecida e quando surge uma obra nova já fico muito instigada! O primeiro aforismo já começa trazendo a realidade, como um tapa em nossa cara. É algo que sempre notei, uma mania que humanos têm em pedir pela vinda de um "meteoro", por invocar apocalipses, como se não suportassem suas próprias vidas. Pois bem, o apocalipse chegou, e como dito no aforismo, agora não adianta súplicas. O que vivemos hoje é fruto da ganância humana, da devastação do planeta e das espécies. É consequência direta das políticas capitalistas, do consumismo exacerbado, da falta de solidariedade, do egoísmo, da opressão e da profunda desigualdade. Não há sistema que se sustente assim.

No segundo aforismo, mergulhamos no esgoto da política brasileira, na podridão do "myto" que intensificou para pior a experiência da pandemia no país. A representação do falso messias, o 666, o mal que ganhou o poder do Brasil, e as moscas sobrevoando toda podridão que vivemos, sobre os corpos dos mortos pela covid-necropolítica. 

No último aforismo, o mergulho mais fundo, na sombra total (dá até uma tontura), traz um entendimento sóbrio de que nada é por acaso e que alguma lição deve-se tirar de tudo. A COVID é uma pandemia que veio avassalando todo o planeta, mas estamos nesse estado de anormalidade e doença há séculos. A realidade do planeta Terra com a humanidade degradando tudo é uma realidade insustentável. 

Precisamos do novo, e para que o novo venha é preciso aceitar o fim. O EP termina magistralmente com o som da máquina (UTI) apitando esse fim. Uma obra necessária para refletirmos nosso papel no mundo, nossa responsabilidade no todo, pensarmos em como podemos nos transformar e resistir a essa tempestade e podridão, e assim testemunharmos e construirmos o surgimento de uma nova era. Parabéns aos criadores de COVID 666!

As artes do EP estão lindíssimas, simbólicas, com cores vivas e eloquentes. As ramificações presentes nas texturas das artes, representam perfeitamente que estamos todos conectados. Essa visão é fundamental, pois só superaremos o mal da humanidade, se a humanidade (individualmente falando) olhar para dentro de si com uma visão de unidade e não de separação. A selvageria do lobo, a lua negra e o código numérico que nomeia o EP são traços e sigilos ocultistas que compõe o conceito e a magia da obra.

*A IV Sacerdotisa da Aurora Pós-humana é Danielle Barros, arte-cientista, pesquisadora e professora doutora na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Teixeira de Freitas.

Ouça o EP COVID-666, parceria do Ciberpajé com o Death Cult Devotion, clicando na arte de capa abaixo:


[Resenha] SACRA VADIA: Uma obra atemporal de grande profundidade e sensibilidade! Por IV Sacerdotisa

Arte do Ciberpajé

Sacra Vadia é um EP que nos conduz a um universo enigmático, misterioso, sensual. O nome do EP já evoca a contradição complementar do feminino, que tem sua faceta santa articulada à sua face puta. Na literatura sobre o sagrado feminino essa visão se confirma:

"Antigas sacerdotisas da lua eram chamadas de virgens. 'Virgem' significava não-casada, não-pertencente a um homem - uma mulher que era UMA EM SI MESMA. A palavra deriva do Latim, significando força, habilidade, e mais tarde foi aplicada a homens como 'viril'. Ishtar, Diana, Astarte, Isis eram todas chamadas Virgens, o que não se referia à sua castidade sexual, mas à sua independência sexual"¹.

Portanto, ser santa e ser puta são algumas de muitas das múltiplas faces lunares femininas. A atmosfera musical deste EP transporta a uma realidade paralela, a melodia sacra, que por vezes me lembrou a banda Enigma, com uma sensação de estar em outra era, medieval ou futurista (já que o tempo não existe e se entrelaça). O EP traz o princípio masculino a partir da imagem do Lobo, que complementa e evoca o Yin e Yang da união de opostos masculino e feminino. 

A capa e demais artes do EP são de uma beleza estonteante, repletas de simbologias ancestrais, com cores em simbiose perfeita, e contrastes de brilho que faz com que a arte pareça saltar da tela, cheia de vida! 

Uma obra atemporal de grande profundidade e sensibilidade, com a força e impetuosidade que já são marcas do projeto Ciberpajé! Parabenizo os autores Marcio Morais, Ciberpajé e a Lunare Music pelo lançamento!!! 

1. Referência citada:¹Monica Sjöö, The Great Cosmic Mother: Rediscovering the Religion of the Earth. Monica Sjoo, Barbara Mor. HarperOne, Dec 10, 2013

*A IV Sacerdotisa da Aurora Pós-humana é Danielle Barros, arte-cientista, pesquisadora e professora doutora na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Teixeira de Freitas.

Ouça o EP Sacra Vadia, parceria do Ciberpajé com o My Immortal Beloved (Marcio Morais)clicando na arte de capa abaixo:



sexta-feira, 12 de junho de 2020

[Resenha] VULVALÁXIA: Conjunção do sagrado com o profano, numa concepção carnal cósmica. Por Adaor Oliveira

Arte do Ciberpajé

O feminino é sempre sagrado, pois é do seu ventre que as vidas chegam ao planeta (tão maltratado, diga-se de passagem).

As vidas humanas só existem por causa da vulva, que se abre e recebe gloriosamente o gozo, num êxtase de prazer. E as vidas pós-humanas também entrelaçam-se no masculino e feminino, e para além deles, sem essa concepção binária de gênero.

E assim a gente glorifica os bebês de laboratório, todas as provetas, os homens trans que engravidam, as barrigas solidárias, e todas as formas de geração do outro.

Tudo isso está nesse EP, da capa aos sons e palavras. Cada melodia é uma verdadeira porrada nos ouvidos e na alma, cada aforismo é um deleite para a reflexão. São aportes estéticos que necessitamos para viver em épocas pandêmicas. É a conjunção do sagrado com o profano, numa concepção carnal cósmica, num verdadeiro uivo do lobo. E um uivo que se junta ao chafurdar dos porcos, com uma pitada de Darth Vader.

É justamente por essas e outras que não devemos personificar deus masculino, mas devemos crer em deusas, já que toda galáxia é gerada do eterno ventre. E viva Sara Sarai!

*Adaor Oliveira é filósofo e educador.

Ouça o EP Vulvaláxia, parceria do Ciberpajé com o S.M.E.S., clicando na arte de capa abaixo:




[TV UFG] Ciberpajé fala do EP COVID-666 no programa Mundo UFG


O Ciberpajé foi convidado pela TV UFG para falar do EP COVID-666 (ouça-o aqui), obra criada em parceria com o Death Cult Devotion, de Cuiabá. A breve entrevista foi dada ao programa Mundo UFG, e foi ao ar na tv aberta Canal UFG no dia 04 de junho de 2020. Confira o trecho do programa abaixo:



Veja a breve entrevista sem cortes abaixo:


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Programa Mundo UFG - 1ª temporada
Data de exibição: 04.06.2020 - Confira o programa completo AQUI

quinta-feira, 11 de junho de 2020

[Resenha] CIBERPAJÉ - VULVALÁXIA: Mais uma obra magnífica de exposição absurdista! Por Gabriel Pinheiro

Arte do Ciberpajé

Mais uma obra magnífica de exposição absurdista! A condição humana, tão aleatória mas sempre atrelada à natureza, consegue ao mesmo tempo louvar e abnegar sua existência bem como o meio que a concebeu - numa trajetória tipicamente Camusiana de se representar. O Ciberpajé trabalha isso com tanta maestria, meus amigos. Existe um louvar à vida sempre permanente em suas produções, mas ao mesmo tempo uma dúvida existencial, que assombra e busca permanecer ali como um fantasma à espreita (tal qual é nossa condição de seres conscientes de si, tão errantes e intermitentes nas crenças e percepções). 

Tal dúvida não é apenas uma condição natural pertinente à nossa condição de existir de compreensão limitada, mas uma "não-forma" de permitir a criação no vácuo daquilo que desconhecemos, de modo que, na sua arte, o Ciberpajé bebe dessa arte naturalista e xamânica. Atento ainda à etimologia deste termo (e título ou consagração) "xamã", do manchu-tungus, sendo "aquele que enxerga no escuro", ou seja, enxergar no escuro remete sempre àquele que vê o que os outros não vêem. No entanto, esta visão pode ser qualquer coisa, desde uma fenomenologia dos sentidos até uma mitologia construída pela linguagem, esta fruto da consciência decodificadora humana. Enfim, não importa, pois o que reside é a mensagem e o efeito e é disto que se trata a transformação e a dimensão para os acontecimentos futuros.

*Gabriel Pinheiro é escritor, ensaísta e educador.

Ouça VULVALÁXIA, parceria do Ciberpajé com o pioneiro do cybergrind S.M.E.S., clicando na capa do EP abaixo:




terça-feira, 9 de junho de 2020

[Lançamento] Ciberpajé - Vulvaláxia: novo EP em parceria com o S.M.E.S., do Canadá, traz homenagem ao aspecto feminino cósmico

Uma das duas artes de capa do EP, OUÇA-O AQUI

VULVALÁXIA é o novo EP do Projeto Ciberpajé, OUÇA-O AQUI! O álbum em 3 atos concretiza uma parceria musical com o lendário musicista Erwin de Groot, do Canadá, e seu projeto musical S.M.E.S. pioneiro mundial do estilo de música eletrônica extrema chamado de "cybergore". Erwin também integrou a reconhecida banda holandesa de grind Last Days of Humanity.

As 3 faixas produzidas trazem algumas das atmosferas mais extremas já criadas para o projeto, gerando um contraste interessante com a homenagem que é prestada na obra, totalmente dedicada aos aspectos sagrados e profanos do princípio feminino cósmico. Erwin de Groot fez questão de nomear os aforismos e descreveu a sua visão de cada uma das faixas:

Darei a minha curta explicação para os nomes das músicas e seu sentido conectando o aspecto feminino à Gaia. Para mim todas as vulvas representam a vida: - Aforismo I: Rainforest Oxigen (Oxigênio na Floresta Tropical) - a floresta tropical brasileira / sul-americana fornece oxigênio ao mundo e, se ela desaparecer, a vida desaparecerá. O mesmo acontece com as vulvas. - Aforismo II: The Mist (A Névoa) - é sobre a poluição e o ar poluído que destrói a Mãe Terra, por exemplo, na Cidade do México. Você não pode escapar dela ou fechar sua casa, ou os hospitais. - Aforismo III: Flourishing Flower (Flor Florescendo) - Nesse momento planetário, por causa da pandemia de Covid-19, as pessoas precisaram ficar dentro de suas casas, com isso muitos lugares estão tornando-se menos poluídos sem a nossa presença. Como por exemplo, em Veneza, Itália. A água mudou de marrom para azul e os golfinhos estão nadando lá novamente. Portanto, se as pessoas se esforçarem mais para manterem a natureza limpa, o planeta se tornará melhor e mais bonito como uma flor florescendo para todos os seres vivos.

Além dos aforismos gravados com sua voz, o Ciberpajé, como de costume, ficou responsável pela arte de capa e projeto gráfico do EP, dessa vez criando duas artes de capa alternativas, ambas lidando com os aspectos de geração e destruição ligados à Gaia e ao princípio cósmico feminino. Resgatando nelas múltiplos símbolos alquímicos do universo mágicko ficcional da "Aurora Pós-humana". A arte completa do EP está postada abaixo - incluindo o encarte com os aforismos -, e você pode ouví-lo e baixá-lo com todas essas artes em boa resolução NESSE LINK










Ouça também os outros 28 EPs  e 1 CD realizados em parcerias com bandas das 5 regiões do Brasíl e 5 países do exterior, lançados pela LUNARE MUSIC, diretamente no Bandcamp do Projeto Ciberpajé, clique  na imagem abaixo para ouví-los e baixá-los.


quarta-feira, 3 de junho de 2020

[Resenha] Revista Artlectos#13 na "ZAP-Zine-Resenha" do projeto IFFanzine do Instituto Federal Fluminense de Macaé(RJ)


O premiado projeto IFFanzine, do Instituto Federal Fluminense de Macaé, RJ, criou uma nova ação para a divulgação e resenha de zines e publicações independentes, trata-se da série "Zap-Zine_Resenha" com resenhas curtas  e dinâmicas para serem postadas no Instagram, Facebook e Youtube. Confira abaixo a videoresenha feita da revista Artlectos & Pós-humanos # 13 (Marca de Fantasia) no dia 2 de maio de 2020:


Na ZAP-Zine-Resenha de hoje apresentamos Artlectos & Pós-humanos#13, titulo que publica HQs curtas e experimentais criadas pelo Ciberpajé (a.k.a. Edgar Franco). Devido ao isolamento pela pandemia e visando o acesso livre para todos os confinados, pela primeira vez o autor e a editora decidiram disponibilizar uma versão digital para download gratuito desse número da revista. Baixe a Artlectos#13 e tenha mais informações sobre o Ciberpajé nesse link

Link original da postagem original: 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

[Lançamento] Bandeirante Bocó: livro apresenta tese de doutorado sobre quadrinhos orientada pelo Ciberpajé

apa do livro, arte de Claudio Dutra

Acaba de ser lançado pela renomada editora acadêmica Marca de Fantasia o livro "Bandeirante Bocó: Uma aventura quadrinística nas terras dos Goyazes". A obra é fruto da tese de doutorado desenvolvida pela Dra.Lígia Maria de Carvalho no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás (UFG) sob orientação do Ciberpajé (Edgar Franco) e pode ser baixada livremente NESSE LINK.

Nas palavras do Prof. Dr. Henrique Magalhães (UFPB):

Com o olhar de historiadora e aficionada aos quadrinhos, Lígia Maria de Carvalho pensava quadrinizar um argumento que se encontrava quase pronto, A Bandeira do Anhanguera a Goiás em 1722 – reconstrução dos roteiros de José Peixoto da Silva Braga e Urbano do Couto. Mas, para isso tinha que fazer a filtragem que desse o pretendido tom de humor, fazendo a ponte entre ficcionalidade e historicidade. A ideia inspirou-se na série “Pateta faz história”, dos estúdios Disney, para contar as desventuras de nossos aventureiros históricos, surgindo assim o Bandeirante Bocó. Se foi um desafio diário a pesquisa no Doutorado de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás, principalmente no que se referia à comparação com o Pateta, muito mais difícil foi escrever o roteiro que, ainda por cima teria que ser desenhado.Vale frisar que, para a construção da referida personagem, a responsabilidade e o compromisso de “descobrir a verdade dos fatos narrados” foram substituídos pela invenção criadora. Pela epopeia do Bocó, a HQ se tornou única, subversiva e divertida.

Além da investigação teórica que gerou como fruto o livro que acaba de ser publicado, a tese também tem como produto um álbum de história em quadrinhos com o Bandeirante Bocó como protagonista e que será em breve editado no formato impresso.

Serviço:

Bandeirante Bocó: Uma aventura quadrinística nas terras dos Goyazes

Lígia Maria de Carvalho
Paraíba: Marca de Fantasia, 2020.
Série Quiosque, n. 59. 256p.
ISBN 978-65-86031-08-9

Edição digital