"BioCyberDrama Saga é uma obra visceral que antecipa, senão profetiza, o cenário futuro (quase próximo) provocado pela reconfiguração da condição humana. Edgar é mais que um profeta, é um visionário pós-humanista e sua obra de ficção científica causa impacto por estar baseada em possibilidades. Como diz Robert Anton Wilson, no prefácio de "Futuro Proibido": "A função da ficção científica é quebrar padrões, promover ruptura de nossos parâmetros mentais e o faz de forma mais chocante que qualquer outro tipo de literatura. Ficção científica é libertação".
Me senti confortável no ambiente desse universo ficcional pós-humano, porém alguns personagens me incomodaram, como Michelle que, em seu radicalismo eugênico, de certa forma mudou o destino de Antônio Euclides e mesmo assim, ela acaba traindo seus "princípios". Orlane que em momento de rejeição de Antônio Euclides, também se rejeitou por ser "diferente" e quis se tornar uma "igual" se mantendo nessa condição até arriscar-se à morte juntamente com Antônio Euclides. Amei Gandraus pela aceitação plena de tudo/todos, me passou a impressão de que a harmonia (mais que tolerância) basta e mantém o equilíbrio.
Os personagens desse universo são possibilidades, de certa forma, até plausíveis. Por que não crer que possam de fato existirem em algum momento? A aurora pós-humana está sendo um vislumbre do porvir."
(Moema Rampon)
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