Selfie de Adaor Oliveira com a capa do EP "Ciberpajé - Monstro da Vontade" ao fundo.
Dogmas, ideologias, o desejo de ser aceito. O aforismo e a toada da primeira faixa, Quebrando Muros, mostram bem o que as redes sociais vêm produzindo nas pessoas. Muita gente achando que a vida no Instagram, no Tik Tok, no Facebook, correspondem à realidade. Gente querendo emagrecer a qualquer custo, parecer jovem eternamente, ter o dinheiro que as "celebridades influenciadoras digitais" têm. É a verdadeira ruína social. Podemos ver aqui a questão marxista da ideologia impregnada nos dias atuais
"Irrelevância", a segunda faixa, mostra como as pessoas se dão muita importância. Muitas se acham o centro do universo, perderam a inocência da criança que brinca. A canção é minimalista nos instrumentos, mas poderosa em pensamento.
A faixa final, "Monstro da Vontade", já traz logo de cara o poder da guitarra, que contrasta com o aforismo das massas idiotizadas. Traz realmente a estupidez de uma existência superficial e banal, sendo que as pessoas que assim vivem nem se dão conta do quanto são manipuladas, e vivem a vontade dos outros, não delas próprias. É o puro suco da sociedade de consumo, tão bem estudada pelos pensadores da Escola de Frankfurt.
O álbum todo é deleite, das vozes da multidão aos arranjos e acordes poderosos. Viva a arte e o pensamento crítico! Ouça nesse link o EP Monstro da Vontade, parceria entre o Ciberpajé e a banda Shocking Bell.
*Adaor Oliveira é Filósofo e educador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário