Ciberpajé fotografado pela IV Sacerdotisa em São Carlos, SP
[PERGUNTA DE HOJE] "Olá Ciberpajé, tudo bem? Pode dizer alguma coisa prática sobre o caminho solitário que você escolheu?" (Gustavo Oliveira)
CIBERPAJÉ: Sobre a opção por um caminho solitário, ela tem um preço alto para o que as pessoas consideram "vida em sociedade", pois tal vida não passa de um conjunto de regras e dogmas definidos pelos grupos das mais diversas ordens. Para manter-se em um grupo de "amigos", você terá que submeter-se à cartilha de regras deles. Para estar em uma seita, igreja ou religião, terá que dobrar-se aos seus dogmas. Para estar em uma instituição de qualquer ordem terá que seguir seus preceitos e regras. Nós não devemos negar a vida entre os de nossa espécie, a existência se constrói na relação com os outros.
Seguir um caminho solitário não implica em misantropia, em isolar-se do mundo e tornar-se um asceta. A existência só tem sentido se compartilhada! Então existe esse erro de interpretação que confunde solidão de ser - uma postura interior para a busca da integralização - com isolamento. Eu jamais me isolo, mas não adoto nenhum dogma ou regra que vá contra os meus princípios para integrar-me a algum grupo. Não faço concessões a dogmas de nenhuma ordem. Não assumo nenhum rótulo, nem os que querem me impingir como: metaleiro, ateu, vegano, doutor, entre outros; pois mesmo nesses grupos sou considerado um corpo estranho. Não preciso da legitimação de ninguém ou de nenhuma instituição para saber quem eu sou. Mesmo na academia, um dos locais em que atuo, sou crítico ferrenho dos dogmas instituídos, da subserviência à teoria em detrimento da experiência, e adoto o mínimo de regras para não ser expulso.
Declarei-me Ciberpajé e digo que esse título suplanta todos os outros e é o que me interessa, o que eu me outorguei. Essa postura solitária, de buscar trilhar meu próprio caminho, consequentemente resulta em ter poucos amigos, mas genuínos. E na verdade , quem diz ter mais que 7 amigos, está mentindo para si mesmo e para os outros. O caminho solitário é doloroso a princípio, pois sentimos uma necessidade imbecil - implantada pela cultura humana -, de sermos aceitos e amados a qualquer custo, e para isso acabamos sacrificando a nossa unicidade como seres.
Por isso é muito mais fácil adequar-se, adotar um comportamento de bando, seguir regras, submeter-se. É uma ação uterina, estar em um grupo é sentir-se protegido, estar só é ter que admitir que você é o responsável por sua realidade, por suas ações e as consequências que delas advêm.
Seguir o caminho solitário é não acreditar em nada, e ao não acreditar em nada estar livre para experimentar tudo. Mas o caminhante solitário não deve ter soberba, nem orgulhar-se disso, deve respeitar a opção de todos os outros seres humanos, e amá-los incondicionalmente. Todos os grandes seres e avatares de nossa espécie criaram seus próprios caminhos, não imitaram ninguém, não se submeteram a nenhum grupo ou dogma. Veja Cristo, Buda, Maomé, Rajneesh, Confúcio, Chuang Tzu e tantos outros geradores de seus caminhos. Após suas trajetórias luminosas, idiotas aproveitadores vieram e transformaram tudo que eles disseram em doutrinas. Criaram dogmas estanques que obrigam as pessoas a destruírem sua individualidade e quererem ser o que não são. Crie o seu caminho, ele será tão único como o seu ser, e só criando-o poderá chegar ao êxtase absoluto e transcendê-lo! (Ciberpajé)
Seguir um caminho solitário não implica em misantropia, em isolar-se do mundo e tornar-se um asceta. A existência só tem sentido se compartilhada! Então existe esse erro de interpretação que confunde solidão de ser - uma postura interior para a busca da integralização - com isolamento. Eu jamais me isolo, mas não adoto nenhum dogma ou regra que vá contra os meus princípios para integrar-me a algum grupo. Não faço concessões a dogmas de nenhuma ordem. Não assumo nenhum rótulo, nem os que querem me impingir como: metaleiro, ateu, vegano, doutor, entre outros; pois mesmo nesses grupos sou considerado um corpo estranho. Não preciso da legitimação de ninguém ou de nenhuma instituição para saber quem eu sou. Mesmo na academia, um dos locais em que atuo, sou crítico ferrenho dos dogmas instituídos, da subserviência à teoria em detrimento da experiência, e adoto o mínimo de regras para não ser expulso.
Declarei-me Ciberpajé e digo que esse título suplanta todos os outros e é o que me interessa, o que eu me outorguei. Essa postura solitária, de buscar trilhar meu próprio caminho, consequentemente resulta em ter poucos amigos, mas genuínos. E na verdade , quem diz ter mais que 7 amigos, está mentindo para si mesmo e para os outros. O caminho solitário é doloroso a princípio, pois sentimos uma necessidade imbecil - implantada pela cultura humana -, de sermos aceitos e amados a qualquer custo, e para isso acabamos sacrificando a nossa unicidade como seres.
Por isso é muito mais fácil adequar-se, adotar um comportamento de bando, seguir regras, submeter-se. É uma ação uterina, estar em um grupo é sentir-se protegido, estar só é ter que admitir que você é o responsável por sua realidade, por suas ações e as consequências que delas advêm.
Seguir o caminho solitário é não acreditar em nada, e ao não acreditar em nada estar livre para experimentar tudo. Mas o caminhante solitário não deve ter soberba, nem orgulhar-se disso, deve respeitar a opção de todos os outros seres humanos, e amá-los incondicionalmente. Todos os grandes seres e avatares de nossa espécie criaram seus próprios caminhos, não imitaram ninguém, não se submeteram a nenhum grupo ou dogma. Veja Cristo, Buda, Maomé, Rajneesh, Confúcio, Chuang Tzu e tantos outros geradores de seus caminhos. Após suas trajetórias luminosas, idiotas aproveitadores vieram e transformaram tudo que eles disseram em doutrinas. Criaram dogmas estanques que obrigam as pessoas a destruírem sua individualidade e quererem ser o que não são. Crie o seu caminho, ele será tão único como o seu ser, e só criando-o poderá chegar ao êxtase absoluto e transcendê-lo! (Ciberpajé)
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