Confira a entrevista ao Podcast Caosófico clicando aqui ou na imagem acima
O
Ciberpajé concedeu nova entrevista reveladora ao canal Caosofia,
dessa vez em formato podcast e com a duração de 70 minutos. Na
entrevista, conduzida por Fausto Ramos, o Ciberpajé aprofundou-se nas
questões relativas à conexão direta entre suas criações
artísticas e sua ação magísticka, destacando os processos
artísticos como rituais mágickos de autotransformação, também
destacou vários aspectos de seu ideário pós-humanista.
Vejam abaixo uma descrição detalhada dos assuntos tratados no
podcast em uma resenha da entrevista escrita pela IV Sacerdotisa da
Aurora Pós-humana, a artista multimídia e doutora em ciências
Danielle Barros, e confiram a entrevista clicando aqui.
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O
começo do podcast trata das bases teóricas, influências
conceituais, magísticas, e artísticas que basearam a construção
do álbum em quadrinhos Biocyberdrama Saga, focando especificamente
no universo ficcional da Aurora Pós-Humana,- e em seu contexto de magia do caos- que serve de base para todas as criações transmídia
do Ciberpajé.
Depois
o Ciberpajé fala de sua atuação na universidade, na perspectiva
autoral, também sobre o problema da hipercompetitividade
contemporânea baseada no “darwinismo social” e a necessidade das
universidades formarem seres mais humanos, cooperativos, conscientes.
Destaca
a importância da criação genuína como uma forma potencial de
expressão e auto transformação interior em detrimento de uma
universidade que forma e adestra pessoas em competição para o
mercado de trabalho, cujo foco é produzir sob encomenda para atender
às demandas mercadológicas e a interesses econômicos.
O
papo segue falando sobre a gradativa desconexão humana com a
natureza e as consequências desse desligamento: a degradação
ambiental e do ser humano consigo mesmo e outros seres/espécies.
Durante
o papo, uma série de livros e autores são citados, relacionando aos
assuntos comentados, como Darwin, Lovelock,
Santaella, Elizabeth Kolbert, Dion Fortune, Jung, Rupert Sheldrake,
Donna
Haraway, Stelarc, Crowley, Jeremy Narby, Jodorowsky, entre outros.
A
conversa segue tratando do conceito de pós-humanismo, e de como o
Ciberpajé concebe e problematiza o tema na atualidade. Ele também fala de como a lógica do mercado e suas estratagemas para aceleração da
produção de alimentos, bens de consumo, visando tão somente a
obtenção de lucro, têm interferido nos aspectos não apenas
culturais, mas genéticos dos seres vivos, e suas consequências para
a degradação do ambiente e dos seres humanos e demais espécies
animais e vegetais.
O
Ciberpajé fala ainda das obras conceituais criadas pelo Posthuman
Tantra (sua banda ritualística e performática) e suas recentes
criações relacionadas aos assuntos abordados: a sexta extinção, a
transgenia, a desconexão do ser humano e seu aspecto animal, a
destruição do planeta, das relações do homem, da ciência e do
uso das tecnologias, entre outros.
Na
sequência discute aspectos sobre o papel e a legitimidade
científica, o cientificismo dominante, destacando outras formas de
conhecimento legítimas como o xamanismo, a magia, o conhecimento
ancestral da medicina da natureza, os enteógenos e o auto
conhecimento como fontes importantes de saberes, que lamentavelmente
têm sido sistematicamente relegadas a segundo plano em virtude do
paradigma racionalista que despreza outras formas de conhecimento.
Ao
final, o Ciberpajé trata dos chamados “túneis de realidade”, um
conceito de Robert Anton Wilson, e de sua influência nas relações
humanas. Diante do atual contexto de cisão entre seres, fala da
importância de que cada pessoa se coloque no lugar do outro, para
buscar entender o universo alheio, as diferenças, estabelecendo
diálogos. Destacando o necessário cuidado em não se dogmatizar e
que quando ele mesmo se vê odiando alguma coisa, busca
mergulhar naquele assunto sem preconcepções e "amar aquilo",
entregar-se, para entender aquela egrégora, e as razões de sua
força. Por fim, destacou como a arte ritualística tem um potencial
transformador para o artista-magista, funcionando como busca da
integralização e da transcendência, em seu caso através de
diversas criações transmídia em quadrinhos, performances, ensaios
fotográficos, aforismos, ilustrações, HQtrônicas, vídeo arte,
instalações, web arte etc.
Em
suma, trata-se de uma conversa fluida e empolgante sobre o ideário
mágicko e artístico do Ciberpajé, e no próximo podcast a proposta
é discutir sobre algumas obras específicas do artista, os álbuns
em quadrinhos “Ecos Humanos” e “Cartografias do Inconsciente”
lançados no FIQ 2018 – Festival Internacional de Quadrinhos de
Belo Horizonte, a qual aguardamos ansiosos!
(IV Sacerdotisa Danielle Barros)
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O Ciberpajé já havia concedido uma entrevista em vídeo ao canal Caosofia durante sua participação no FIQ 2018 - Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, confira clicando na imagem abaixo.
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