sexta-feira, 31 de março de 2023

Ciberpajé é um dos 3 artistas investigados em tese de doutorado defendida na Universidade de Barcelona por Leonardo Perotto, sob orientação do "papa" da Cultura Visual Fernando Hernández

 

O Ciberpajé foi um dos 3 artistas investigados na tese de doutorado intitulada "Uma investigação biográfica narrativa sobre o continuum performativo na música: da indagação artística sobre a trajetória do pesquisador à análise a partir da teoria fundamentada de três artistas" defendida pelo pesquisador Leonardo Luigi Perotto, no dia 30 de março de 2023, no Programa de Doutorado em Artes e Educação da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona, Espanha. A tese teve como orientador o notório pesquisador da Cultura Visual, Professor Dr. Fernando Hernandéz-Hernandez. Confira o resumo da tese para conhecer a sua proposta investigativa:

Resumo O presente trabalho de pesquisa se inicia a partir dos questionamentos que realizo sobre a minha história de vida pessoal, em relação ao meu intenso interesse por música durante a infância, seguido de diversos desdobramentos que vão se interpondo e que se estendem até os dias de hoje. Desde o campo de estudos da Performance, analiso como a música se insere em meu cotidiano, refletindo como essa relação afeta as formas como atuo cotidianamente junto a minha família assim como em outros ambientes ou situações (como na escola, por exemplo). Essas ações se tornam somáticas e vão desenvolver, gradualmente, um intercambio de atitudes performativas que se encadeiam em diferentes momentos da minha linha de vida, servindo como base para estabelecer as maneiras como atuo socialmente. Mas, para além disso, essa aproximação também influencia nas minhas maneiras de observar, contextualizar e atuar junto ao mundo, constituindo e organizando modos performativos em minha índole pessoal que se estendem para outros momentos de minha vida, tal qual condutas específicas que me caracterizam como um indivíduo social cultural. Dentro deste processo vai se estabelecendo um complexo e profundo sistema de símbolos e códigos que são demarcados pelas diversas circunstâncias que surgem desde as práticas cotidianas. São atividades que se intercalam por distintos períodos de minha vida e orientam o meu repertório de ações, condutas e comportamentos como algo afetivo e corporizado que afeta e é afetado diariamente. Chamo este processo estruturante de continuum performativo. A partir disso, debato como o continuum performativo foi se desenvolvendo em minha trajetória de vida, assinalando como vai encadeando diversos fenômenos performativos de caráter contínuo, provendo os caminhos e escolhas que fiz em minha trajetória pessoal quanto profissional, culminando principalmente na minha decisão de tornar-me artista e educador. Por meio da metodologia autoetnográfica, revisito minhas diversas experiências cognitivas e sensório-motores desde a infância, comparando-as com minhas experiências na adolescência junto a outros jogos e atividades mais complexas durante a vida adulta. Após este primeiro momento, coloco em debate meu contínuo performativo quando analiso e relaciono os processos de desenvolvimento dos continuuns performativos de outros três artistas e educadores junto ao meu – Edgar Franco (Ciberpajé), Tim Rescala e Laia Estruch – utilizando as bases epistemológicas da Teoria Fundamentada para compreender as semelhanças e diferenças entre nossos processos de desenvolvimento, crescimento e consolidação pessoal e profissional. A autoetnografia e a teoria fundamentada fundamentam e assinalam os marcadores performativos existentes entre mim e os três sujeitos estudados na tese, onde averiguo como se desenvolvem e se comportam nossos contínuos performativos. Isso me leva a concluir os processos que validam nossas formas de atuar, permitindo desenvolver a teoria do continuum performativo como um procedimento teórico prático, tendo potencial para ser utilizado no campo educativo e artístico como forma de aproximar e desenvolver ambientes coletivos agregadores, privilegiando a troca de saberes quando de vinculação do conhecimento. Palavras-chave: Continuum performativo, performance, performance cotidiana, música, arte, educação, autoetnografía, teoria fundamentada, pesquisa narrativa.

O candidato foi aprovado com louvor pela banca composta por professores doutores de Portugal, Espanha e Brasil. Confiram alguns prints de tela da defesa na sequência:



 A investigação dos aspectos performáticos na obra, vida e arte do Ciberpajé partiu de uma longa entrevista realizada pelo pesquisador e também de uma investigação em diversas de suas obras, produzindo reflexões densas sobre o artista e seu ideário performativo de vida. Indicamos a leitura da tese que sera em breve disponibilizada, quando isso acontecer informaremos aqui no blog. No entanto destacamos pequenos trechos de observações sagazes de Leonardo Perotto sobre o Ciberpajé como exemplo da pertinência de suas conclusões:

"Interessante é que essa relação entre o grotesco e o inconformismo apresentados na cultura do heavy metal transpassam o trabalho artístico de Ciberpajé, estando também incorporados nas diversas maneiras dele pensar seu cotidiano e as coisas onde emprega seus esforços pessoais: seja nas suas formas de pensar o desenho, de pensar os quadrinhos e a arquitetura, das performances junto a sua banda, da forma de compor músicas e, principalmente, das relações performativas pessoais em seu cotidiano comum. Ele, em dado momento, compreende que há um Outro com quem ele convive, um tipo de alter ego que vai mais além da pessoa Edgar Franco, um ser transmutado que desenvolve uma relação distinta com o cotidiano e com as coisas do mundo, estando em uma contínua transformação que une uma cosmologia autorreferencial com as diversas experiências pessoais vividas no passado e reinventadas no futuro. Ciberpajé seria o Outro de Edgar Franco, um ser altamente conectado com as coisas da terra, assim como dos devires cósmicos e tecnológicos.

[...]Uma das lembranças que tenho é que em ambos os encontros o que me chamou a atenção é que a presença de Edgar Franco preenche o recinto, no sentido de algo de energia. Nosso segundo encontro foi importante para tirar essa dúvida, porque sua imagem e presença realmente são densas e se pode sentir de algum modo.[...]

Em um primeiro momento foi bastante complexo entender esse grande emaranhado de informações que provêm da narrativa de Edgar Franco e de seu Outro, o Ciberpajé, porque não existe uma divisão entre quem é quem. O Ciberpajé não é um personagem, no sentido etimológico da própria palavra, de “per sonare”, de soar através de algo, mas sim de se transmutar nesse Outro Ser uma nova perspectiva do real, onde o indivíduo Edgar Franco passa a ser um fenômeno intermediário. Ou seja, o indivíduo Edgar Franco estaria mais para ser o personagem do Ciberpajé, o seu Outro, aquele que absorve os fenômenos performativos, interpreta os estímulos e interpreta essas ações, alimentando esse ser chamado Ciberpajé. Dessa maneira ele se propõe a desenvolver-se como um indivíduo multifacetado, compreendendo os diferentes tipos de máscaras que usamos para transitar por diferentes ambientes sociais, mas sem deixar de ser ele mesmo."
(Trecho das Páginas 404-407)

"Desde que conheci e tive a oportunidade de me aproximar do Ciberpajé, eu comecei a reavaliar melhor os valores relativos à imagem e a nossa postura diante dos outros, no sentido de posicionamento. A imagem porque eu enquanto músico, com uma formação voltada às escolas violonísticas eruditas, não conseguia observar essas demandas expressivas para além da própria música. Ou seja, não havia estudado (e tão pouco dava importância) às relações que a minha imagem no palco diante dos outros poderia produzir enquanto um tipo de posicionamento. O que eu aprendi na música erudita, ao menos, era que deveríamos ser os mais singelos possíveis, no sentido de aparecer menos e deixar que a música, essa sim, aparecesse. No entanto, é um tremendo equívoco pensar assim porque quando vamos ver alguém se apresentar não vamos ficar apenas observando seu instrumento musical ou inteiramente ligado aos sons. Nós queremos ver a performance – como o músico se relaciona com o espaço, como aquela música se relaciona com ele, como sua habilidade de tocar extrapola o fato de tocar, fazendo também que o público se posicione em relação ao que está escutando, saindo ao final da apresentação com alguma carga informativa que tenha valido a pena. 

Hoje percebo isso e me encontro em um novo processo de estudar música porque procuro estar tecnicamente bem no instrumento, mas sabendo selecionar o que quero realmente tocar, levando em conta o que quero performar enquanto indivíduo. A performance não deve se sujeitar à música, ambas andam juntas em diálogo e o performer deve prover isso. Também compreendo que o conceito da imagem do performer carrega muita informação que também deve estar vinculada ao processo. É um extenso pacote de informações que parte primeiramente dos indivíduos, se estendendo para as formas que ele encontra para se expressar – música, imagem, movimento, gesto, as condutas em palco, os olhares com a plateia, entre outras coisas. Hoje compreendo essa prerrogativa, entretanto, colocá-la em prática é uma outra maneira de se colocar a respeito. De qualquer maneira, essa condição que se apresenta é um vetor de saber importante que se erige entre as minhas novas condutas. 

A partir desse conceito de arte e ativismo (Artivismo), Ciberpajé se posiciona por meio de sua obra propondo uma ruptura reflexiva sobre nossas ações habituais e comuns ao cotidiano. Ele expõe essas implicações desde várias perspectivas: as ações cotidianas como um consumo diário de ritos, informações, modelos, condutas, práticas e experimentações transformadas por seus receptores e devolvidas ao seu próprio ambiente de uma maneira modificada, onde atuam como (re)produtores culturais que assumem também a postura de consumidores, em um ciclo ininterrupto; o paradigma da alteridade, onde o artista volta seu interesse pelo que é do cotidiano, da vida habitual e do que acontece nos círculos em que está inserido, relacionando com seu outro cultural, social ou étnico, apontando sistemas e condutas tecnológicas e industriais que modificam todo um estado de ser entre os seres, os objetos e os lugares; e, por último, a arte relacional, apoiando-se na premissa da sua relação junto a vida comum dos indivíduos como condição formativa de um horizonte teórico e conceitual para novas produções artísticas, confrontando estados convencionais e mais conservadores em relação a uma nova ordem estrutural que está se desenvolvendo no mundo das coisas."
(Trecho das páginas 432-433)

Abaixo, como exemplo, prints de 2 das múltiplas páginas que enfocam a vida e a obra do Ciberpajé, as páginas 369 e  400.









[Veja como Foi] Ciberpajé no Podcast SEM FREIO: em live mais longa de sua vida o mago-artista revelou múltiplos aspectos de seu ideário e filosofia criativa de arte, magia e vida

 

Em noite instigante, com a presença de grandes amigos interagindo no chat, o Ciberpajé foi entrevistado no Podcast Sem Freio, capitaneado pelo artista e ativista cultural Dimitri Kozma. Confira a entrevista completa nesse link.


A conversa fruiu por múltiplos aspectos de sua filosofia de vida, a conexão que ele faz do universo ficcional transmídia da Aurora Pós-Humana com sua magia de autotransmutação e inúmeros detalhes que compõem o seu ideário peculiar de existência. A live durou 5 horas e 15 minutos, e está online para ser acompanhada pelos interessados, que também podem assistir só os trechos que lhe interessarem a partir da criteriosa divisão de tópicos feita por Dimitri Kozma:

00:00 – Intro 10:00 – Início da carreira 26:00 – Fanzines 32:00 – Influências 39:00 – Visceral 44:00 – Críticas 47:30 – formado em arquitetura 52:00 – Comentários 56:00 – Música / Rock / Heavy metal, começou a tocar baixo 01:03:00 – Religião * 01:06:00 – Satanismo * 01:08:00 – Dogmas * 01:12:00 – Likes * 01:14:00 – Filme: Afogando em Números 01:15:00 – “Like no sexo” * 01:21:00 – Bom Jovi / Paixão é doença / Música define seu estado de espírito 01:35:00 – Como podemos lidar com uma sociedade tão moralista e dogmática? 01:41:00 – Alcool * 01:49:00 – Carros * 01:53:00 – Dogmas 02:02:00 – Pensamento censurado na Universidade / Substâncias Psicodélicas em Doutorado 02:11:00 – Mestre dos Quadrinhos 02:15:00 – Vegano 02:17:00 – Cogumelo 02:23:00 – Psicodélicos - Cogumelo versus Maconha 02:35:00 – Ayahuasca e outras substâncias 02:37:00 – Ritual de Presença / Escrita automática * 02:49:00 – Como fomentar o contato com a arte nesse cenário? 03:00:00 – Comentários 03:10:00 – Série Merli / Barcelona contra Turista 03:12:00 – Arte com Inteligência Artificial 03:21:00 – Inteligência Artificial e solução para humanidade * 03:27:00 – Arte com Rede Neural 03:30:00 – Catarse - Licanarquia: o Lobisomem clássico do mestre Toninho Lima encontra a Aurora Pós-humana de Ciberpajé 03:39:00 – Álbum BioCyberDrama, desenhado por Mozart Couto 03:58:00 – Comentários 04:14:00 – Heavy Metal 04:17:00 – Se arrepende de alguma coisa que fez? 04:24:00 – Nada é seu * 04:28:00 – Legado * 04:38:00 – Liberdade 04:43:00 – Transmutação em Ciberpajé 05:01:00 – Você já se sentiu abandonado? Houve algum momento em que você sentiu que não havia ninguém que te desse um apoio? Você se já se sentiu totalmente sozinho? Se sim, como lidou com isso? 05:14:00 – Encerramento


Palavras da artista psicodélica Nina Bruniero que acompanhou a live na íntegra:

"Salve salve Ciberpajé, foda a entrevista de ontem. Valeu mais que anos de terapia. Aquilo foi uma aula livre de arte e de como viver nessa sociedade narcisista. Disse e repito, você é um patrimônio cultural nacional vivo! Seu trabalho é de grande valor! Grande abraço psicodélico!"

Assista na íntegra o podcast nesse link ou reproduzido abaixo:






segunda-feira, 27 de março de 2023

[Veja como Foi] Live no Canal Papo Kbelo - Ciberpajé e Elbert Agostinho conversam com Fabiano Kbelo sobre quadrinhos, criação e arte nos processos pedagógicos.



No dia 16 de março, às 20 horas, aconteceu a live no canal do ativista cultural Fabiano Kbelo com o tema "As Ramificações Artísticas Como Benefício no Ensino", os convidados foram os quadrinhistas e educadores Ciberpajé e Elbert Agostinho que puderam falar de suas experiências criativas com destaque para suas interações na academia e nas escolas. Confira a live na íntegra nesse link, ou abaixo:



[Veja como foi] Live de lançamento da revista Paradigmas #51, com Ciberpajé e Gazy Andraus

No dia 21 de março de 2023 aconteceu a live de lançamento da Edição 51 da Revista Paradigmas: Filosofia, Realidade & Arte. Com a partipação do Ciberpajé e a de Gazy Andraus. Assista a live na íntegra nesse link, ou abaixo:




Esse número da Paradigmas tem capa de autoria do Ciberpajé, além de uma HQ e um texto dele sobre o seu processo criativo. A Paradigmas é um periódico acadêmico da área de filosofia que investe também na produção artística e tem publicado quadrinhos do Ciberpajé de Gazy Andraus, na live os dois sobre essa experiência e sobre os processos criativos de suas capas e HQs nesse e em números anteriores da revista.

A live foi realização do CEFS - Centro de Estudos Filosóficos de Santos e terá a condução do editor Luiz Meirelles Cefs.

A edição 51 da Revista Paradigmas - Filosofia, Realidade & Arte está disponível. Impressão couche fosco, formato 21x29cm. 28 páginas. Compre no link: https://mpago.la/1ztTxTL

[Lançamento da Kaos Records] Edição especial em box celebra os 18 anos do POSTHUMAN TANTRA e do álbum "Pissing Nanorobots" incluindo um tributo com 14 bandas convidadas e o novo álbum "Pissing Nanorobots Again"


Em 2021 o lendário selo D.I.Y. Kaos Records, maior gravadora independente de noise e industrial da América Latina, fez um convite ao Ciberpajé, lançar um tributo comemorativo aos 18 anos do POSTHUMAN TANTRA, enfocando especialmente o álbum de estreia da banda "PISSING NANOROBOTS", lançamento independente de 2004 que teve ótima repercussão internacional com resenhas positivas em muitos veículos da área. O álbum também tornou-se uma referência da música autoral noise, ambient, e industrial no Brasil, sendo lembrado e reverenciado pela cena.

A Proposta da Kaos Records, e de seu mentor Ramon Farias, foi a de realizar um tributo convidando 14 bandas e projetos da cena noise/industrial brasileira e do exterior para realizarem versões para as 14 músicas de PISSING NANOROBOTS. Mas não só isso, relançar o álbum original em CD e também uma nova versão remasterizada da obra, e a cereja do bolo, um novo álbum do POSTHUMAN TANTRA com faixas originais inspiradas na sonoridade e conceito de PISSING NANOROBOTS, além de outros itens para coilecionadores como pôster, cards e zinebook.

Durante todo o ano de 2022, o Ciberpajé trabalhou arduamente e entusiasticamente para a elaboração do projeto gráfico da box, convidou o grande musicista e produtor Alan Flexa para remasterizar PISSING NANOROBOTS, e junto a Ramon Farias convidaram as 14 bandas para o tributo. Elas foram escolhidas por afinidade musical, admiração e representatividade na cena, incluindo uma grande representante internacional, a lendária banda francesa MELEK-THA. As bandas/projetos convidados foram, na ordem das faixas do tributo: GORIUM, pUnK[A]l_₴sUlUk, MELEK-THA, HUMANFOBIA, DER NEUE MANN VON NEANDERTAL, STELLATUM, CAOS SONORO, AMRIT KALASH, D.O.M., TRIsE, PROGNOSIS, P.K.PINHEIRO, FREDÉ CF e RAUPPWAR.

Paralelamente ao desenvolvimento do projeto gráfico da box e seus itens, o Ciberpajé retomou os sintetizadores e plug-ins utilizados nas gravações de PISSING NANOROBOTS realizadas no linginquo ano de 2004, para mergulhar na gravação do novo álbum inspirado naquele primeiro lançamento. As novas músicas foram sendo criadas ao longo de mais de um ano e sua sonoridade resgata e atualiza a da obra original, ampliando conceitualmente as propostas sonoras e narrativas da Aurora Pós-Humana, envolvendo uma crítica ácida ao crescente Binarismo Anticósmico. Assim nasceu PISSING NANOROBOTS AGAIN, álbum conceitual com uma atmosfera tão visceral quanto a de seu antecessor, trazendo 14 faixas e mais uma bonus track somente incluida na versão em K7 da box.

A proposta da KAOS RECORDS foi lançar a box especial de aniversário do POSTHUMAN TANTRA em uma edição limitadíssima de 50 cópías. A partir de outubro de 2022, Ramon Farias iniciou a produção D.I.Y. da box, envolvendo muito da concepção zineira do faça você mesmo, reciclando caixas de marmita, pintando-as de preto com spray e adesivando tampa e fundo com as artes originais criadas pelo Ciberpajé, também realizando todo o trabalho gráfico em gráficas rápidas, mas com o capricho e cuidado que é característico da KAOS RECORDS. Em março de 2023, com a conclusão da produção das 20 primeiras boxes acontece o lançamento dessa obra singular. 

A Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION inclui:

1. Caixa preta adesivada com artes exclusivas.

2. Caixa de DVD contendo dois CDs: CD1 - Pissing Nanorobots (Versão original + 1 bonus track exclusiva); CD2 - Pissing Nanorobots Remasterizado pelo produtor Alan Flexa.

3. Fita K7 Pissing Nanorobots - The Tribute - Tributo com as 14 bandas recriando as faixas do álbum original.

4. Fita K7 Pissing Nanorobots Again - Novo álbum do Posthuman Tantra com 14 faixas + bonnus track exclusiva para essa versão em K7.

5. Pôster A3 com arte exclusiva comemorativa dos 18 anos do Posthuman Tantra

6. 14 cards com artes "sigilos mágickos" criadas para representar cada uma das faixas de Pissing Nanorobots.

7. Zinebook de 12 páginas com entrevista exclusiva com o Ciberpajé falando da criação de Pissing Nanorobots, de sua repercussão global e também da produção da box comemorativa.

8. Pin metálico com a imagem ícone da Kaos Records.

9. Card numerado com arte original e única criada pelo Ciberpajé em "Ritual de Presença".

Para adquirir a box fale com a Kaos Records no e-mail kaosrecords@hotmail.com ou com o Ciberpajé no e-mail ciberpaje@gmail.com 

O Ciberpajé agradece a todos os envolvidos na produção e criação da box, especialmente ao grande Ramon Farias e à KAOS RECORDS! Também a todos os musicistas e performers que estiveram com o POSTHUMAN TANTRA nesses 18 anos de existência da banda e aos produtores, selos e gravadoras ao redor do mundo que lançaram, distribuiram e divulgaram os múltiplos lançamentos da banda nos cinco continentes do planeta.

Sigamos na saga infinita Pós-Humanista!

Na sequência algumas artes presentes na box, em breve o Ciberpajé postará um vídeo unboxing dela.

Adesivo de tampa da Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION (Kaos Records, 2023)

Capa da caixa de DVD com os 2 CDs da Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION (Kaos Records, 2023)

Capa da K7 The Tribute da Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION (Kaos Records, 2023)


Capa da K7 com o novo álbum Pissing Nanorobots Again da Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION (Kaos Records, 2023)

Capa do Zinebook da Box Set PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION (Kaos Records, 2023)

Antes do lançamento da box comemorativa já foram lançados 2 singles com versões em vídeo do novo álbum do POSTHUMAN TANTRA, PISSING NANOROBOTS AGAIN, "Metaverse Werewolf" e "Hurricane's DNA, ouça os abaixo:











quarta-feira, 1 de março de 2023

[Lançamento] HURRICANE'S DNA: Novo videoclipe do Posthuman Tantra ressignifica as dancinhas de TikTok para o apocalipse pós-humanista, propondo o "brega ciberpunk"

Está no ar - confira nesse link - o novo single e videoclipe HURRICANE'S DNA, faixa do próximo álbum da banda POSTHUMAN TANTRA intitulado PISSING NANOROBOTS AGAIN, que será lançado em breve pelo lendário selo underground KAOS RECORDS, de Santos (SP).

A música resgata a sonoridade iconoclasta do emblemático álbum PISSING NANOROBOTS, lançado pelo Posthuman Tantra em 2004 e que obteve uma grande repercussão internacional nos nichos do noise, ambient e da música experimental. O álbum é motivo de um tributo com 14 bandas recriando suas músicas e que também será lançado pela Kaos Records em uma box set chamada POSTHUMAN TANTRA - PISSING NANOROBOTS 18TH ANNIVERSARY SPECIAL EDITION.

O videoclipe de Hurricane's DNA, criado pelo zineasta Amante da Heresia, une a iconoclastia sonora do Posthuman Tantra à sua iconoclastia visual. O noise ruidoso e implosivo que embala o universo ficcional da Aurora Pós-Humana em seu colapso final, o Ocaso Pós-Humanista, ganhou uma visualidade crítica e irônica que reconfigura e ressignifica as famigeradas dancinhas de TikTok. Nas palavras de Amante da Heresia:

Recebi do grande artista transmídia CIBERPAJÉ, um convite irrecusável: criar um vídeo para a música HURRICANE’S DNA de seu projeto musical POSTHUMAN TANTRA. Uma responsabilidade supermassiva, pois tanto o projeto, a música quanto seu criador são de proporções cósmicas. Pois bem, com grandes responsabilidades vem... um grandioso frio na espinha. Mas nenhuma ansiedade é páreo para uma boa dose de pale ale gelada. Depois de alguns goles, relaxei & deixei fluir. A primeira coisa que me veio à sensibilidade foi que eu adoraria fazer algo que não tinha feito até então: quebrar com a expectativa de quem já conhece meus trabalhos, e me engajar num autodesafio. Foi aí que pensei: se o clichê encharcou o ciberpunk & o pós-apocalipse, ao ponto de levá-los aos seus respectivos naufrágios no oceano da banalidade, não seria o brega a contraforça necessária que pode trazê-los de volta à sua autenticidade? Eureka! Um ciberpunk brega gerador de um pós-apocalipse irônico & burlesco como insurgência estética! Sim! Comecemos! Juntei os acessórios que eu já tinha utilizado em outras performances, compondo um personagem inédito para mim; montei um fundo verde, onde nele, compus um cenário minimalista utilizando sucata eletrônica, um ser cyberfetal e algumas plantas ornamentais; &, claro, o que não podia deixar de acontecer, deveria ter uma dancinha. Tudo isso filmado com uma câmera fixa cuja filmagem serviria ao gozo de meu gesto zinematográfico, agora acrescido pelo poder do brega. 

Confira Hurricane's DNA nesse link ou abaixo.


HURRICANE'S DNA (Vídeo Oficial)
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Concepção, direção e edição do vídeo: Amante da Heresia
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A faixa “Hurricane's DNA” é o segundo single e primeiro videoclipe do álbum “Pissing Nanorobots Again” que é parte da Box Set "Posthuman Tantra - 18th Anniversary Special Edition", uma produção da Kaos Records.   
Posthuman Tantra é: Ciberpajé [a.ka.Edgar Franco] - todas as composições, vozes e sintetizadores.
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Gravado no “Oca Studio”, Goiânia
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Uma produção de
KAOS RECORDS &
GRUPO DE PESQUISA CRIA_CIBER - FAV/UFG Goiânia, Brasil, 2023