terça-feira, 31 de julho de 2018

[Lançamento] Sexto número do PB (IFF-Macaé) publica HQforismo colorido do Ciberpajé

Ciberpajé com o PB#6

Durante o IV FNPAS - Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial, que aconteceu no IF Fluminense, campus Macaé, foi lançada a nova edição do fanzine PB, a de número 6. A publicação é uma iniciativa do projeto IFFanzine coordenado pelo quadrinista e fanzineiro Alberto de Souza (Beralto) no IFF - Instituto Federal Fluminense - Campus Macaé, onde inclusive foi criada uma Fanzinoteca - no momento a única em atividade no Brasil!

Terceira capa em cores com o HQforismo do Ciberpajé publicado


A primorosa edição de número 6, inclui na capa os selos do IV FNPAS e da Fanzinoteca IFF Macaé, e além dos discentes e docentes envolvidos no projeto também incluiu quadrinhos de alguns convidados especiais notórios no meio dos fanzines comoGazy Andraus, Thina Curtis, Geraldo Monteiro e do próprio Beralto. A edição com acabamento gráfico impecável e capa colorida em couché, incluiu na terceira capa a publicação de um HQforismo em cores criado especialmente pelo Ciberpajé (Edgar Franco) para a edição.

Saiba mais e adquira sua edição do PB # 6 nesse link.

Ciberpajé na Fanzinoteca do IFF-Macaé com a singela arte que desenhou no mural

Ciberpajé na Fanzinoteca do IFF Macaé durante oficina de HQforismos ministrada em parceria com a IV Sacerdotisa Danielle Barros (autora da foto)

[Lançamento] Gibio #17, publicação de quadrinhos da UFSCar inclui HQs do Ciberpajé

Capa da Gibio #17 (ISSN 1984-610X) com arte de Gazy Andraus

Durante o IV FNPAS - Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial, que aconteceu no IF Fluminense, campus Macaé, foi lançada a nova edição do Gibio Zine, uma publicação que tem como editor o quadrinista, pesquisador e doutor Hylio Lagana, professor do curso de licenciatura em biologia da UFSCar - campus Sorocaba - onde desenvolve com alunos e bolsistas o projeto de extensão Gibio Zine que se propõe a criar HQs que tratem do ensino de biologia e temas correlatos. A publicação já está em seu décimo sétimo número, mostrando grande longevidade e força, e a importância da pesquisa que envolve criação e educação. A cada número Hylio conta com convidados - outros artistas-pesquisadores brasileiros - que participam com seus quadrinhos. O Ciberpajé já colabarou com diversos números, inclusive tendo criado a arte da capa de duas edições.

HQ "Forja Pós-humana", parceria do Ciberpajé e da IV Sacerdotisa

Dessa vez Hylio contou com um dos pioneiros do gênero poético-filosófico de quadrinhos, o artista-pesquisador Gazy Andraus (UEMG) também como parceiro na edição e seleção de material, que além dos editores contou com participações da doutora e IV Sacerdotisa Danielle Barros (UNEB), do coordenador do projeto IFFanzine e da Fanzinoteca do IFF Macaé, Beralto, de alguns dos bolsistas do projeto, e do Ciberpajé (UFG).

Páginas da HQ "Ousado Redesenho", do Ciberpajé

O Ciberpajé participa com uma parceria com a IV Sacerdotisa na HQ "Forja Pós-humana" (p.3 -6), em que fez roteiro e composição e ela criou os desenhos; e também com a HQ solo "Ousado Redesenho" (p.9-11). Adquira seu exemplar desse número de Gibio e dos anteriores diretamente pelo e-mail: gibiozine@gmail.com

Pose acadêmica dos editores e artistas convidados da Gibio Zine # 17, durante o lançamento no IV FNPAS, no IFF Macaé. Da esquerda para a direita: Gazy Andraus, IV Sacerdotisa Danielle Barros, Beralto, Hylio Lagana, e a frente o Ciberpajé.


[Lançamento] "Arte Sequencial e Suas Sarjetas Metodológicas": novo livro da Editora Aspas inclui artigo do Ciberpajé


O livro com arte da capa de Cátia Ana

"Arte Sequencial e suas Sarjetas Metodológicas" é o novo livro da Editora Aspas - Editora da Associação Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial, a obra foi organizada pelo Dr. Iuri Andréas Reblin (USP) e pela Doutoranda Natania Nogueira (UNIVERSO), com capa de Catia Ana Baldoino da Silva (UFG). A obra reúne 10 artigos de pesquisadores de quadrinhos de várias regiões do país, incluindo textos de pesquisadores doutores notórios como a IV Sacerdotisa Danielle Barros (UNEB) e Gian Danton (Unifap). Trata-se de um livro interdisciplinar voltado para a pesquisa utilizando histórias em quadrinhos e que pode ser usado por pesquisadores e estudantes de todas as áreas, apresentando exercícios metodológicos imaginativos no ato de criar, ler e interpretar histórias em quadrinhos. O Ciberpajé (Edgar Franco) participa do livro com o capítulo intitulado “Retrogênese: Processo criativo de um roteiro para quadrinhos poético-filosóficos” (p.221-239), no qual trata da criação do roteiro do álbum em quadrinhos Retrogênese, parceria sua com Al Greco.


Retrogênese insere-se no gênero de quadrinhos batizado de “poético-filosófico” (FRANCO, 1997), também chamado de “fantasia filosófica” pelo crítico de quadrinhos espanhol Henrique Torreiro ao se referir aos trabalhos de Edgar Franco e de Gazy Andraus. Este gênero é caracterizado por algumas particularidades, a primeira delas é o uso de um texto mais vinculado à poesia do que à prosa, a segunda é o fato de incluírem argumentos com intenção filosófica deliberada. Essas primeiras características explicam a denominação poético-filosófica. No caso da denominação “fantasia-filosófica”, o termo fantasia se refere diretamente às ambientações escolhidas pelos artistas do gênero, ou seja, universos fantásticos que podem ser outros planetas e civilizações, ambientações mitológicas, envolvendo desde o folclore natal, passando por mitologias estrangeiras e chegando aos mundos e civilizações oníricas criadas pelos próprios autores. O álbum “Retrogênese” foi lançado pela editora Reverso em 2014 e criado por uma parceria entre Edgar Franco, que foi o responsável pelo roteiro, e Al Greco, pelos desenhos. Franco é, segundo Elydio dos Santos Neto (2011), um dos principais representantes do gênero poético-filosófico, e Retrogênese é uma HQ singular em sua produção, pelo método criativo peculiar que envolveu a criação de um roteiro prévio para sua criação. O artigo detalha o processo de criação desse roteiro poético-filosófico e apresenta os seus desdobramentos na relação criativa com o desenhista da obra, Al Greco.

 Páginas do capítulo assinado pelo Ciberpajé

Abertura do capítulo assinado pelo Ciberpajé

O livro teve seu lançamento oficial durante o IV FNPAS - Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial que aconteceu no IF Fluminense, Campus Macaé, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do Ciberpajé. A obra também estará na sessão de lançamentos das 5ªs Jornadas Internacionais em Quadrinhos da ECA/USP, em São Paulo, no mês de agosto de 2018.

A obra vem somar ao catálogo da editora ASPAS que conta já com 9 livros lançando, tornando-se um selo emergente dedicado à pesquisa das HQs no Brasil.

Banner com todos os livros já lançados pela editora Aspas

Serviço:
"Arte Sequencial e suas Sarjetas Metodológicas"
Iuri Andréas Reblin & Natania Nogueira (orgs.)
240 pg - Editora ASPAS, 2018
ISBN 978-85-69211-11-2 (papel)
ISBN 978-85-69211-10-5 (E-Book - em breve!)

Adquira a obra pelo e-mail: nogueira.natania@gmail.com

[Entrevista] Ciberpajé fala do Mercado Digital de Quadrinhos e HQtrônicas ao Jornal Folha de Pernambuco

CIBERPAJÉ: MERCADO DIGITAL DE QUADRINHOS E HQTRÔNICAS

Ciberpajé (Foto da I Sacerdotisa Rose Franco)

Nessa entrevista exclusiva, concedida à jornalista Juliana Costa do Jornal Folha de Pernambuco, o Ciberpajé (Edgar Franco) - pioneiro brasileiro das pesquisas sobre quadrinhos digitais - trata das tensões entre suporte digital e impresso, e do mercado editorial de quadrinhos e seus dilemas no Brasil.

1. Na sua opinião, o mercado de quadrinhos digitais vem crescendo no Brasil? Como você enxerga essa área, nacionalmente falando?

Tudo ainda é muito incipiente e desfuncional, como acontece com outras mídias - caso da música digital, por exemplo. Os micropagamentos feitos por sites como Social Comics são irrisórios, impossível algum quadrinista manter-se financeiramente a partir deles. O mercado para a produção brasileira de quadrinhos impressos não existe, quanto mais um mercado de quadrinhos digitais. O que se vê é meia dúzia de quadrinistas que conseguiram difundir suas séries e personagens e hoje estão em grandes portais e conseguem retorno financeiro.

2. Há alguma resistência do público leitor contra esse mercado digital?

As novas gerações têm lido mais scans de HQ do que revistas impressas. O problema é que o público em geral tem se desinteressado pelos quadrinhos, não estamos formando novos leitores. Obviamente, os leitores mais velhos, tradicionalistas em sua maioria, ainda preferem o suporte papel, mas em alguns anos eles não determinarão mais os destinos da mídia HQ.

3. Em caso de resistência, como os autores podem seduzir o público físico para o online?

É uma questão complicada, quem tiver essa chave mágica ficará rico provavelmente. O problema é que as HQs têm sofrido a concorrência de mídias interativas, como os games, que em certa medidas seduzem mais facilmente os fruidores por envolverem interatividade direta.

4. De que maneira a prática de consumo digital de HQs difere do consumo físico?

O consumo digital destrói um dos prazeres atávicos de grande parte dos leitores fãs da linguagem dos quadrinhos, o ato de COLECIONAR! O colecionismo impulsionou sempre uma parte considerável do mercado de quadrinhos no ocidente. E isso é impossível com um produto intangível, o digital. E no digital também existe a sedução constante da hiperinformação, o que não acontece no suporte papel, onde a leitura é mais focada.

5. Quais motivos você daria para a migração do físico para o digital? Da mesma forma, você acha que o público físico migra pro digital ou são dois públicos diferentes que se formaram e não se misturam?

Como eu disse, os mais velhos ainda preferem o impresso, e infelizmente os jovens estão cada vez lendo menos quadrinhos. Existe um monopólio da HQ infantil no Brasil que impediu durante décadas que outros títulos de quadrinhos infantis fossem distribuídos em bancas, a restrição acabou diminuindo o interesse das crianças e com a chegada do entretenimento digital isso aumentou. Hoje os jovens conhecem personagem de HQ pelo cinema e é essa a imagem que têm deles, aí compram bonequinhos e vão a essas convenções tolas que cobram caro e trazem "atrações estrangeiras", em sua maioria "artistas" desses filmes blockbusters ridículos. Infelizmente os eventos que tentam promover os bons quadrinhos nacionais atualmente são frequentados sobretudo pelos próprios quadrinhistas que ficam trocando seus trabalhos, as tiragens estão cada vez menores. Hoje 100 exemplares é considerada uma boa tiragem de um álbum. E os quadrinhos digitais também têm dificuldade em chegar às pessoas, na era da hiperinformação fazer circular uma HQ digital é tão complexo quanto fazê-lo com as impressas.

6. Você acredita que o meio digital é um meio mais acessível para consumo de HQs?

Eu vejo a internet como o sonho dourado dos grandes amantes do conhecimento, onde aos poucos toda a informação global pode ser acessada, um lugar de pouquíssimo controle de direitos autorais, onde as grandes empresas do setor - como Google, Facebook, Youtube - descobriram que não vale mais a pena GERAR CONTEÚDOS e sim simplesmente organizar e gerenciar o conteúdo criado por nós. Assim é cada vez mais complicado monetizar conteúdo, principalmente conteúdo de qualidade. As HQs sofrem do mesmo problema, e mesmo as pessoas que usam do digital para ajudá-los a produzirem HQs impressas, em sistemas de crownfunding, não conseguem ganhar dinheiro com isso. Arrecadam o bastante para imprimir as obras e enviá-las aos apoiadores. Mas o meio digital promove possibilidades novas para a linguagem centenária das HQs, hibridações hipermídia que geram as HQtrônicas.

7. Alguma coisa mudou na forma de consumo de quadrinhos digitais da época que você escreveu o livro pioneiro HQtrônicas (2004, com segunda edição em 2008) para agora? Principalmente com os avanços da Internet e afins. 

Desde que realizei minha pesquisa pioneira, os micro pagamentos já eram testados nos EUA para as HQs digitais. Eles não funcionaram, e o sistema segue insistindo neles, o que pode ser bom para os GERENCIADORES de conteúdo, mas continua financeiramente sendo um desastre para os CRIADORES de conteúdo.

8. Mesmo no formato digital, há uma diferença entre HQs que são praticamente "páginas escaneadas", simulando a forma impressa de lê-las, e HQs que são próprias para o meio digital, possibilitando interação entre o público e a história. Você pode explicar um pouco sobre a diferença entre esses dois formatos? 

90% do conteúdo de quadrinhos disponibilizado na internet é simplesmente HQ tradicional que é difundida nas redes, pode ser escaneada, ou mesmo criada digitalmente, mas não agrega nenhum dos novos elementos possibilitados pela hipermídia à sua linguagem, repete o padrão da linguagem no suporte papel. O horripilante estrangeirismo "webcomics" coloca num mesmo balaio essas HQs tradicionais difundidas digitalmente e as HQtrônicas - novas narrativas híbridas que utilizam os elementos tradicionais dos quadrinhos em suporte papel - como balão de fala e enquadramento - mas agregam a eles as novas possibilidades hipermidiáticas - como trechos animados, multilinearidade, tela infinita, etc.

9. Ainda nesse quesito, pode explicar um pouco mais sobre o que seriam HQtrônicas? Como elas surgiram? Qual seu objetivo? O que mais te fascina nesse formato?

É possível definir a chamada “hipermídia” como a conexão em rede agregada às diversas características de outras mídias - Histórias em Quadrinhos, Fotografia, Cinema, Vídeo, TV e Rádio - gerando assim o surgimento de linguagens multifacetadas que hibridizam características dessas várias mídias. Essa convergência de múltiplos meios e mídias proporcionada pela união de várias tecnologias comunicacionais foi chamada de “sinergia multimidiática” pelo saudoso artista Julio Plaza. Quando essa sinergia promove o surgimento de uma nova linguagem ela pode ser chamada de “linguagem intermídia”. Pude detectar através de uma extensa pesquisa exploratória de mais de 20 anos que os principais elementos agregados à linguagem tradicional dos quadrinhos nessas novas HQs intermídia - disponibilizadas nas múltiplas plataformas digitais - podem ser divididos basicamente em: animação, diagramação dinâmica, trilha sonora, efeitos de som, tela infinita, tridimensionalidade, narrativa multilinear e interatividade. Para batizar essa nova linguagem intermídia das HQs na internet criei o neologismo “HQtrônicas” – formado pela contração da abreviação "HQ" (Histórias em Quadrinhos), usada comumente para referir-se aos Quadrinhos no Brasil, com o termo “eletrônicas” referindo-se ao novo suporte digital e homenageando a primeira exposição brasileira de arte e tecnologia chamada por Waldemar Cordeiro de Arteônica. Devo salientar que a definição do que nomeei HQtrônicas inclui efetivamente todos os trabalhos que unem um (ou mais) dos códigos da linguagem tradicional das HQs no suporte papel, com uma (ou mais) das novas possibilidades abertas pela hipermídia, sendo elas: animação, diagramação dinâmica, trilha sonora, efeitos sonoros, tela infinita, narrativa multilinear e interatividade. A definição exclui, portanto, HQs que são simplesmente digitalizadas e transportadas para a tela do computador, sem usar nenhum dos recursos hipermídia destacados (para maiores detalhes consultar o meu livro: HQtrônicas: Do Suporte Papel à Rede Internet –Annablume Editora). Eu fui um dos pioneiros criadores de HQtrônicas no Brasil, e o termo tem sido utilizado em inúmeras pesquisas acadêmicas sobre o tema. As HQtrônicas não são melhores, nem piores do que as HQs tradicionais, elas simplesmente são diferentes.

10. Há uma certa resistência das grandes editoras (Panini, Marvel, etc) de disponibilizar seus materiais online. A Amazon já disponibiliza HQs em formato "ebook", mas apenas produtos estrangeiros. Por que você acha que há essa hesitação no mercado? Por que a preferência em investir apenas em HQs físicas?

Como eu disse, creio que isso se deva ao fato de que o lucro por "unidade vendida" seria bem menor, caindo nos lamentáveis micro pagamentos. Além do mais, em países de terceiro mundo a pirataria digital é enorme, e a maior parte dos possíveis leitores vai preferir baixar tais revistas de graça a pagar por elas. É uma questão bem complexa, mas creio que as razões principais são essas.

11. Você acredita que quadrinhos digitais irão substituir os físicos, como é previsto para acontecer com ebooks e livros?

Acredito na permanência do suporte impresso a médio prazo (pelo menos nos próximos 50 anos), mas as HQs estão deixando de ser uma mídia massiva e tornando-se uma arte cult, migrando das bancas de revista para as livrarias, sendo produzidas em formatos luxuosos e tiragens reduzidas. Esse é um caminho inevitável, já que não estamos investindo em formação de novos leitores. O reflexo disso será também um número cada vez menor de leitores de quadrinhos digitais, é uma pena, pois talvez nunca tenhamos tido no Brasil um momento com tantas obras de inegável qualidade técnica sendo criadas, que mereciam chegar às pessoas, pois sou um defensor da unicidade e força da linguagem dos quadrinhos.

Leia nesse link matéria do Jornal Folha de Pernambuco sobre o Mercado de HQs digitais.


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*Edgar Franco é o Ciberpajé, artista transmídia, pós-doutor em arte e tecnociência pela UnB, doutor em artes pela USP e mestre em multimeios pela UNICAMP. Como criador de histórias em quadrinhos é um dos pioneiros do gênero poético-filosófico no Brasil. Publicou suas HQs em revistas como Quadreca, Brazilian Heavy Metal, Nektar, Metal Pesado,Quark, Camiño di Rato, Mephisto (Alemanha), Dragon's Breath (Inglaterra), AH BD! (Romênia), além de álbuns como Agartha,Transessência e Elegia, publicados pela editora Marca de Fantasia. Em 2009 recebeu o Troféu Bigorna, premiação nacional de quadrinhos, por sua revista "Artlectos e Pós-humanos #3, título também editado pela Marca de Fantasia. Em 2013 lançou pela Editora UFG o álbum"BioCyberDrama Saga", parceria com Mozart Couto, que concorreu ao Troféu HQmix. Além de criador é também pesquisador de HQ com dezenas de artigos publicados e 2 livros de referência na área: "História em Quadrinhos e Arquitetura", com segunda edição publicada em 2012, e "HQtrônicas: do suporte papel à rede Internet", resultado de extensa e pioneira pesquisa a respeito de quadrinhos digitais. Suas obras artísticas já foram motivo para pesquisadores escreverem dois livros acadêmicos analisando-as e muitos artigos de professores de várias universidades do país. Como artista transmídia teve sua tese de doutorado, "Perspectivas Pós-humanas nas Ciberartes", premiada no Rumos Itaú Cultural SP em 2003, e tem produzido trabalhos de web arte,HQtrônicas e instalações interativas, também mantem o projeto musical performático Posthuman Tantra, com CDs lançados em 3 continentes e apresentações realizadas em 4 regiões do Brasil. Atualmente é professor adjunto de Faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás, onde também atua como professor permanente no Programa de Doutorado em Arte e Cultura Visual. Blog “ A Arte do Ciberpajé Edgar Franco”: 



terça-feira, 24 de julho de 2018

[Veja como foi] Ciberpajé lança álbuns "Ecos Humanos" e "Cartografias do Inconsciente" no FIQ BH 2018

 O Ciberpajé na mesa de editora Reverso com os lançamentos

Ciberpajé e Eder Santos, entusiasmados lançando Ecos Humanos no FIQ

Ecos Humanos, novo álbum do Ciberpajé em parceria com Eder Santos

"Cartografias do Inconsciente"- o álbum é fruto de tese de doutorado orientada pelo Ciberpajé (Edgar Franco) e defendida por Matheus Moura no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da UFG

O Ciberpajé esteve presente no FIQ 2018 - Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, entre os dias 30 de maio e 3 de junho de 2018. Foi como um dos representantes da editora Reverso, na mesa 65 do FIQ, que contou também com a presença dos dois quadrinhistas, editores e pesquisadores Matheus Moura e Guilherme Silveira e da ativista underground Priscila Seidel.


 Guilherme Silveira, Vinicius Posteraro, Matheus Moura e o Ciberpajé na pose acadêmica com os lançamentos da Editora Reverso

Matheus Moura, o Ciberpajé e Priscila Seidel na mesa da Editora Reverso no FIQ 2018

O Ciberpajé foi especialmente para lançar os álbuns em quadrinhos Ecos Humanos (Editora Reverso, 2018) - parceria com o desenhista Eder Santos e inspirado em uma experiência de ENOC (estados não ordinários de consciência) com o cogumelo Psilocybe cubensis; Cartografias do Inconsciente (Editora Reverso 2018) - fruto de tese de doutorado orientada pelo Ciberpajé (Edgar Franco) e defendida por Matheus Moura no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da UFG, o álbum apresenta quadrinhos visionários criados sob inspiração de experiências de ENOC com uso da Ayahuasca e da Respiração Holotrópica - e copnta com quadrinhos de Matheus Moura, do Ciberpajé e dos convidados Guilherme Silveira, Vinícius Posteraro, Laudo Ferreira, Paula Mastroberti; além dos lançamentos era possível adquirir na mesa da reverso outras obras do Ciberpajé como BioCyberDrama Saga (Editora UFG, 2016) - Saga de FC que apresenta o universo ficcional da Aurora Pós-humana e uma HQ de mais de 150 páginas desenhada por Mozart Couto e publicada em edição capa dura pela editora UFG; o SketchBook Edgar Franco (Editora Criativo, 2017) com artes e HQforismos do Ciberpajé; o álbum Oráculos (Editora Criativo, 2017) com 10 HQs curtas do Ciberpajé inspiradas no I-ching e no Tarô, Matéria Escura (Editora Reverso, 2018) com quadrinhos de Matheus Moura, Guilherme Silveira e Vinícius Posteraro - e uma HQ posfácio do Ciberpajé; assim como o novo número 10 1/2 da revista "Camiño Di Rato", publicação da editora Reverso dedicada aos quadrinhos poético-filosóficos e experimentais.

O FIQ é o mais importante festival brasileiro dedicado ao quadrinho alternativo e recebeu a visita de dezenas de milhares de pessoas durante seus 4 dias de realização, é um espaço fantástico para reencontrar amigos da cena dos quadrinhos de todos os estados, solidificar parcerias e fazer novos amigos e encontrar novos parceiros de criação. Para o Ciberpajé foram 4 dias intensos nos quais reencontrou inúmeros amigos, concedeu entrevista, e autografou dezenas de exemplares adquiridos pelo público que lotou o evento. Os exemplares de "Ecos Humanos" e "Cartografias do Inconsciente" levados para o lançamento no evento se esgotaram e o Ciberpajé realizou inúmeros exercícios de ritual de presença desenhando artes exclusivas nos exemplares de amigos e do público leitor.

O Ciberpajé concedeu uma longa entrevista em vídeo ao canal CAOSOFIA - dedicado à magia do caos, arte e filosofia -  o papo tratou d os processos criativos de suas criações artísticas e a relação direta com suas ações mágickas em busca da autotransformação e integralidade. O foco principal da entrevista foi o universo ficcional transmídia e mágicko da "Aurora Pós-humana", base para suas obras artísticas, e os álbuns em quadrinhos lançados no FIQ 2018. Assista a entrevista nesse link, ou clicando na imagem abaixo.


Ciberpajé e Fausto durante a entrevista exclusiva ao canal Caosofia

Quadrinistas e público que viram ou adquiriram o álbum "Ecos Humanos" - álbum de 72 páginas com uma narrativa sem texto que trata do ocaso pós-humanos de seres híbridos de humano e lobo guará, com roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos - foram unânimes em elogiar a beleza da HQ e sua densidade, como revelam algumas das primeiras impressões já descritas nas redes sociais:

Eder Santos, o seu trabalho é maravilhoso!!! Não me canso de dizer. O "Ecos Humanos" que você fez juntamente com o Ciberpajé me fez sentir que mesmo nos momentos mais sombrios e inóspitos pode haver amor, e inclusive, a abnegação de si mesmo em prol do outro ou de algo maior. Além disso, mesmo nessas situações difíceis, continuar seguindo
em frente com resiliência e fé é um ato de extrema rebeldia frente às descrenças do momento. Seu traço é de uma sensibilidade ímpar!! Sente-se o que não consegue ser escrito em palavras. Muito obrigada e continue evoluindo sempre!! (Manainy Avezani)

Ecos Humanos vale cada página! Eu só queria dizer 👏👏 (Cell)


Edgar Franco (Ciberpajé) e Eder Santos criaram esta pérola da arte sequencial chamada ECOS HUMANOS, e que foi lançada recentemente no fiq 2018. É um projeto que traz em seu cerne um retorno ao lado primal do ser. Uma narrativa muito sensível e ao mesmo tempo brutal sobre a vida pós-humana. Recomendo a leitura. (Leander Moura - Quadrinhista)

Belo trabalho dessa dupla, Edgar Franco, o velho Ciberpajé dispensa maiores comentários pela singularidade e beleza no seu trabalho e o Eder  Santos é um tremendo talento que vai mostrar muito ainda pela frente. (Laudo Ferreira - Quadrinhista)

Assista aqui uma instigante vídeo resenha de Ecos Humanos feita pelo canal Caosofia

Confira resenha do quadrinhista Renato Medeiros para Ecos Humanos

Os 75 exemplares de "Ecos Humanos" (da tiragem de 400) que foram levados para o FIQ 2018 se esgotaram antes do final do evento. Já aconteceu  em Goiânia o segundo lançamento de Ecos Humanos, foi no dia21 de julho, na Mandrake Comic Shop, em breve faremos um post sobre o lançamento. Seguem fotos do FIQ 2018, registrando momentos inesquecíveis do evento com o Ciberpajé entre amigos quadrinhistas e admiradores de sua obra.

ED
O roteirista Renato Medeiros, de Natal, e o Ciberpajé


 Autógrafo e desenho exclusivo no exemplar do quadrinhista potiguar Carlos Alberto Oliveira, que encomendou seu exemplar de Ecos Humanos a Renato Medeiros

Renato Medeiros e o Ciberpajé com a impactante obra "A Cidade Asfixiada", a qual teve a honra de prefaciar


O quadrinhista Eder Santos, parceiro do Ciberpajé em "Ecos Humanos", em sua mesa do FIQ

 O quadrinhista Eder Santos, parceiro do Ciberpajé em "Ecos Humanos", e o exemplar especialmentew autografado para o Ciberpajé




O quadrinhista Eder Santos, parceiro do Ciberpajé em "Ecos Humanos", e o exemplar especialmente autografado para o Ciberpajé




 O quadrinhista Eder Santos, parceiro do Ciberpajé em "Ecos Humanos", autografando o exemplar  para o Ciberpajé



 O Ciberpajé com o casal de quadrinhistas potiguares, Cristal e Leander Moura, que estiveram no FIQ lançando seu fántástico e tenebroso álbum "Horas Escuras"


 Ciberpajé com o casal de quadrinhistas potiguares, Cristal e Leander Moura, que estiveram no FIQ lançando seu fántástico e tenebroso álbum "Horas Escuras"

Desenho e autografo do Ciberpajé para os quadrinhistas potiguares, Cristal e Leander Moura

O Ciberpajé e Fernando com seu exemplar de "Ecos Humanos" 


Autógrafos de Eder Santos e do Ciberpajé no exemplar de Fernando







O Ciberpajé, o animador Igor Bastos, a designer e quadrinhista Elisa Guimarães e Matheus Moura


Pose acadêmica! 


Autógrafo do Ciberpajé no exemplar de Igor

Ciberpajé com "Cartografias do Inconsciente" em mãos


Ciberpajé e o amigo Paulo Ricardo Kobielski

Eder Santos, o amigo Paulo Ricardo Kobielski, e o Ciberpajé em pose acadêmica

Mesa de lançamentos da Reverso Editora

Mesa de lançamentos da Reverso Editora


O Ciberpajé e a pesquisadora de HQtrônicas Marília de Aguiar, que utilizou o livro HQtrônicas como uma das principais referências de seu TCC


Mesa de lançamentos da Reverso Editora


Mesa de lançamentos da Reverso Editora


Mesa de lançamentos da Reverso Editora



O psicólogo João Gabriel e sua esposa junto ao Ciberpajé


Desenhista que fez um desenho do Ciberpajé e pediu que ele assinasse

 Lucas com o álbum Matéria Escura  autografado pelo Ciberpajé 


Autógrafo do Ciberpajé para o parceiro em ECOS HUMANOS, Eder Santos

Laudo Ferreira e o Ciberpajé

O lendário zineiro Denilson Reis e seus exemplares de BioCyberDrama Saga e Ecos Humanos




Autógrafo do Ciberpajé no álbum Ecos Humanos do grande artista Carlos Alberto, lá de Natal


Ciberpajé desenhando na mesa do Selo Reverso


Lucas com o álbum Matéria Escura  autografado pelo O Ciberpajé


Lucas com o álbum Matéria Escura  autografado pelo O Ciberpajé



Thiago com o álbum Ecos Humanos  autografado pelo Ciberpajé e Eder Santos



Ciberpajé desenhando na mesa do Selo Reverso


Sol com o álbum Oráculos autografado pelo Ciberpajé 


Ciberpajé reencontrando o ex-aluno e amigo talentoso Cebes Junior




Klaus com o álbum Ecos Humanos  autografado pelo Ciberpajé e Eder Santos


Rafael com o álbum Cartografias do Inconsciente  autografado pelo Ciberpajé 



Caio com o álbum Cartografias do Inconsciente  autografado pelo Ciberpajé 


Caio com o álbum Cartografias do Inconsciente  autografado pelo Ciberpajé 


Vitor  com o álbum Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé e Eder Santos


Igor com o álbum Cartografias do Inconsciente autografado pelo Ciberpajé 








Desenho do Ciberpajé no sketchbook do Tito



Manainy com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 


Manainy com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 



Cell  com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 

Cell  com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 


Pose acadêmica 


Pose acadêmica! 


O Ciberpajé e Eder Santos 


Eder Santos e Leander Moura 



From Hell com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 


From Hell  com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 


Felipe com seu exemplar de Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé 



Matheus Moura, From Hell, Ciberpajé e Guilherme Silveira


Ciberpajé e o amigo Paulo Ricardo Kobielski

Ciberpajé e o amigo Denilson


 Valter com o álbum Ecos Humanos autografado pelo Ciberpajé e Eder Santos



O grande artista multimídia e convidado especial do FIQ, Dave MacKean, sorrindo com seu exemplar de Ecos Humanos em mãos!
Ecos Humanos - exemplares esgotados no FIQ 2018!