Ciberpajé é tema de matéria publicada na Agência de Notícias Moara, vinculada ao curso de jornalismo da UFG. O texto fala das suas origens como artista, apresenta um panorama de suas múltiplas atuações nas ciberartes, música, quadrinhos, arte e tecnologia, aforismos, entre outros. Destaca sua transmutação em Ciberpajé, cita algumas de suas principais obras lançadas, e sua atuação também como professor e pesquisador. Ressalta suas críticas à sociedade mercantilista, competitiva, hiperconsumista e desconectada da natureza. A segunda parte da matéria enfatiza as críticas que o Ciberpajé faz ao mundo acadêmico por formar autômatos e grupos dogmáticos cientificistas, defendendo a necessidade da implosão do sistema atual que rege as universidades. O texto elucida que apesar de ser um pensador que incomoda o pensamento instituído, o Ciberpajé não se coloca como guru de ninguém e instiga para que as pessoas pensem por si mesmas. Conforme trecho que finaliza a matéria, que sintetiza muito bem, destacamos:
"Edgar Franco ressalta que a ciência tornou-se um dogma quase hegemônico, que abomina tudo o que é subjetivo e criativo. Para ele, não havendo mais como restaurar ou melhorar esse sistema, a única solução seria a destruição total do mesmo e, posteriormente, a sua reconstrução.
Como uma espécie de Cavalo de Troia, o professor segue com suas funções dentro da universidade, mas sem se curvar perante certos dogmas estabelecidos: “Sigo na academia, pois fora dela não poderia auxiliar a romper com seus paradigmas apodrecidos, mas nunca escrevi um artigo ou criei arte para cumprir tabela, para ganhar nota A1 na avaliação da Capes feito um ratinho pavloviano.”
A comparação de Edgar se refere ao experimento de condicionamento respondente do médico russo Ivan Pavlov, feito na década de 1920. Basicamente, a experiência consistia em tocar um sino toda vez em que determinado cão fosse alimentado. Passado algum tempo com a mesma rotina, os cachorro em questão passava a salivar após ouvir o sino, mesmo não havendo comida no local. O som do sino foi associado à comida pelo animal. O experimento demonstrava meramente uma atitude de resposta via estímulo. Um ratinho pavloviano não pensa: apenas quer a comida, salivando em decorrência do som emitido.
Longe dos estímulos-respostas que negam o pensamento, Edgar Franco segue sua trajetória artística e acadêmica. Ele não se deixa persuadir pelo “sino” das normas e convenções sociais. O professor esclarece que, apesar da alcunha de Ciberpajé, não tem a pretensão de ser alguém que toca o “sino de Pavlov”: “O Ciberpajé não é um guru ou líder espiritual, ou algo nesses termos. Ele é só um ser buscando a única revolução possível: a dele mesmo!”
A matéria foi redigida por Eduardo Spicacci, designer gráfico e estagiário da agência Moara. Veja abaixo um print da reportagem que pode ser conferida na íntegra no link: http://magmundi.wixsite.com/agenciamoara/um-artista-contestador
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