Arte do Ciberpajé
Que me perdoem os físicos, mas sabemos que a natureza não possui leis, muito menos regras, e isso é questão essencial para entender essa obra magnífica, com autores bem à frente de seu tempo (não o tempo cronológico, mas o tempo mental, que foge das convenções sociais padronizadas).
São contos que se complementam, que trazem uma unidade, no intuito de nos fazer enxergar além do óbvio. Cabe-nos o alerta de que o fim da humanidade não é algo que virá, pois já o estamos vivendo. E nós, os humanos, parados numa inércia sem fim (olha a física aqui de novo, com a primeira lei de Newton), não nos movimentamos para impedir nosso próprio Apocalipse. Estamos fadados ao fracasso enquanto espécie, pois a estupidez colocou o que é material acima do que realmente importa. E essa (des)humanidade é o buraco negro que nos atrai mais fortemente a cada dia. Agora fico na aguardo de outras obras desse nível, de preferência com autoras mulheres. Viva a arte!
2021 apresenta-nos contos de ficção científica de sete notórios autores inspirados em ilustrações do Ciberpajé, sendo eles: Edgar Smaniotto, Fábio Fernandes, Fabio Shiva, Gazy Andraus, Gian Danton, Nelson de Oliveira e Octavio Aragão, com prefácio de Adriana Amaral. A obra é um e-book de livre acesso lançado pela editora Marca de Fantasia e pode ser baixada AQUI.
* Adaor Oliveira é filósofo e educador.
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