O EnQuadrinhos, encontro pioneiro sobre Histórias em Quadrinhos que aconteceu na Universidade de Brasília (UNB) entre os dias 16 e 18 de Setembro de 2015, reunindo um público eclético de todo Brasil e que trouxe quadrinistas, produtores, pesquisadores acadêmicos, curiosos e afins sobre HQs para compartilhar informações sobre o mundo das Histórias em Quadrinhos, teve alguns momentos memoráveis.
Sobres estes momentos, acredito que cada participante deva ter saído com suas observações. No meu caso um destes momentos “mágicos”, que inclusive fez valer muito a pena me deslocar 3.000 km investindo do meu próprio bolso, passagem e estadia em Brasília, foi a palestra do multiartista e docente da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edgar Franco, nome que dispensa maiores apresentações no mundo das Histórias de Quadrinhos, bem como na vanguarda de diversos movimento atuais acadêmicos e artísticos.
Na companhia de um bom público, e da bela quadrinista e também pesquisidora de quadrinhos, Danielle Barros na plateia, registrando em imagens cada passo do “Ciberpajé”, Edgar Franco palestrou durante agradáveis quase duas horas, onde o tempo misteriosamente parecia parado, compartilhando abertamente e de forma muito sincera com o público presente, fatos de sua trajetória de sua vida pessoal, artística, profissional e acadêmica, que no final se entrelaçam em seu processo criativo e filosofia de vida.
Durante este tempo, um silêncio interessado inundou o ambiente, e Edgar Franco conduziu conceitualmente uma viagem “ciberxamânica” atemporal, falando generosamente, e de forma entusiasmada, exibindo imagens, construindo e destruindo paradigmas, deixando todos os presentes em constante estado de excitação e curiosidade, revelando entre outras coisas a gênese de seu mundo criativo, que inclui os quadrinhos, a partir do seu fantástico, porém não menos real e vivo, universo da “Aurora Pós-humana”.
Ao término (ou ao sair da “tenda”), era perceptível que cada pessoa presente, a sua maneira, tinha saído em um estado “diferenciado” de consciência, um quase êxtase, cuja a difícil volta a “realidade”, para muitos como eu, foi no mínimo, transformadora.
“Ninguém se perde na volta”, declaração atribuída ao político e escritor paraibano José Américo de Almeida depois deste momento, encontro, palestra, “viagem xamânica”, etc. precisou ser reavaliada por mim, agora minha conclusão é que na volta, “ninguém é mais o mesmo”.
Outro aviso, ao entrar na “tenda do Ciberpajé”, aquela história de que “nunca conheça seus mestres de perto” também se provou infundada. Abraços e gratidão aos queridos Edgar Franco e Danielle Barros
Conferência de encerramento do I Enquadrinhos ministrada pelo Ciberpajé Edgar Franco
(Foto: equipe Enquadrinhos)
Conferência de encerramento do I Enquadrinhos ministrada pelo Ciberpajé Edgar Franco
(Foto: equipe Enquadrinhos)
Apresentação da IV Sacerdotisa Danielle Barros no I Enquadrinhos
(Foto: equipe Enquadrinhos)
Will Simões, Ciberpajé e IV Sacerdotisa
*Will Simões é artista, mestrando
em Ciências Sociais do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Créditos das Imagens: I EnQuadrinhos - Encontro de Quadrinhos de Brasília- Danielle Barros e Edgar Franco
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