A matéria destaca a criação do universo ficcional da Aurora Biocibertecnológica, ainda na segunda metade dos anos 90, que em 2000 passou a ser chamada de Aurora Pós-Humana, marcada pela inclusão de elementos da cultura brasileira em sua essência, sendo assim uma obra pioneira do Tupinipunk. A Aurora Pós-Humana e a obra transmídia do Ciberpajé já haviam sido motivo de um capítulo do livro "Posthumanism and the Graphic Novel in Latin America" de autoria de pesquisadores PhDs das Universidades de Bristol & Cambridge, dois dos maiores centros de pesquisa do planeta. Os autores Edward King e Joanna Page dedicaram um dos capítulos do livro às obras do Ciberpajé Edgar Franco, focando na análise de produções artísticas transmídia do universo ficcional da "Aurora Pós-Humana", dando especial destaque para o álbum em quadrinhos BioCyberDrama Saga - parceria de Franco com o renomado quadrinhista Mozart Couto, com duas edições lançadas pela Editora UFG -, e também para as criações em música eletrônica e as performances cíbridas do Posthuman Tantra, mas trataram brevemente de outras obras como as HQtrônicas e a revista Artlectos e Pós-humanos (Editora Marca de Fantasia).
O capítulo que analisa as obras de Edgar Franco, o sétimo, foi intitulado "Intermediality and Graphic Novel as a Performance". Os pesquisadores avaliam com propriedade e densidade a concepção de pós-humanismo na poética e ideário do Ciberpajé, detalhando aspectos das paisagens visuais e sonoras de suas obras, e destacam a FC ciberxamânica proposta por Franco como algo originalmente latino-americano, fazendo um paralelo com o movimento da FC conhecido como Afrofuturismo. Os autores do livro pediram permissão a Franco e Couto para utilizarem na capa da obra uma das artes do álbum em quadrinhos BioCyberDrama Saga. O livro, publicado pela Oxford Press pode ser baixado na íntegra neste link.
Capa do livro com arte de Mozart Couto
Fac-símile de parte da matéria no site do Centro de Estudos da Universidade de Salamanca
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