quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Ciberpajé participa de banca de doutorado com o tema "Fotografia e Violência"

No dia 25 de fevereiro de 2019 o Ciberpajé integrou a banca de defesa de doutorado do discente  Paulo Soares Augusto, no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. O título da tese é "Fotografia e violência: reflexões sobre corpos (in)dóceis".

A pesquisa de caráter teórico-prático investigou a questão da violência do ato fotográfico no contexto do fotojornalismo, e envolveu a prática artística através de uma exposição fotográfica intitulada "Corpos (in)dóceis".

O Ciberpajé (Edgar Franco) agradece ao orientador Prof. Dr. Thiago Sant'Anna, e ao novo doutor Paulo Soares pelo convite, e deseja muito sucesso na continuação de sua jornada de artista-pesquisador. Na foto, da esquerda para a direita os integrantes da banca: Ciberpajé (FAV/UFG), o novo doutor Paulo Soares, Profa. Dra. Regma Maria dos Santos (CAC/UNICAT), Prof. Dr.Thiago Sant'Anna (FAV/UFG), Prof. Dr. Glauco B. Ferreira (FAV/UFG). A professora Dra. Raquel Salimento Sá (IARTE/UFU) não esteve presente e participou com relatório de avaliação escrito, lido durante a defesa.

Pose comportada

 Pose acadêmica, incluindo a Profa. Dra. Luciana Arslan (IARTE/UFU), namorada de Paulo Soares, que acompanhou a defesa e fez alguns desenhos durante ela

 Em cores!

 Desenho de Luciana Arslan

 Desenho de Luciana Arslan


 Desenho de Luciana Arslan


A Profa. Dra. Regma dos Santos divertindo-se na pose acadêmica!

Ciberpajé participa de banca de defesa de mestrado com o tema Animação Stop Motion

Frame do filme Catireiros, curta de animação em stop-motion, produto artístico da pesquisa de mestrado de Dustan Oeven

No dia 28 de fevereiro de 2019 o Ciberpajé integrou a banca de defesa de mestrado do discente  Dustan Oeven Gontijo Neiva, no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. O título da dissertação é "Bonecos que dançam catira - Uma produção goiana em animação stop-motion".

A pesquisa de caráter teórico-prático investigou a identidade caipira goiana e o autor, um dos pioneiros do stop-motion em Goiás, com várias animações premiadas, desenvolveu uma primorosa animação em stop-motion abordando a notória catira. Um filme instigante e de grande beleza estética.

O Ciberpajé (Edgar Franco) agradece à orientadora Profa. Dra. Rosa Berardo, e ao novo mestre Dustan Oeven pelo convite, e deseja muito sucesso na continuação de sua jornada de artista-pesquisador. Na foto da pose acadêmica, da esquerda para a direita os integrantes da banca: Prof. Dr. Flávio Gomes de Oliveira (IFG), Ciberpajé (FAV/UFG), Prafa. Dra. Rosa Berardo (FAV/UFG) e o novo mestre Dustan Oeven. (As fotos foram tiradas gentilmente por Marilia Noleto)

 A pose!

Ciberpajé durante a arguição do candidato a mestre

 Vista geral da sala durante a defesa


A banca, agora comportada!


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

[Entrevista] Posthuman Tantra: cogumelos & rituais de invocação do Baphomet Transumano. Ciberpajé entrevistado pela IV Sacerdotisa

A IV Sacerdotisa Danielle Barros* conduziu entrevista exclusiva com o Ciberpajé sobre o processo criativo magísticko do novo single do Posthuman Tantra, “Transhuman Baphomet's Cult”, lançado pelo darknet label Necromancia.


Ciberpajé fotografado por Luiz Fers

IV Sacerdotisa: Gostaria de saber como surgiu a ideia de criar um single com o tema/nome Transhuman Baphomet's Cult? Qual o conceito do single?

Ciberpajé: O meu processo criativo é sempre algo espantoso e inusitado. Não costumo estabelecer limites para o que vou criar e sempre permito que as imagens, signos, sons e sensações fluam do inconsciente sem amarras, trata-se de um processo muito mais intuitivo do que racional. No entanto, isso não significa que não utilizo certos métodos e procedimentos. Curiosamente, no caso desse single, tudo começou com experimentos em um novo sintetizador que adquiri, criei muitas linhas sonoras, experimentei bastante, e percebi algo inusitado, as faixas estavam com um certo ar “dançante”, algo que nunca aconteceu com o Posthuman Tantra. Bem, então decidi compor algo para um single, mas quando toquei as primeiras notas, que me vieram espontaneamente, a atmosfera do local mudou de vibração, foi estranho, coloquei a sequência de notas para tocar em loop e senti uma densidade obscura no ar, imediatamente me vieram como um flashback as sensações e visões de horror que experimentei no início de uma recente experiência de ENOC com o Psilocybe cubensis (leia entrevista com relato completo dessa experiência aqui). Os seres das sombras que me perseguiram na experiência, durante esse novo vislumbre, tiraram seus véus, e eles tinham uma imagem que mixava algo do Baphomet de Eliphas Levi com os seres transgênicos de David Cronenberg. Obviamente não vejo o Baphomet com o preconceito judaico-cristão que o demoniza, percebo-o com sua força equilibrante e harmonizadora das dualidades que geram conflitos. É um ícone da busca transcendente, mas nesse caso específico, o novo aspecto orgânico-mutante da entidade lhe tirou o viço e deixou-a realmente grotesca. Um obscuro Baphomet Transumano estava diante de mim. Qual sentido disso, porque essa imagem veio a mim? Sei que nada é ao acaso. Assim, a partir dessa visão, a concepção da música veio com força, criar um ritual mítico mágicko de exaltação, invocação e incorporação dessa criatura arquetípica nova. Imaginei um culto imemorial ao Baphomet Transumano, e a faixa é a versão sonora subliminar desse ritual e seus significados essenciais para minha transmutação.

Como você destacou, essa obra foi inspirada em sua experiência mais recente com o cubensis. Queria saber por que você exalta também -além das sensações de êxtase- as sensações obscuras vivenciadas pela viagem psiconáutica, tendo em vista que muitas pessoas que experienciam sensações sombrias nessas viagens preferem não comentar/relembrar? Qual a importância/motivo pelo qual você também celebra essa faceta obscura da experiência?

Talvez vivamos em uma das eras mais cruéis e sanguinárias da espécie humana. Apesar de milênios de civilização e de um pretenso progresso material e tecnológico, seguimos como neandertais, mais competitivos, territorialistas e odiosos do que nunca. E grande parte das atrocidades e genocídios cometidos, ao longo da história humana e na contemporaneidade, são fruto de ações ditas DO BEM, geradas pelo fanatismo e dogmatismo religioso e ideológico, sempre com uma “maquiagem” falaciosa de estarem agindo em nome de Deus, ou de um “bem maior”! Esses dogmas e ideologias possuem regras de conduta moral, leis que devem ser seguidas e que ignoram completamente o aspecto animal e instintivo do ser humano, obrigando todos a negarem e obstruírem seus instintos biológicos e também a eclipsarem suas sombras. Vendendo uma ideia equivocada de que podemos ser criaturas maniqueístas, ou seja, absolutamente a serviço do bem, e imaculados. Assim, qualquer vislumbre da sombra é encarado como algo pecaminoso, perigoso, maldito, mas nós somos seres complexos, feitos de sombras e luzes que se integram, e que em harmonia permitem o equilíbrio. Por isso, ao negarmos nossos aspectos obscuros, nossas sombras profundas, estamos na verdade destruindo a possibilidade da totalidade, de sermos integrais e iluminarmo-nos. Se você aceita que odeia, que tem raiva, que sente dor, e desejos de poder e outros considerados amorais, se encara esses sentimentos como parte integrante de seu ser, você pode transmutá-los! Um dos caminhos para essa transmutação rumo à iluminação é a magia ritual artística. Por isso devemos valorizar com o mesmo peso nossas experiências de êxtase, de paz, de nirvana, e de dor, de ódio, de raiva, de medo, de horror, são a essência que forja o ser integral. Na escuridão interior encontramos as chaves que abrem os portais da luz. Perceba que mesmo a geração “nova era namastê” finge um estado de pseudo serenidade eterna forçado, por isso tantos gurus são abusadores grotescos, ao negarem o desejo de poder e fama, e os desejos naturais sexuais, acabam sendo tragados por eles, tornando-se criaturas perversas e pérfidas. A arte é para mim um exercício ritual de transmutação a partir da incorporação de todos os aspectos de meu eu profundo, e as sombras são fundamentais nesse processo. No caso dessa experiência específica com o cubensis, vivi um terror indescritível que levou-me a um medo de mim mesmo, na verdade vislumbrei algumas sombras densas de meu self que jamais havia imaginado, essas sombras personificaram-se na imagem grotesca do Baphomet Transumano, então esse ser icônico mágicko tornou-se parte de minha sombra que devo compreender, aceitar, reverenciar e transcender.

Ciberpajé fotografado por Luiz Fers

E o ritual em si. Como foi o processo criativo ritualístico desse single?

Alguns detalhes do ritual prefiro manter sigilosos pelo seu caráter pessoal. A sequência de notas inicial ficou gravada no sintetizador, e no início serviu de mantra sonoro para a visualização do culto imemorial da criatura. Somado a isso, a base para a gravação partiu de um processo de impregnação visual em meu estúdio/templo, no qual cerquei-me de algumas imagens que relacionam-se ao Baphomet Transumano, incluindo muitos rascunhos e desenhos meus criados a partir da experiência com o cogumelo. Também realizei um exercício de desenho automático induzido pelo som mântrico. Daí em diante mergulhei corporificamente com todos os meus sentidos, na experiência de ser um iniciado nesse culto ancestral e de dedicar-me com amor a essa divindade grotesca. Esse processo de imersão durou 3 dias, e sempre terminava na hora crepuscular, início da noite. A composição Transhuman Baphomet's Cult reproduz o clima mágicko do ritual que experienciei com um grupo de cultuadores, e foi composta e gravada como parte do rito artístico mágicko e mítico-arquetípico.

Gostaria de saber mais sobre os aspectos simbólicos do single, desde o nome, a duração 4:05, dos elementos sonoros utilizados, e as simbologias na arte da capa?

O título do single e da música é um reflexo direto e ipsis litteris da imagem vislumbrada e ritualizada no culto da entidade obscura “Baphomet Transumano”. O sentido simbólico dessa criatura mítica relaciona-se diretamente ao meu sistema mágicko da “Aurora Pós-humana”, conectando o equilíbrio hermético (Caibalion) intrínseco à iconografia do Baphomet, com o desequilíbrio contemporâneo perpetrado pela hipertecnologia, pela hiperinformação e pela transgenia, ameaças à espécie humana e geradoras da sexta extinção massiva de espécies em nosso planeta. Ao compreender a essência desse ser transgênico mítico, posso adentrar os meandros do que esses aspectos obscuros significam para mim e como lidar com eles de forma mais sagaz e não só destrutiva e preconceituosa. Obviamente essas simbologias mais profundas só têm sentido para mim, criador e executor do ritual de transmutação artístico. O tempo da faixa 4:05 minutos, se somarmos dá 9, o número que mais se afasta da unidade, a desintegração, a sombra mais intensa necessária para o retorno à unidade, o mergulho no abismo, o nigredo alquímico. A capa foi criada a partir de duas ilustrações esboçadas com a experiência visionária com o Psilocybe cubensis, resgatei-as e mudei alguns elementos sutis em ambas, usando uma delas para demonstrar o aspecto de culto e devoção, e a segunda para definir a geração fetal cósmica desse Baphomet Transumano. A arte da capa conecta-se diretamente à música e durante a mixagem final tive um transe especial fitando-a enquanto ouvia a música. Alguns elementos sutis foram utilizados na música e para sua fruição completa aconselho ouvi-la com fones de boa qualidade, utilizei o ritmo cardíaco médio de 72 BPM, e certos efeitos subliminares em baixas frequências para ressaltar a força obscura do culto, gravações de sons que prefiro não revelar. A faixa foi composta e gravada em sintetizadores, e controladores midi, e envolveu a gravação orgânica de vozes e também sua síntese. Um detalhe importante foi a escolha do selo para lançar o single, o darknetlabel Necromancia, dedicado à música das sombras! O Necromancia é capitaneado pelo lendário musicista e ativista da cena darkwave brasileira, o mato-grossense André Gorium.

Ciberpajé fotografado por Luiz Fers

Você sempre diz em suas palestras e entrevistas que a arte é um processo de cura. Queria saber especificamente, como ocorre esse mecanismo de transformação, como a criação desse single contribuiu para seu processo de cura interior? Que cura é essa?

Como sempre digo, a recepção às minhas obras é um presente, uma sobremesa saborosa, mas ela nunca será sua finalidade. O real objetivo de minhas criações é o processo criativo em si, que funciona como um ritual de autocura em busca de minha integralidade. O que é essa cura? É a capacidade de ACEITAR-ME INTEGRALMENTE, assimilar minha sombra por completo, entender quem eu sou, perdoar-me e ter a capacidade de amar-me sem nenhum obstáculo, seguir meu coração, meus instintos animais, minha selvageria, meu amor intrínseco à vida, abdicar e abolir tudo aquilo que me foi imposto pela cultura, pelos meus pais, professores, pela sociedade, tudo o que for uma mentira e não fizer parte essencial de meu ser. Ao desenvolvermos esse autoamor, criamos também a capacidade de amar a todos, uma profunda empatia e amorosidade que se espalha pelo universo inteiro, o chamado amor cósmico! Ao criar ritualisticamente o Baphomet Transumano compreendi, incorporei e transcendi aspectos fundamentais de minha sombra, dando mais um passo rumo à integralidade. 

* Danielle Barros é a IV Sacerdotisa da Aurora Pós-humana, artista multimídia, doutora em ensino de biociências e saúde pela Fiocruz, mestra em informação e comunicação em saúde pela Fiocruz/RJ, bióloga pela UNEB e professora Adjunta da UFSB (Campus Paulo Freire). Conheça o blog A Arte da IV Sacerdotisa

Ouça o single "Transhuman Baphomet's Cult" nesse link, ou clicando na arte da capa abaixo.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Ciberpajé desenha Alice Cooper para o zine Sonoridades Múltiplas #4

Acaba de ser lançado o fanzine Sonoridades Múltiplas # 4 (março de 2019), essa edição resgata as andanças do editor Denilson reis pelos palcos roqueiros do Brasil, com comentários de shows que ele assistiu no início dos anos de 2000. Muito rock’n’roll, tudo ilustrado por feras do quadrinho nacional. Colaboram como ilustradores: Adão de Lima Jr (RS), Alex Doeppre (RS), Anderson Ferreira (RS), Bira Dantas (SP), Edgar Franco (GO), Francisco Vilachã (SP), Jader Correa (RS), Luan Zuchi (RS), Marcelo Parente (SP), Paulo Fernando (CE) e Vantuir Pott (SC), este, o autor da capa. 
Retrato de Alice Cooper por Ciberpajé, na página 7 do Sonoridades Múltiplas #4

O Ciberpajé (Edgar franco) colaborou com a edição desenhando sua versão do grande musicista Alice Cooper, de quem também é admirador e que é uma das influencias de sua banda performática Posthuman Tantra. A arte está reproduzida na página 7 do zine.


O fanzine traz também o encarte “A Era de Plástico”, editado por Alex Doeppre, destacando o rock dos anos 1980. São 20 páginas, formato A5, xerox, R$ 5,00. Versão digital gratuita! Para receber é só solicitar diretamente por e-mail ao editor Denilson Reis no e-mail: tchedenilson@gmail.com

Capa do Sonoridades Múltiplas #4

Arte do Ciberpajé em novo CD da banda Tuatha de Danann

Ao centro, arte "Gaia" - do Ciberpajé - no encarte do CD The Tribes of Witching Souls do Tuatha de Danann

O Ciberpajé (Edgar Franco) criou a arte exclusiva para o single virtual  "Your Wall Shall Fall", faixa contestadora e iconoclasta do Tuatha de Danann com participação especial do lendário  Martin Walkyier (ex- Skyclad) responsável pela letra e pelos vocais na música.O single foi lançado em dezembro de 2018, com ótima repercussão, veja o videoclipe aqui

Arte exclusiva do single "Your Wall Shall Fall", do Tuatha de Danann, por Ciberpajé 

Arte de capa do single no Spotify do Tuatha de Danann

Agora o Tuatha de Danann, uma das maiores forças do heavy metal brasileiro, e o principal nome do folk metal de nosso país, acaba de lançar o novo CD "The Tribes of Witching Souls", a obra inclui a faixa Your Wall Shall Fall e no encarte do digipack - junto da letra da música - a arte "Gaia" criada para o single foi incluída.


Perfil do musicista Bruno Maia, principal compositor do Tuatha de Danann, destacando a arte do Ciberpajé na sua capa.

O Ciberpajé sente-se muito honrado com a oportunidade de ter uma de suas artes fazendo parte da história do Tuatha de Danann, uma das bandas brasileiras que ele mais admira e acompanha desde seu princípio.

A arte exclusiva do single, criada pelo Ciberpajé, mostra GAIA - a mãe Terra - como uma figura feminina em sofrimento, sua pele é azul e seu sangue verde, sua cabeça apresenta árvores secas e sem vida e um prego em seu terceiro olho, ela chora sangue (verde). No entanto, o terceiro olho aparentemente furado, reabre-se na palma de sua mão direita. Gaia está sendo agarrada por trás pela imagem de um Tio Sam obscuro, representando a ameaça neoliberal dos EUA e das multinacionais monetaristas, sua mão é um míssil atômico, sua cartola apresenta o cifrão, ele vampiriza Gaia. Mas o que não sabe é que ela irá exterminá-lo mais cedo ou mais tarde, pois uma serpente sai de sua cabeça e está próxima do rosto do Tio Sam e irá picá-lo sem que ele perceba: SEU MURO IRÁ CAIR! No vídeo do single participam fãs e convidados notórios como Carlos Lopes (Dorsal Atlantica). O convite do musicista Bruno Maia para criar a arte do single muito honrou o Ciberpajé, e agora a arte foi eternizada também no encarte do CD "The Tribes of Witching Souls".

Créditos do CD "The Tribes of Witching Souls", incluindo o crédito da ilustração Gaia para Edgar Franco (Ciberpajé) 

Adquira o CD  TUATHA DE DANANN - "The Tribes of Witching Souls" clicando aqui.

[Resenha] POSTHUMAN TANTRA: Transhuman Baphomet’s Cult, resenhado por Fausto Ramos - do canal Caosofia

POSTHUMAN TANTRA -
Transhuman Baphomet’s Cult: Um convite à reconexão com seus instintos, e à quebra dos automatismos impostos pela cultura ocidental
Por Fausto Ramos*



Vivemos em uma cultura essencialmente visual. Vivemos no Império do representativo - onde a forma tem mais valor do que a essência. Romper com este padrão é um ato de rebeldia e subversão. É justamente neste movimento que identifico a obra musical de Ciberpajé (Edgar Franco) e de seu Posthuman Tantra. A maior parte da produção musical contemporânea é regida por regras visuais - a partitura, os movimentos do maestro, as harmonias matematicamente calculadas. São músicas feitas para serem lidas ao invés de escutadas. Para subverter esta estrutura é necessário buscar recursos de linguagem musical que remontam a um período muito anterior ao domínio da visão e da razão. O single Transhuman Baphomet’s Cult, do Posthuman Tantra, parece beber de gêneros musicais como o Noize, o Avant-Garde e o Ambient, ainda que transcenda a todas as convenções destes rótulos. Esta faixa vai se construindo, crescendo, abrindo caminho para uma atmosfera que sintetiza o universo da Aurora Pós-Humana: cibernético, com os sons do sintetizador; orgânico, com os vocais guturais; e por último, espiritual, com os padrões rítmicos e hipnóticos.

É inclusive bem subversivo, pois parece deliberadamente desrespeitar as regras de harmonia melódica, transpondo os limites da musicalidade matematicamente convencionada. A música nos conduz novamente à roda em torno da fogueira indígena, onde um pajé conduz ritos ao som de tambores e ecos vocais. Este resgate cultural a um tempo onde profundas mensagens e ensinamentos eram transmitidos por meio da música e da dança, surte efeito implacável em toda e qualquer pessoa que se disponha a escutar a música com sincera atenção e disposição. Pois seus elementos de composição - a batida rítmica e hipnótica, os efeitos distorcidos com o sintetizador, os vocais guturais - evocam forças imanentes em nossa psiquê. Conecta-se diretamente com arquétipos arraigados em nosso inconsciente, puxando nutrientes do solo de nossos afetos e eletrificando a mensagem da música. E que mensagem a música transmite? Não com esta música em singular, mas por meio de toda sua obra artística, o Ciberpajé convida as pessoas a se reconectarem com seus instintos, quebrando com os automatismos impostos pela cultura ocidental. Esta proposta de ruptura de convenções se apresenta em Transhuman Baphomet’s Cult dentro da subversão de seu formato e apresentação.


*Fausto Ramos é artista multimídia, magista e mentor do canal Caosofia

Ouça o single Transhuman Baphomet’s Cult clicando aqui ou na arte da capa abaixo:


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

[Lançamento] "Transhuman Baphomet's Cult", novo single do Posthuman Tantra é lançado pela Necromancia

Capa do single do Posthuman Tantra - "Transhuman Baphomet's Cult"

O Posthuman Tantra retoma sua saga sonora mágicko tecnognóstica com o single Transhuman Baphomet's Cult. A obra foi inspirada inicialmente por uma experiência psiconáutica obscura com o cogumelo Psilocybe cubensis e em um segundo momento através do contato ritualístico com o totem Baphomet Transumano, no contexto do universo caoticista e ficcional da Aurora Pós-humana. A faixa, de 4:05 minutos (9), utiliza ritmo cardíaco e efeitos sonoros subliminares em sua estrutura. O single é um lançamento do netlabel Necromancia, do Mato Grosso. 

A arte de capa é também uma criação do Ciberpajé (Edgar Franco) e foi criada a partir de desenhos inspirados na experiência psiconáutica visionária com o cubensis.

Ouçam o single e baixem a versão com capa e encarte nesse link, ou clicando nas imagens do post.

Encarte do single do Posthuman Tantra - "Transhuman Baphomet's Cult"

Veja o Ciberpajé no traço do mestre Toninho Lima!

Grafite de Toninho Lima retratando o Ciberpajé

No facebook do Ciberpajé é possível vislumbrarmos mais de 50 desenhos, e até esculturas, retratando-o, são obras originais de artistas do Brasil inteiro, alguns deles notórios, como Mozart Couto, Bira Dantas e Márcio Baraldi. Agora foi a vez do mestre dos quadrinhos brasileiros Toninho Lima retratar o Ciberpajé! O próprio Ciberpajé expressa sua emoção com o desenho:


Um incrível presente de um mestre! Imaginem minha emoção ao ganhar esse grafite original desenhado pelo mestre da HQ brasileira, Toninho Lima! A arte retrata-me no cenário da nova série em quadrinhos "Limbo - O mundo sombrio dos Pesadelos", criada pelo mestre e já com 2 revistas publicadas!
Sou fã de Lima desde minha infância quando lia seus quadrinhos publicados nas revistas da Bloch Editores na década de 80, adorava suas HQs do Lobisomem e estou muito feliz com seu retorno aos quadrinhos, publicando vários títulos de forma independente. Adquiram diretamente com ele os seus novos gibis: Antonio Lima. Minha gratidão ao grande Toninho por essa incrível arte, um tesouro de valor incalculável para mim!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

[Resenha] Álbum Ecos Humanos resenhado no primeiro número da revista LEGENDASHQ!



 Capa do número 1 da revista LegendasHQ!


A "LegendasHQ" é uma nova revista independente muito especial, pois ela une em seu cast estelar 4 dos mais importantes editores de fanzines de quadrinhos da história do fandom brasileiro, são eles Marcos Freitas, do zine Quadritos, Denilson Reis do premiadíssimo zine Tchê!, André Carim, do zine Múltiplo, e Clodoaldo Cruz, do zine Cabal, todos na ativa e editando suas publicações em novas fases. A revista LegendasHQ! une as forças dessas feras e já começa impactando com um primeiro número sensacional, são 48 páginas em formatão e capa cartonada. Nesse número de estreia a arte da capa e entrevista são dedicadas ao grande mestre da HQB Bira Dantas, e a edição ainda traz matérias, colunas, HQs e uma sessão de resenhas. O álbum em quadrinhos Ecos Humanos,  do Ciberpajé e de Eder Santos, abre a sessão de resenhas com uma intensa e densa análise feita por Marcos Freitas. Reproduzimos algumas páginas de Ecos Humanos logo abaixo, e também um  fac-símile da resenha. Para adquirir a LegendasHQ! entre em contato com o editor Marcos Freitas pelo e-mail atomiceditora@gmail.com . Saiba mais sobre Ecos Humanos e adquira seu exemplar do álbum nesse link.

 Capa do álbum Ecos Humanos, roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos

 Página do álbum Ecos Humanos, roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos
 Página do álbum Ecos Humanos, roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos

 Página do álbum Ecos Humanos, roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos


 Página do álbum Ecos Humanos, roteiro do Ciberpajé e arte de Eder Santos



Resenha publicada na revista LegendasHQ! #1, por Marcos Freitas

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Revistas e fanzines do Ciberpajé no acervo da Universidade de Miami (EUA)

O pesquisador e artista Dr. Gazy Andraus - um dos maiores especialistas em fanzines de quadrinhos do Brasil - esteve na Universidade de Miami (EUA), em janeiro de 2019, para conhecer o extenso acervo de fanzines organizado por pesquisadores na biblioteca daquela instituição. Andraus foi recebido pela pesquisadora Nicola Hellmann McFarland, e levou em sua bagagem uma série de revistas alternativas e fanzines especialmente selecionados por ele para doação à sessão de fanzines da biblioteca da universidade. Em sua seleção Gazy deu destaque à produção de quadrinhos do gênero genuinamente brasileiro "poético-filosófico", e incluiu algumas publicações do Ciberpajé (Edgar Franco).

Veja algumas fotos das edições do Ciberpajé - ou de outras em que ele participa - doadas à Universidade de Miami.

Exemplares da revista Artlectos e Pós-humanos #2 e #4, com HQs do Ciberpajé, publicados pela Editora Marca de Fantasia

Em cima, fanzine Equilíbrio Dinâmico # 1 (do Ciberpajé e da IV Sacerdotisa), e fanzine Uivo #1 e #2 (Ciberpajé), e abaixo à direita fanzine Equilíbrio Dinâmico #2



Fanzine Café Filosófico #2, dedicado ao gênero poético-filosófico e aos HQforismos. capa e HQforismos do Ciberpajé e outros autores, publicação do projeto IFFanzine - do Instituto Federal Fluminense, campus Macaé(RJ), coordenado por Beralto.

Gibiozines #12 #13 #14 #15 #16 #17, todos incluem HQs do Ciberpajé e os números #12 e #16 também tiveram a arte de suas capas criadas por ele. O Gibiozine é uma projeto de extensão do curso de Biologia da UFSCar, Campus Sorocaba, coordenado pelo Prof. Dr. Hylio Lagana

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

[Veja como foi] Ciberpajé no Dia do Quadrinho Nacional na Mandrake Comic Shop, em Goiânia

Ciberpajé falando do álbum Ecos Humanos, ao seu lado a quadrinista Cátia Ana

O Ciberpajé foi um dos convidados a participar da comemoração do "Dia do Quadrinho Nacional" na Mandrake Comic Shop, em Goiânia. No dia 2 de fevereiro, a loja organizou debate sobre criação de quadrinhos e a cena nacional e goiana. Foram 3 horas instigantes de conversa sobre a HQB, com um público atento na loja e na transmissão ao vivo. Além do Ciberpajé, o bate papo contou com as presenças da zineira Ana Maria, e dos quadrinistas Márcio Júnior e Cátia Ana.  Durante a conversa com o público o Ciberpajé falou de sua trajetória artística, destacando o respaldo nacional e internacional de suas criações transmídia e falando mais detidamente dos novos álbuns em quadrinhos Ecos Humanos, pareceria com Eder Santos, e Agartha.

Álbuns de quadrinistas goianos lançados em 2018


O Ciberpajé (Edgar Franco) agradece à loja Mandrake pelo convite e pela noite memorável, também aos que compareceram e que acompanharam o evento online. Veja algumas fotos do evento, e um trecho de 1 minuto da fala do Ciberpajé em vídeo feito pela I Sacerdotisa Rose Franco 


 Ana Maria, Ciberpajé, Márcio Júnior e Cátia Ana



Loja Mandrake 

 Ciberpajé falando do álbum Ecos Humanos, ao seu lado a quadrinista Cátia Ana

 Público acompanhando o bate-papo

  Público acompanhando o bate-papo



  Público acompanhando o bate-papo



 Público acompanhando o bate-papo



Vídeo com Início da apresentação do Ciberpajé sobre sua trajetória artística