Edgar Franco é conhecido no cenário ambient nacional e mundial por sua banda Posthuman Tantra, que em suas performances tem o grupo formado pelo Ciberpajé Edgar Franco (musicista e performer), I Sacerdotisa Rose Franco (musicista e performer), Luiz Fers (Performer e Figurinista) e Lucas Dal Berto (VJ). Genilson Alves é conhecido por seu projeto Each Second.
O single, intitulado "Invocação da Serpente", inclui 3 faixas: Invocação da Serpente e as bonus Aforismo I e Aforismo II; a capa é de Edgar Franco. Foi lançado pelo importante selo brasileiro Lunare Music, dedicado à música Dark ambient.
Se você ainda não ouviu, o single pode ser ouvido, ou baixado no link.
Agora, a dupla anuncia o lançamento do CD "físico" do Single “Invocação da Serpente”!
São 33 cópias numeradas, autografadas e com arte do Ciberpajé e ainda inclui faixa bônus inédita, AFORISMO III"
Quem quiser adquirir, entrar em contato com o Ciberpajé pelo e-mail oidicius@gmail.com ou através de sua página pessoal no Facebook.
Agora, confira algumas resenhas enviadas espontaneamente sobre o single pelo público!
Alexandre Winck
RESENHA: SINGLE
"A INVOCAÇÃO DA SERPENTE" DO CIBERPAJÉ
"Um grande pensador com frequência resume em uma única frase, direta, verdadeira e surpreendente, o que acadêmicos engomados gastam páginas e páginas de argumentos rebuscados, mais complicados do que complexos, para dizer. O aforismo é esse meio de expressão do pensamento, consagrado por filósofos como Nietzsche, que une a complexidade das ideias à simplicidade, ritmo e musicalidade de uma frase ou texto curto, quase um pequeno verso ou poema.
O quadrinhista colaborador da Contos do Absurdo e também Ciberpajé Edgar Franco, também conhecido no cenário ambient com sua banda Posthuman Tantra, já havia unido as linguagens do aforismo e dos quadrinhos com seus HQforismos. Agora leva essa combinação de reflexão e poesia ao universo musical com o projeto "Ciberpajé", em parceria com Genilson Alves. O primeiro single, "A Invocação da Serpente" inclui a faixa-título e mais dois aforismos. Se o amigo me permitir, gostaria de batizá-los de Aforismusicais.
A primeira faixa começa com um som eletrônico que lembra as batidas de um sino hi-tech, sombrio, que faz lembrar as grandes trilhas dos filmes de sci-fi distópicos dos anos 1970. Em seguida entra uma batida tribal, pulsante ccom subtons perturbadores e uma voz distorcida, gutural. É quando surge o aforismo do Ciberpajé, que remete a temas que aborda na sua página "Aforismos do Ciberpajé" no facebook, como a busca da existência plena, o reencontro do ser sublimado pela civilização com a natureza selvagem primordial, o rompimento de barreiras, o abandono dos medos comodistas e repressores.
Os dois aforismos seguintes são faixas mais curtas. A primeira começa com um som delicado de carrilhão e uma batida ainda com características tribais, mas mais suave e contemplativa, e um som de canto ditônico. Vem à tona outro tema recorrente do Ciberpajé, a integração com o cosmos do qual viemos e para onde retornaremos, a aceitação das trevas como indissociáveis da luz. O segundo aforismo começa com um estrondo como de trovão e uma batida ecoante quase silenciosa refletindo o tema da serenidade, não a serenidade beata e passiva, mas uma paz pulsante, intensa e visceral.
"A Invocação da Serpente" não é música para trilha de novela nem bailes de sexo entorpecido, desajeitado e descartável. É música para a alma, para o pensamento, para a meditação e a busca de experiências genuinamente transcendentes."
"Um grande pensador com frequência resume em uma única frase, direta, verdadeira e surpreendente, o que acadêmicos engomados gastam páginas e páginas de argumentos rebuscados, mais complicados do que complexos, para dizer. O aforismo é esse meio de expressão do pensamento, consagrado por filósofos como Nietzsche, que une a complexidade das ideias à simplicidade, ritmo e musicalidade de uma frase ou texto curto, quase um pequeno verso ou poema.
O quadrinhista colaborador da Contos do Absurdo e também Ciberpajé Edgar Franco, também conhecido no cenário ambient com sua banda Posthuman Tantra, já havia unido as linguagens do aforismo e dos quadrinhos com seus HQforismos. Agora leva essa combinação de reflexão e poesia ao universo musical com o projeto "Ciberpajé", em parceria com Genilson Alves. O primeiro single, "A Invocação da Serpente" inclui a faixa-título e mais dois aforismos. Se o amigo me permitir, gostaria de batizá-los de Aforismusicais.
A primeira faixa começa com um som eletrônico que lembra as batidas de um sino hi-tech, sombrio, que faz lembrar as grandes trilhas dos filmes de sci-fi distópicos dos anos 1970. Em seguida entra uma batida tribal, pulsante ccom subtons perturbadores e uma voz distorcida, gutural. É quando surge o aforismo do Ciberpajé, que remete a temas que aborda na sua página "Aforismos do Ciberpajé" no facebook, como a busca da existência plena, o reencontro do ser sublimado pela civilização com a natureza selvagem primordial, o rompimento de barreiras, o abandono dos medos comodistas e repressores.
Os dois aforismos seguintes são faixas mais curtas. A primeira começa com um som delicado de carrilhão e uma batida ainda com características tribais, mas mais suave e contemplativa, e um som de canto ditônico. Vem à tona outro tema recorrente do Ciberpajé, a integração com o cosmos do qual viemos e para onde retornaremos, a aceitação das trevas como indissociáveis da luz. O segundo aforismo começa com um estrondo como de trovão e uma batida ecoante quase silenciosa refletindo o tema da serenidade, não a serenidade beata e passiva, mas uma paz pulsante, intensa e visceral.
"A Invocação da Serpente" não é música para trilha de novela nem bailes de sexo entorpecido, desajeitado e descartável. É música para a alma, para o pensamento, para a meditação e a busca de experiências genuinamente transcendentes."
André
Gorium (Banda Gorium)
"Fui convidado por
Edgar Franco (Posthuman Tantra) para escutar o single de seu novo projeto
musical, que também conta com a participação de Genilson Alves (Each Second). O projeto leva o nome de
"Ciberpajé", apelido/forma que nasceu dentro do Posthuman Tantra. Ele
tem a mesma pegada dark ambient do Posthuman Tantra, porém, nesse álbum, temos
uma atmosfera mais calma e mística, ritualística, envolvente e intensa. O
single contém três faixas inéditas e é um trabalho de estreia de grande valor,
recomendo a todos que apreciam o dark ambient. A arte do Edgar Franco mais uma
vez me surpreendendo".
Daniel Death
"Edgar
Franco (the master behind the most important
Dark Ambient band from Brazil – Posthuman Tantra) is a multimedia
artist whose career includes music, poetry, design, experimentation…
But
this time around he’s back with his aphorisms which he posts in his Facebook page
called Aforismos do Ciberpajé. The differential part now is that he
turned his written philosophy into music and what a great experiment!! Ciberpajé (the
proper project) includes some 6 minutes of music and three intricate songs.
The
first track is the one which gives its name to the EP, a tribal dark ambient
dabbling with industrial music, which is intense and menacing, perfect for
nightly rituals.
Aforismo
I is even more obscure with a snail’s
pace tempo and over again the tribal parts appear along with his spoken poetry
in the distant background… The soundscape is incredible and the textures keep
the listener attention all through the execution.
Aforismo
II is a total Dark Ambient, with his
spoken word even more threatening!
Well
I’m a great fan of his other works, including Posthuman Tantra which
is one of my main influences, but I do hope he releases other EP’s, singles and
albums of this Ciberpajé project in the near future. It’s sublime music for
chosen minds."
Silas Demetrio
"Acabo de escutar o single “Invocação da
Serpente” do projeto CIBERPAJÉ, encabeçado pelo meu grande amigo Edgar Franco
(Posthuman Tantra) e Genilson Alves (Each Second).
O intuito do projeto é musicar os aforismos de
Edgar Franco, o Ciberpajé.
A faixa título do single é um verdadeiro ritual, uma invocação imersa no mais obscuro Dark Ambient e nos caminhos de Daath.
O Single ainda conta com duas faixas bônus “Aforismo l” e “Aforismo ll”.
Trabalho obrigatório para qualquer fã de Dark Ambient."
“Só estrelas podem tocar outras estrelas”
A faixa título do single é um verdadeiro ritual, uma invocação imersa no mais obscuro Dark Ambient e nos caminhos de Daath.
O Single ainda conta com duas faixas bônus “Aforismo l” e “Aforismo ll”.
Trabalho obrigatório para qualquer fã de Dark Ambient."
“Só estrelas podem tocar outras estrelas”
Diogo Bald (Scibex
band, Lycanthropy band)
“Logo nos primeiros (des) acordes, já noto a presença inabalável de
Edgar Franco na atmosfera rítmica e iconoclasta da faixa "Invocação da
Serpente". O Ciberpajé entoa, pelo ritmo e pelos versos, seu prisma
inabalável de concepções e ensinamentos, característicos de sua jornada sempre
tendo como background o Dark Ambient.
Na segunda faixa, Aforismo I, o clima ritualístico se mantém, e o
Ciberpajé entoa um de seus mais veneráveis versos, na opinião deste que vos
escreve: "Só estrelas podem tocar outras estrelas. Abrace suas sombras, e
ilumine-se!".
Mais incisivo, o segundo aforismo parece flertar com a característica
telúrica de nossa ligação natural e incontestável com Gaia. Finalmente,
gostaria de destacar a arte visual, que completa a obra e a torna ainda mais
interessante. Tenho visto alguns trabalhos de Edgar Franco com esta nova
técnica e muito me impressiona que seus traços ainda assim são mantidos, apesar
da abrupta diferença estética do traço.
Concluindo, o clima pode soar suavemente lúgubre, porém é vida que
pulsa nesta breve obra, regida com a mesma fidelidade e que confere coesão
deste com os demais trabalhos prévios de Edgar.”
Danielle Barros
Mergulhando
na “Invocação da Serpente” e nos Aforismusicais* do Ciberpajé por IV
Sacerdotisa Danielle Barros/ Resenha do single “Invocação da Serpente” do
projeto Ciberpajé de Edgar Franco (Posthuman Tantra) e Genilson Alves (Lunare
Music)
Os
sons e o ambiente em atmosfera serena e atemporal entram em sintonia com os
batimentos cardíacos, um som que remete aos rituais tribais ancestrais, mas que
poderia ser de um ambiente futurista, como o da Aurora Pós-Humana. Senti-me
girando em uma roda de dança, uma sacerdotisa em transe em performance
corporal, transcendente. O single me conduz, retirando-me de um equilíbrio
uterino para um desajuste, uma agonia, uma urgência, que, ao mesmo tempo em que
incomoda, me faz bailar no centro da tempestade que se forma. Sinto temor, mas
seduzida a seguir, o coração acelerado. Essas batidas elevam minha adrenalina,
fico em alerta pronta para fuga ou ataque, a sensação em mim é de que algo
poderoso se aproxima, iminente.
O
chocalho da serpente ecoa, estridente. Olho para a imagem na tela, a arte do
Ciberpajé e as linhas que formam a serpente parecem saltar em minha direção, eu
me torno aquela arte, aquela música. As linhas do desenho perpassam meu corpo
caoticamente. A serpente fita meus olhos, ela me conhece. A voz gutural,
selvagem, aterradora surge nesse ambiente sombrio, senti-me como no calabouço
da minha alma, meu nigredo. Diante dos meus medos e dos meus abismos surge um
monstro, um lobo, a serpente. A serpente que, segundo a simbologia ancestral,
amplamente estudada pelas culturas orientais e ocidentais, possui diversos
significados- de cura, transcendência, de comunicação com dimensões inferiores
e ascendentes, a energia pura da kundalini em sua magia sexual.
A
textura densa da voz faz estremecer meu corpo e a mensagem que ela traz é a de
destruição e renascimento. É como um anjo caído que anuncia uma supernova. Um
demônio que em sua luz enaltece as sombras. Um santo que não renega sua
condição profana. Faces luminosas e sombrias, complementares, imanentes em
todos os seres cósmicos, cientes do Universo infinito que detêm em si mesmos.
(*O
termo Aforismusicais foi criado por Alexandre Winck)
Os
aforismos são algo muito forte na arte do Ciberpajé e surgiu de forma
espontânea, quando Franco começou, desde muito cedo e sem pretensões, a
escrever excertos de suas experiências de vida e posteriormente começou a
publicá-los em rede social. Aforismos são sentenças ou sínteses em forma de
proposições que exprimem um ensinamento, uma lição extraída de uma experiência
vivenciada na prática. Os aforismos surgiram de forma difusa, provavelmente,
primeiro na forma oral, e depois com a escrita, registrados em manuscritos. Os
primeiros aforismos conhecidos datam da Grécia Antiga. Atualmente Nietzche,
Jodorowsky, Rajneesh são alguns pensadores conhecidos por suas frases
filosóficas, os aforismos; e o Ciberpajé, sem ter “planejado” começou a
escrevê-los e hoje tem um acervo de centenas deles, que em breve serão reunidos
em um livro “Aforismos do Ciberpajé”. Quando conheci o Ciberpajé, imediatamente
atentei para seus aforismos e instintivamente comecei a reuni-los em um
arquivo. Por quê? Por me encantar, por me emocionar, e também por me incomodar
com aqueles pensamentos, e desde então foi selada minha relação com os
Aforismos do Ciberpajé. Quando soube deste projeto de musicar os aforismos
minha emoção foi grande, pois já me sentia parte disso, dada a identificação
com mais esta faceta de arte do Edgar Franco.
A primeira bonus track do single é Aforismo
I, tem
um tom rítmico, o estridente do chocalho, e a voz retumbante do Ciberpajé
(completamente diferente do som gutural do single da Invocação da Serpente)
entoando o Aforismo, dizendo: “só estrelas podem tocar outras estrelas, abrace
suas sombras e ilumine-se”, nos lembrando da ideia difundida pelo ocultista
Aleister Crowley quando afirmou que “todo homem e toda mulher é uma estrela”, e
a consciência de que a vida prescinde dos opostos complementares – como o macho
e a fêmea, a luz e a sombra, a noite e o dia – para que desse encontro possa
surgir a vida, a criação e supernovas.
A segunda bonus track do single é Aforismo
II, inicia
com um som sereno, e me transportou a uma mata e seus sons naturais. Grilo,
água, pegadas animais. Esse efeito de silêncio e selvageria foi magistralmente
criado pelo Ciberpajé e senti tão real que, antes mesmo de recitar a letra do
aforismo, já me sentia na atmosfera da qual a letra se referiu, como no trecho:
“(...) há um certo silêncio que ecoa no coração do selvagem, tornando-os
serenos e VIVOS!”
Os
aforismos musicados trazem em sua essência o paradoxo, a contradição, os
opostos que se completam, a conexão com nossos aspectos animais e conexão
cósmica com todos os seres, característica marcante no ideário do Ciberpajé,
que não nega sua virilidade e sua doçura, sua luz e sombra, seu lado anjo e
demônio.
Retomando
à possível origem dos aforismos, - em sua tradição oral na transmissão de
conhecimento entre as gerações-, Franco os RECRIA ao musicá-los, investindo nos
arranjos, instrumentos étnicos, efeitos, sons subliminares e sua voz peculiar,
todos conectados à proposta conceitual tecnognóstica do Posthuman Tantra e do
universo ficcional da Aurora Pós-humana.
Nesse
sentido, ao mesclar os aforismos - que são frutos de sua experiência e
percepção da vida-, com sua verve musical do Posthuman Tantra; aliando às suas
ilustrações, performance artística e sua condição de Ciberpajé, - fruto de seu
renascimento enquanto ser cósmico, - Edgar Franco prova mais uma vez que sua
arte está toda interconectada, constituindo-se uma verdadeira Cosmogonia. Uma
forma criativa, pertinente e visceral de comemorar esses 3 anos de
Ciberpajelança! VIDA!
Parabéns
à iniciativa do Genilson Alves e do Ciberpajé em nos brindar com esta criação
fabulosa!
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