BASEADOS: Poemas para acender (Livro, Dimitri Brandi de Abreu, Editora Barata, 2017, 131 páginas).
Dimitri Brandi é uma fera da arte multimídia alternativa, inventor do "death metal acústico", mentor de uma das bandas com mais identidade do cenário da música pesada brasileira, romancista visceral e poeta sensível. "Baseados" começa a instigar pelo título provocativo e ambíguo, e a capa já revela muito da inspiração da obra, o universo do pop, no caso dos poemas que recheiam o livro, a música rock e metal que um dia foi pop, como Darth Vader o é. Mas a obra também tem algo de erudita, criando tensões vivas e provocativas entre Iron Maiden & Cioran, Cradle of Filth e Machado de Assis, uma mistura necessária e saborosa. O volume nos traz dezenas de poemas, muitos "baseados" em bandas e músicas específicas do rock e heavy metal, mas também com outras inspirações como Freud, Derrida e Neil Gaiman. Descobri que Dimitri é tão fã de Green Carnation quanto eu, e emocionei-me com um de seus poemas baseado nos Smiths, uma banda que não curto, apesar do respeito pela postura de vida de Morrissey. Fui escutar de novo uma música de Alan Parson´s Project - "Psychobabble" - só para reler o poema pungente que o autor criou inspirado nela, e com a trilha ele ganhou outras cores! E fui buscar, entusiasmado, músicas de My Dying Bride e Shara McCallum. Mergulhando nos universos do autor descobri muito sobre mim. Gratidão, Dimitri Brandi de Abreu, por emocionar-me! O Ciberpajé recomenda!
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