quinta-feira, 27 de outubro de 2016

[Hoje] Transmídia e criação artística, palestra com o Ciberpajé na Faculdade Senac Goiás

A palestra acontecerá às 20:30, na Faculdade Senac Goiás, como parte da "XII Semana Acadêmica Científica e Cultural". Logo após, o Ciberpajé autografará os exemplares dos interessados em adquirir a 2.ed do álbum BioCyberDrama Saga, na nova versão em capa dura e ampliada.

(Ciberpajé fotografado por Washington Alves, durante o lançamento do álbum BioCyberDrama Saga)


Esperamos vocês lá!

Site do evento: 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Lançado na Europa Split CD com arte de capa do Ciberpajé para a banda holandesa S.M.E.S.

Acaba de ser lançado na Europa, pela gravadora "Splatter Zombie Records" o split CD "S.M.E.S. / E.F.R.O.". O Ciberpajé criou a explícita arte de capa do S.M.E.S., pioneira banda de cybergrind capitaneada pelo holandês Erwin de Groot, lendário músico da cena extrema europeia que integrou bandas como Last Days Of Humanity, Butcher M.D. and Kots. A obra intitula-se "Rot Rot, Jut Jut" e apresenta o peculiar som do S.M.E.S., misturando gore, splatter, cyber e nintendo. 

A arte do Ciberpajé para a obra foi inspirada na iconoclastia da banda e em seu caráter explícito, criando uma criatura na qual os chifres são as pernas abertas de uma fêmea. A capa, na divulgação da gravadora no Facebook foi apresentada até com tarjas para evitar as costumeiras censuras da rede social.

Arte de capa criada pelo Ciberpajé (Edgar Franco).


O CD pode ser adquirido diretamente no site da gravadora Splatter Zombie Records


Página do site da Splatter Zombie Records




Imagem com tarjas divulgada no Facebook da gravadora Splatter Zombie Records.


O Split CD pode ser ouvido em streaming na íntegra aqui. 

Ciberpajé realiza palestra sobre Transmídia e criação autoral na Faculdade Estácio em Goiânia - Veja como foi:

No dia 25 de outubro de 2016, entre 20:30 e 22:30, o Ciberpajé Edgar Franco ministrou conferência no evento "Explore: Semana Integrada de Design", promovido pela universidade Estácio, em Goiânia.
A palestra teve como tema: Transmídia, arte e magia: processos criativos de universos ficcionais", e nela o Ciberpajé explorou o contexto criativo de seu universo ficcional da "Aurora Pós-humana" destacando críticas ao nosso momento hipertecnológico, às redes sociais, ao hiperconsumo e ao domínio global das multinacionais ávidas por lucro. Também tratou do fenômeno pós-humano e de seus desdobramentos sócio-culturais e ambientais. A palestra contou com presença de alunos dos cursos de Design Gráfico, Design de Moda e Design de Ambientes.
Veja abaixo algumas fotos da conferência.

 Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

  Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

  Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

  Durante a palestra do Ciberpajé na Faculdade Estácio faltou energia por cerca de 10 minutos, mas a palestra continuou no escuro!!

   Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

 Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

  Ciberpajé durante palestra na Faculdade Estácio

 Pose acadêmica do Ciberpajé com os organizadores e monitores do evento!

O Ciberpajé agradece o convite do Prof. Msc. Frederico Carvalho Felipe e à faculdade Estácio.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

[Palestra Hoje] Ciberpajé fala sobre Transmídia e criação autoral na Faculdade Estácio em Goiânia, saiba mais:

O Ciberpajé é uma das atrações de hoje na Semana Integrada de Design da Faculdade Estácio, em Goiânia, em que fará palestra sobre Transmídia e criação autoral.



O evento é hoje dia 25/10/2016 às 20:30 na Avenida T-3, n 2736, Setor Bueno, em Goiânia!




Esperamos vocês lá!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Site 'Caneta e Café' divulga o lançamento da segunda edição de 'BioCyberDrama Saga'

'Coluna de Quadrinhos', do jornalista Francisco Costa, que integra o site 'Caneta & Café', publicou uma matéria sobre o lançamento da segunda edição ampliada e em capa dura do álbum de ficção científica BioCyberDrama Saga escrita por Edgar Franco e desenhada por Mozart Couto, a ser realizado durante o III Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial (III FNPAS) na FAV/UFG em Goiânia.


Print de parte da matéria do Caneta e Café


O lançamento da segunda edição de BioCyberDrama Saga e show do Posthuman Tantra acontecerão dia 22/10/16, a partir das 18:00 durante o III FNPAS na Faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás em Goiânia.

Mais informações:

Evento criado no Facebook - https://www.facebook.com/events/931314553679532/

Programação III FNPAS - https://forumaspasgoiania.wordpress.com/programacao/

Confira a matéria do Caneta e Café na íntegra clicando no link abaixo:

[Coluna de quadrinhos] HQ Brasileira de ficção ganha segunda tiragem

Matéria sobre o Ciberpajé é publicada na Agência de Notícias 'Moara' vinculada ao curso de jornalismo da UFG

Ciberpajé é tema de matéria publicada na Agência de Notícias Moara, vinculada ao curso de jornalismo da UFG. O texto fala das  suas origens como artista, apresenta um panorama de suas múltiplas atuações nas ciberartes, música, quadrinhos, arte e tecnologia, aforismos, entre outros. Destaca sua transmutação em Ciberpajé, cita algumas de suas principais obras lançadas, e sua atuação também como professor e pesquisador. Ressalta suas críticas à sociedade mercantilista, competitiva, hiperconsumista e desconectada da natureza. A segunda parte da matéria enfatiza as críticas que o Ciberpajé faz ao mundo acadêmico por formar autômatos e grupos dogmáticos cientificistas, defendendo a necessidade da implosão do sistema atual que rege as universidades. O texto elucida que apesar de ser um pensador que incomoda o pensamento instituído, o Ciberpajé não se coloca como guru de ninguém e instiga para que as pessoas pensem por si mesmas. Conforme trecho que finaliza a matéria, que sintetiza muito bem, destacamos:



"Edgar Franco ressalta que a ciência tornou-se um dogma quase hegemônico, que abomina tudo o que é subjetivo e criativo. Para ele, não havendo mais como restaurar ou melhorar esse sistema, a única solução seria a destruição total do mesmo e, posteriormente, a sua reconstrução.

Como uma espécie de Cavalo de Troia, o professor segue com suas funções dentro da universidade, mas sem se curvar perante certos dogmas estabelecidos: “Sigo na academia, pois fora dela não poderia auxiliar a romper com seus paradigmas apodrecidos, mas nunca escrevi um artigo ou criei arte para cumprir tabela, para ganhar nota A1 na avaliação da Capes feito um ratinho pavloviano.”

A comparação de Edgar se refere ao experimento de condicionamento respondente do médico russo Ivan Pavlov, feito na década de 1920. Basicamente, a experiência consistia em tocar um sino toda vez em que determinado cão fosse alimentado. Passado algum tempo com a mesma rotina, os cachorro em questão passava a salivar após ouvir o sino, mesmo não havendo comida no local. O som do sino foi associado à comida pelo animal. O experimento demonstrava meramente uma atitude de resposta via estímulo. Um ratinho pavloviano não pensa: apenas quer a comida, salivando em decorrência do som emitido.

Longe dos estímulos-respostas que negam o pensamento, Edgar Franco segue sua trajetória artística e acadêmica. Ele não se deixa persuadir pelo “sino” das normas e convenções sociais. O professor esclarece que, apesar da alcunha de Ciberpajé, não tem a pretensão de ser alguém que toca o “sino de Pavlov”: “O Ciberpajé não é um guru ou líder espiritual, ou algo nesses termos. Ele é só um ser buscando a única revolução possível: a dele mesmo!”


A matéria foi redigida por Eduardo Spicacci, designer gráfico e estagiário da agência Moara. Veja abaixo um print da reportagem que pode ser conferida na íntegra no link:  http://magmundi.wixsite.com/agenciamoara/um-artista-contestador



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Ciberpajé concede entrevista iconoclasta à Revista ARCO da Universidade Federal de Santa Maria

Foi publicada a matéria com entrevista concedida pelo Ciberpajé Edgar Franco ao jornalista Germano Molardi para Revista ARCO, da Universidade Federal de Santa Maria. A revista ARCO é uma publicação voltada ao jornalismo científico e cultural, e possui versão impressa e digital. Na entrevista, o Ciberpajé fala sobre vida e criação, suas críticas ao mundo acadêmico, ao produtivismo, falando sobre suas influências artísticas e seu ideário. Conforme trecho introdutório:

"Sua forma de viver, como diz, tem causado furor nos espaços acadêmicos onde convive. A sua visão a respeito da arte e da Academia também. A Revista Arco conversou com ele para saber mais sobre a sua trajetória, sobre o personagem que criou e que a ele foi incorporado e sobre as suas produções artísticas. " 

Leia alguns trechos, com as falas do Ciberpajé:

(...) Apesar de uma pseudoaparente maior diversidade e tolerância ao diferente que é apregoada midiaticamente como algo que existe, sabemos que o mundo tem caminhado para o inverso disso. Nessa vida, não me lembro de experienciar um período em que a cultura humana estivesse tão fragmentada e dividida em inúmeros grupelhos que tornam suas teses e leis em dogmas e passam a odiar todos os demais. São milhares de facções e subfacções culturais vomitando seu ódio a tudo que não é afinado com eles. Toda essa fragmentação tem sido insistentemente incentivada pelos governos, marionetes das multinacionais, utilizando assim o velho e muito eficaz princípio da política romana chamado "divide et impera", dividir para conquistar. Ao incentivarem o fortalecimento de milhares de grupelhos de ideologias antagônicas, os donos do poder impedem que haja a união entre as pessoas. Por isso eu me declaro livre de todos os ismos, liberto de todo e qualquer dogma, pronto para me insurgir contra os verdadeiros vilões, os monstros no poder (Ciberpajé)".

"O mercantilismo e produtivismo invadiu a universidade de maneira irreversível; pesquisadores, que deveriam ser sonhadores utópicos, criadores inspirados, tornaram-se ratos predadores buscando metas como executivos pressionados por um sistema cada vez mais predatório que incentiva não a conexão entre os pesquisadores, e sim a extrema competitividade. Programas de pós-graduação vão se tornando arenas de guerra velada, em que as pessoas se odeiam e buscam ultrapassar a pontuação de seus adversários, já que tudo é uma questão de números, uma corrida desenfreada a lugar nenhum, e os jovens estudantes que deveriam ser inspirados são negativamente influenciados. As parcas e quase inexistentes ações criadoras e transformadoras vindas das universidades são fruto de iniciativas isoladas de alguns seres especiais (Ciberpajé)."

"Outra questão premente das tais “ciências humanas” é a teoria que sobrepuja a experiência, os doutos ratos acadêmicos pautam sua torpe visão de mundo nas experiências dos outros, elegem autores como semideuses e se tornam papagaios de pirata reproduzindo teorias alheias como modelos de vida e análise da realidade. A teoria jamais sobrepuja a experiência, a teoria é um fantasma, uma ilusão que é sempre idealizada, ela indubitavelmente nasce como fruto de uma experiência particular. Mesmo a física hoje admite que o observador interfere naquilo que observa, modificando o fenômeno. Recuso-me a ler qualquer coisa que venha de alguém que coloca a teoria em primeiro plano e rejeita a experiência. Viver é experienciar, a teoria é o território dos idiotas e medrosos. O reinado absoluto do produtivismo, do mercantilismo, e da teoria em detrimento da experiência na academia é o atestado claro de que a universidade faliu, é uma instituição em estágio de total decadência rumo a um fim necessário (Ciberpajé)."

"(...) estou na universidade pelos alunos, pois encontro constantemente jovens que ainda têm a chama necessária para a autotransformação. Talvez, eu consiga atiçar um pouco essa chama e é animador conviver com essas mentes em ebulição ainda não formatadas, mas tenho consciência do meu papel irrisório dentro de uma estrutura onde reinam os valores já declarados aqui: a produtividade em detrimento do respeito e amorosidade, o mercantilismo a qualquer custo, e a teoria inócua sobrepujando a experiência. Eu não tenho esperança em um mundo melhor. Não cultivo sentimentos em relação ao que não posso mudar. O único mundo que sou capaz de transformar é o meu, todo o resto é ilusão. A transformação do mundo lá fora é consequência da transmutação interior. Enterro todas as esperanças e invisto no agora, na profunda transformação de mim mesmo, através da modificação contínua de minha realidade, experimentando minha serenidade cultivada no olho da tempestade (Ciberpajé)."


 Fotos: Rafael Happke
Captura de tela da entrevista publicada no site da Revista Arco/UFSM.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Ciberpajé apresenta artigo sobre "Criação Artística e Magia do Caos" no encontro da ANPAP, em Porto Alegre

O artigo foi apresentado no dia 28 de setembro de 2016, durante o 25 Encontro Nacional da ANPAP - Associação dos Pesquisadores em Artes Plásticas, na UFRGS, em Porto Alegre. O texto, intitulado ARTE E MAGIA: PROCESSOS CRIATIVOS DE QUADRINHOS POÉTICO-FILOSÓFICOS, A REVISTA ARTLECTOS & PÓS-HUMANOS # 10, é fruto das recentes pesquisas do Ciberpajé com processos criativos de quadrinhos utilizando magia ritual como base para sua criação. A revista em quadrinhos Artlectos & Pós-humanos é uma publicação anual da editora Marca de Fantasia, ela é dedicada a publicar os quadrinhos do gênero poético-filosófico criados pelo artista Edgar Franco, o Ciberpajé, e ambientados no universo ficcional transmídia da “Aurora Pós-humana”. Franco é apontado pelo pesquisador Elydio dos Santos Neto (2012) como um dos pioneiros e principais criadores desse gênero de quadrinhos genuinamente brasileiro. Cada número da revista publica de 5 a 10 histórias em quadrinhos curtas sempre tendo como característica a exploração experimental de novos e inusitados processos criativos. O artigo apresenta os processos criativos de 3 HQs presentes no número 10 da revista (de maio de 2016) e a influência de rituais da magia ocultista ocidental contemporânea em sua construção, com destaque para a magia de sigilos de Austin Osman Spare (1919).

Apesar da ousadia e do ineditismo da pesquisa no contexto acadêmico brasileiro a recepção dos presentes foi positiva. A sessão de apresentação contou com nomes importantes da pesquisa em artes no Brasil, como Milton Sogabe (Unesp), Yara Guasque (UDESC), Fábio Fon & Soraya Braz (Unesp), Hermes Renato Hilderbrand (Unicamp) e também com a presença do notório quadrinhista e fanzineiro Sandro Andrade (UFPel). Em breve o artigo será disponibilizado na íntegra nos anais do evento.


Ciberpajé durante a apresentação do artigo (Foto da I Sacerdotisa)


Ciberpajé na mesa final de debates. (Foto da I Sacerdotisa)

Ciberpajé respondendo a uma questão do público. (Foto de Fabio FON)

Ciberpajé com o quadrinhista Sandro Andrade que foi prestigiar a apresentação. (Foto da I Sacerdotisa)



Nova resenha de "BioCyberDrama Saga" publicada no site Woo Magazine

BIOCYBERDRAMA
(Resenha de Tercio Strutzel para a coluna Dr. Geek do site Woo Magazine)

Você já ouviu falar de Extropianismo, Transumanismo, Biotecnologia, Neurotecnologia, Exteligência ou Tecnoética? Se arriscou dizer que são termos relacionados ao universo CyberPunk de William Gibson acertou. Mas não são termos restritos a esse gênero de ficção científica. Muitos cientistas, antropólogos e sociólogos estão realmente envolvidos em pesquisas sobre estes assuntos.
Mas voltando à ficção, BioCyberDrama vai partir deste mote para nos levar a um tempo futuro onde estes conceitos se tornaram a realidade vigente. Temos dois tipos de personagens além dos humanos. Os Extropianos são aqueles que migraram suas consciências humanas para chips de computador, trocando seus corpos orgânicos por interfaces robóticas.

E os Tecnogenéticos são os que se beneficiaram da mixagem antropomórfica da bioengenharia e adotaram a hibridização genética entre humanos e animais. Estas três espécies vivem em conflito em cidades-estado ao redor do planeta. Esse universo é tão complexo que os autores sentiram a necessidade de incluir um prefácio explicando em mais detalhes todos estes conceitos, fundamentos e mitologias.

Neste universo inusitado vamos encontrar Antônio Euclides, um humano ainda puro, mas indeciso sobre qual caminho seguir em termos de espécie. Esse conflito de identidade do personagem reflete exatamente a situação social e política deste mundo futurista chamado de Aurora Pós-humana. A trama se inicia em torno de Antônio e sua amiga e então se expande para mostrar toda a complexidade do universo, da mitologia e das relações entre as espécies.

Para entender as particularidades deste álbum tão peculiar é necessário ir além da própria HQ e compreender seus autores e o processo de publicação. Edgar Franco inaugurou um estilo de HQ/ilustração que foi batizado de quadrinhos poéticos, pois possuía uma estética surreal e fugia a algumas regras básicas das HQs. Em fanzines publicados na década de 1990 ele foi criando e desenvolvendo essa arte que já rascunhava os conceitos de hibridização. Felizmente eu pude acompanhar e até publicar estes trabalhos gestacionais que realmente eram diferentes de tudo o que eu conhecia. Daí fica muito claro que BioCyberDrama se trata da consolidação destas ideias e mitologias cercando personagens profundos e realistas.

Para quem não conhece Mozart Couto, posso assegurar que ele é dos mais importantes desenhistas de quadrinhos, que não deve nada para os grandes artistas do mundo. Apesar de ser um artista um tanto recluso, o mineiro ilustrou grandes obras de ficção e fantasia e conquistou inúmeros prêmios ao longo de sua carreira ainda produtiva. O leitor irá notar uma diferença contundente entre o primeiro capítulo da saga e os demais. Isso aconteceu devido ao ato de que essa parte foi publicada separadamente em 2003. Nessa época Mozart estava testando a estética dos mangás e isso influenciou seu traço em BioCyberDrama. Devido a uma série de dificuldades o álbum completo somente foi publicado dez anos depois pela editora UFG e com o status SAGA.

Do lado da literatura é complicado classificar BioCyberDrama, pois o universo transita entre a distopia, a ficção futurista e a estética cyberpunk. Do lado da tecnologia, apesar de abordar temas tão inusitados, sentimos um “quê” de realidade ao olharmos para os avanços da impressão 3D, da ubiquidade e da ciência em geral. Seja como for, é uma obra que merece ser contemplada por misturar tantos elementos inovadores.

(Leia a versão original da resenha publicada no blog Woo Magazine, no dia 28 de setembro de 2016).

Imagem de capa da resenha no site Woo Magazine



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

[Lançamento] BioCyberDrama Saga - Segunda edição ampliada em capa dura

Capa da segunda edição de BioCyberDrama Saga

BioCyberDrama Saga: HQ Brasileira de Ficção Científica Pós-humana

 A primeira edição do álbum "BioCyberDrama Saga" foi lançada em agosto de 2013 pela Editora UFG, por tratar-se de uma obra densa com quadrinhos autorais, foi surpreendente o fato de em menos de dois anos ela esgotar-se.  A obra, uma edição luxuosa, com mais de 250 páginas, formato próximo do A4 e sobrecapa especial, foi uma iniciativa inédita de uma editora acadêmica brasileira que a publicou como parte de uma coleção de livros de arte, chamada "Artexpressão", reconhecendo no âmbito da universidade os quadrinhos autorais como legítima expressão artística.
O álbum teve uma recepção excepcional por parte da imprensa especializada em quadrinhos no país, recebendo resenhas positivas em dezenas de veículos impressos e online que destacaram a singularidade de seu roteiro inspirado em perspectivas pós-humanas e também a arte surpreendente de Mozart Couto, dentre esses veículos destacamos as revistas de circulação nacional "Mundo dos Super-heróis # 52", "Mundo Nerd #2", passando por jornais como Correio Popular (GO), Jornal Opção (GO), Diário de Petrópolis (RJ), Jornal do Pontal (MG), Portal Pipoca e Nanquim, Blog Reverso, Podcast Cidade HQ, Blog Consciências e Sociedades, fanzine Quadritos (RS), Blog Contos do Absurdo; Blog Quadriculado, periódico acadêmico Imaginário (Editora Marca de Fantasia/UFPB), Revista Impacto Pontal (MG), Revista Somnium (SP), resenha em vídeo no Podcast Publigibi, Site Digestivo Cultural , entre muitos outros. Nesse tempo fui convidado a conceder entrevistas a vários veículos da imprensa para falar do álbum e de seus desdobramentos, como Rádio CBN Goiânia, Jornal Opção, Jornal Correio Popular, Revista Gatos & Alfaces e TV Metrópole.
O interesse pela publicação permitiu a organização de lançamentos concorridos, um deles organizado pela Editora UFG no Centro Cultural UFG, em Goiânia, que incluiu uma apresentação especial do Posthuman Tantra, banda performática que eu coordeno.  Na cidade de São Paulo o lançamento aconteceu na seminal loja especializada em quadrinhos Gibiteria e incluiu um debate inicial tratando dos detalhes do processo criativo do álbum, com mediação dos premiados quadrinhistas Laudo Ferreira e Gazy Andraus. Já na cidade de Anápolis aconteceu um lançamento organizado pela UEG – Anápolis, com a coordenação dos professores Ademir Luiz da Silva e Ligia Carvalho, esse lançamento também contou com a performance do Posthuman Tantra e teve excelente recepção do público presente formado por alunos da Universidade Estadual de Goiás. 
BioCyberDrama Saga foi selecionado pela curadoria do 8 FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, para a programação oficial de lançamentos. O Festival, o mais importante do gênero na América Latina, aconteceu de 13 a 17 de novembro de 2013 em Belo Horizonte. Outro fato marcante foi a indicação do álbum a uma das categorias mais importantes do "Troféu HQMIX" 2014, considerado o "Oscar" dos quadrinhos brasileiros. BioCyberDrama Saga foi a única obra do estado de Goiás indicada ao troféu em 2014 e concorreu na categoria "Edição Especial Nacional". Sua indicação, comemorada por veículos da imprensa goiana, foi uma prova da qualidade ímpar da obra, já que o ano de 2013 foi um dos anos mais prolíficos da história dos quadrinhos autorais brasileiros com mais de 600 lançamentos na área. Além da mídia impressa, aconteceram apresentações de artigos sobre a obra em eventos acadêmicos e de quadrinhos, BioCyberDrama Saga foi divulgado também em telejornais e na web amplamente, a ponto da obra despertar até o interesse do pesquisador prof. Dr. Ed King, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, um estudioso da ficção científica no contexto da América Latina, com livros publicados sobre o tema. King está estudando a obra como um dos objetos de análise para um de seus próximos livros que trata de obras de ficção científica com o tema do pós-humano criadas na América Latina, e inclusive realizou longa entrevista comigo enfocando meus processos criativos.

A Nova Edição do Álbum

Após a primeira edição de BioCyberDrama Saga esgotar-se recebemos, com muito entusiasmo, o convite da Editora UFG para o lançamento de uma segunda edição. Não podíamos perder a oportunidade de criar algo especial para novos leitores e também para aqueles que gostaram da primeira edição, afinal foi uma alegria grande sabermos que nossa obra mereceria uma nova edição. Assim sugeri a Mozart Couto a criação de um epílogo de dez páginas narrando poeticamente um fato importante de nossa saga, pois após várias releituras do volume eu imaginei essa sequência como um fechamento ainda mais significativo. Com a proposta de termos uma edição em capa dura nos entusiasmamos também para a criação de uma arte exclusiva para a capa dessa edição. Mozart surpreendeu-me mais uma vez com a beleza de seus desenhos no epílogo e na nova capa, realizando tudo por sua paixão pelos quadrinhos e por esse álbum em especial. A nova obra inclui também um longo texto de apresentação da segunda edição escrito por mim e no qual inclui citações de 15 resenhas feitas pela imprensa especializada sobre o álbum.
Para a criação de BioCyberDrama Saga, eu (Ciberpajé Edgar Franco, artista transmídia, quadrinhista e pós-doutor em artes), realizei parceria com ao lendário e premiado quadrinhista Mozart Couto para o desenvolvimento dessa saga de ficção científica em quadrinhos. A segunda edição, apresentada na forma de um álbum em formato A4, com 280 páginas e capa dura, inclui a saga completa em quadrinhos, além de uma descrição detalhada do universo ficcional da “Aurora Pós-humana”, criado por Edgar Franco e ainda um making of do trabalho nos anexos, com artes do processo criativo da obra.

Segunda edição de BioCyberDrama Saga

 Segunda edição de BioCyberDrama Saga

 Segunda edição de BioCyberDrama Saga

 Segunda edição de BioCyberDrama Saga

Páginas internas: Epílogo da Segunda edição de BioCyberDrama Saga

Imagine um futuro em que a transferência da consciência humana para chips de computador seja algo possível e cotidiano, quando milhares de pessoas abandonaram seus corpos orgânicos por novas interfaces robóticas. Imagine também que neste futuro hipotético a bioengenharia tenha avançado tanto que permita a hibridização genética entre humanos, animais e vegetais, gerando infinitas possibilidades de mixagem antropomórfica, seres que em suas características físicas remetem-nos imediatamente às quimeras mitológicas. Nesse contexto ficcional as duas "espécies pós-humanas” tornaram-se culturas antagônicas e hegemônicas disputando o poder em cidades-estado ao redor do globo, enquanto uma pequena parcela da população - uma casta oprimida e em vias de extinção -, insiste em preservar as características humanas, resistindo às mudanças.
A HQ presente no álbum é dividida em III partes. A primeira delas, foi publicada em álbum pela editora paulistana Opera Graphica, com ótima recepção do público e crítica especializada. Tendo sido indicada aos prêmios HQMIX de melhor roteirista (Edgar Franco) e melhor edição especial nacional de 2003. A obra recebeu o prêmio Ângelo Agostini de melhor desenhista de 2003, concedido a Mozart Couto. Em 2013 a Editora UFG publicou a edição completa da obra com as 3 partes da saga, e agora, nessa segunda edição de 2016, além da obra completa foi incluído o epílogo inédito.

 Ciberpajé com a segunda edição de BioCyberDrama Saga

Ciberpajé com a segunda edição de BioCyberDrama Saga

O Lançamento:

O lançamento oficial em Goiânia da nova edição de BioCyberDrama Saga acontecerá durante o III FNPAS – Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte sequencial, no dia 22 de outubro de 2016, na FAV – Faculdade de Artes Visuais da UFG – Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia. A sessão de lançamento começará às 18:00 e incluirá performance da banda Posthuman Tantra às 20:00, logo depois o Ciberpajé autografará e realizará desenhos originais exclusivos nos exemplares dos interessados. Excepcionalmente durante o lançamento, o álbum que custa R$60,00 (sessenta reais), será vendido com o incrível preço promocional de R$30,00 (trinta reais).

Capa da Segunda edição de BioCyberDrama Saga com Arte de Mozart Couto
Serviço:
BioCyberDrama Saga (Segunda Edição)
Álbum em quadrinhos de Edgar Franco (roteiro) & Mozart Couto (desenhos).
Editora UFG – 2016,
280 páginas, formato A4, capa dura.
R$ 60,00 
Adquira diretamente com o autor: ciberpaje@gmail.com

sábado, 8 de outubro de 2016

Ciberpajé apresenta sua concepção de "HQ Expandida" em evento de Arte & Tecnologia no Museu Nacional, em Brasília

O artigo, no qual se baseou a explanação oral, intitula-se "HQ EXPANDIDA: DAS HQTRÔNICAS AOS PLUG-INS DE NEOCORTEX", e propõe uma nova concepção para HQ expandida, abarcando não só os quadrinhos em outros suportes e fruto de convergência midiática como as HQtrônicas, os HQGIForismos e as HQs em 360 graus, mas também todos os quadrinhos criados a partir de métodos de expansão da consciência, com destaque para o uso de enteógenos (como Ayahuasca e Psilocybe Cubensis), a utilização da técnica da Respiração Holotrópica, e também o uso da magia de sigilos e de técnicas de desenho automático para a obtenção de ENOC - Estados não ordinários de consciência. No texto o Ciberpajé chama os enteógenos de "Plug-ins de Neocortex" e os batiza como "softwares livres da natureza" por sua capacidade de promoverem estados ampliados de percepção.


Ciberpajé apresentando o artigo durante o 15#Art, no Museu Nacional, em Brasília (Foto de Anésio Neto).


A apresentação aconteceu durante o 15#ART - Encontro Internacional de Arte e Tecnologia, no Museu Nacional, em Brasília, no dia 4 de outubro de 2016. O Ciberpajé Edgar Franco falou para um auditório com presenças de importantes pesquisadores nacionais e internacionais da área de artes. Inclusive ele também está com a instalação interativa "La Vero" exposta na exposição EmMeio#8, que é parte do evento, conheça a instalação aqui.




Ciberpajé apresentando o artigo durante o 15#Art, no Museu Nacional, em Brasília (Foto de Anésio Neto).



O artigo é um dos resultados das novas pesquisas de processos criativos desenvolvidas pelo Ciberpajé no contexto do grupo de pesquisa CRIA_CIBER que coordena na Faculdade de Artes Visuais da UFG - Universidade Federal de Goiás, e de seus experimentos pessoais de criação. Leia-o na íntegra clicando na imagem do resumo, logo abaixo, ou aqui.








quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Obra do Ciberpajé exposta no Museu Nacional discute a obsolescência programada e a devastação do cerrado

Ciberpajé e sua obra "La Vero" exposta no Museu Nacional da República, em Brasília

Em 2009 o Ciberpajé trancou um celular em uma caixa com 10 cadeados para criticar o culto à telefonia móvel e a obra Immobile Art, exposta no MIS-São Paulo, foi destaque em matéria na Folha de São Paulo (veja vídeo aqui). Agora é a vez de um disquete ser também preso em uma caixa mas objetivando refletir sobre a obsolescência programa e a devastação do cerrado, na nova instalação interativa "La Vero". A obra está exposta no Museu Nacional da República, em Brasília, no contexto da exposição EmMeio#8, que vai de 4 a 30 de outubro de 2016. A mostra de arte e tecnologia tem como curadoras as artistas e pesquisadoras Tânia Fraga e Malu Fragoso.

 "La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

 "La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

"La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

"La Vero" reflete sobre a obsolescência programada dos suportes de armazenamento de dados, tornando milhares de acervos inacessíveis, gerando lixo tecnológico e altos custos para a natureza. Isso contribui para a destruição dos biomas globais na busca por fontes de energia para sustentar o hiperconsumo. Nos últimos 20 anos os dispositivos de suporte de dados magnéticos K7, videocassete (VHS), disquete (floppy-disk) de 5,24/3,5 polegadas e zip drive tornaram-se obsoletos. Cada dia é mais difícil encontrar os drivers/aparelhos que permitam sua leitura, eles e suas mídias tornaram-se lixo sem destinação certa. A “informação” rende-se ao consumo, ele dita as regras e utiliza-se do discurso da “novidade tecnológica”.
VHS, Disquete de 3,5 polegadas, K7 e disquete de Zip Drive: suportes obsoletos utilizados para armazenar os dados da obra

 Disquete de Zip Drive, fita VHS e fita K7 antes de serem enterrados respectivamente em um pasto de criação de gado no estado brasileiro de Goiás; em uma plantação de cana no estado de Minas Gerais, e em uma plantação de soja transgênica no estado de Mato Grosso, principais áreas do bioma brasileiro Cerrado

Diante disso, como destaca o biólogo James Lovelock, a biosfera vive um processo de falência. “La Vero” utiliza-se de 4 suportes obsoletos de informação para denunciar a obsolescência programada e seus custos para a natureza, focando na destruição gradativa do bioma brasileiro Cerrado perpetrada pelas invasivas plantações de cana visando a produção de biodiesel, pelas horripilantes plantações de soja transgênica, e também pela criação extensiva de gado.

No museu de arte, dentro de uma caixa de acrílico, trancado com 10 cadeados, um disquete é colocado à venda para qualquer interessado que se disponha a pagar o valor de €666,00 para conhecer a verdade, “La Vero”, em esperanto. No disquete está gravada a imagem de um QRcode que leva às coordenadas geográficas e  um mapa em esperanto de onde se encontra enterrado outro disquete de zip drive – em um pasto de criação de gado no estado de Goiás/Brasil. Outro QRcode gravado como imagem no zip drive levará às coordenadas de uma fita VHS e esta a uma fita K7 enterradas em plantações de cana e de soja nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. A fita VHS contém a imagem filmada de outro QRcode que leva às coordenadas geográficas de onde a fita K7 foi enterrada, ela traz uma gravação de voz em esperanto que aponta as coordenadas geográficas secretas que demarcam o ouroboros do consumo em detrimento da informação, o segredo final.

 "La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

 "La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

 "La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

"La Vero" na exposição EmMeio#8, Museu Nacional da Rebública, Brasília

O valor cobrado pelo disquete é uma forma de ironizar o que a humanidade, representada pelos líderes globais - os donos das megacorporações multinacionais indutoras de hiperconsumo - têm feito ao planeta, depredando-o impiedosamente em busca do lucro desmedido. Assim, o número icônico 666, que simboliza a besta apocalíptica bíblica, refere-se na verdade à espécie humana que está cavando sua própria sepultura ao eleger o hiperconsumo, o lucro e a obsolescência programada como formas de atuar em Gaia.

Clique no QRCode para saber mais, e veja uma descrição detalhada no blog da obra:

 La Vero