Arte de capa do EP Ciberpajé - Reino Devastado
Já está online para streaming e download o EP Ciberpajé - Reino Devastado (ouça-o aqui). A obra, que inclui 3 faixas exclusivas, sela parceria inédita com o projeto musical Horror, capitaneado pelo musicista Guilherme Silveira, radicado em Londrina, no Paraná. Guilherme é artista multimídia e no momento cursa doutorado no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da UFG sob orientação do Ciberpajé (Edgar Franco), pesquisando abstração nas histórias em quadrinhos. Inclusive as faixas do EP ainda gerarão HQs inspiradas nelas que integrarão a prática artística da pesquisa de doutorado.
A proposta conceitual do EP envolveu a seleção de 3 aforismos do Ciberpajé - gravados com sua voz - que metaforizam visceralmente a situação sócio-política do Brasil no contexto da pandemia de COVID-19. Guilherme Silveira amalgamou influências de drone, industrial, post-rock, post-black metal e do avantgarde black metal grego, tudo isso com um tempero pesado e atmosférico que transformou as faixas em densas viagens sonoras. O musicista falou sobre a parceria e o processo criativo da obra:
"O Reino Devastado, trabalho gráfico-sonoro-aforístico em parceria com o Ciberpajé, foi uma realização extremamente prazerosa. Como ambos trabalhamos com quadrinhos e som, e sou admirador da obra de Edgar já há tempos, é instigante criar sonoramente em conjunto com seus aforismos. Ao combinarmos a parceria para o “Reino Devastado”, Edgar me entregou os aforismos que gerariam as faixas “Pobre Reino Devastado”, “Culto” e “Morte Rubra”. Logo de início eu já tive certeza que em oposição à velocidade do aforismo, queria construir músicas um pouco mais longas, buscando uma ambientação e uma possibilidade de repetição – do aforismo e das ideias que ele carrega – e para isso busquei diferentes referências: o drone, o metal extremo, o industrial e as paisagens sonoras. Em “Pobre reino devastado” a guitarra é o foco principal, com drones criando e segurando uma tensão que extravasa na metade final, mais enérgica. Em “Culto” a voz foi o foco, criei coros de base e trabalhei em recortes e remixagens da voz do Ciberpajé, criando os ruídos percussivos que dão base para a música. “Morte Rubra” é sustentada por gravações de uma chaleira em ebulição, uma tentativa de trabalho sonoro que está sempre prestes a explodir. Trabalhar com guitarra, voz, gravações concretas e samplers, foi um desafio incrível para chegar a uma complexa rede de sobreposições que conseguisse se mesclar e amplificar a força de aforismos tão críticos e certeiros sobre um mundo em colapso."
O Ciberpajé foi o responsável pela arte de capa e projeto gráfico do EP e também buscou uma metáfora visual direta para expressar o conceito central, utilizando-se de texturas e cores que dialogam com a mensagem aforística e sonora. O EP é um lançamento da gravadora e netlabel Lunare Music, de São Paulo. Ouça-o em streaming e/ou baixe-o com o encarte completo em alta resolução nesse link. Veja as páginas do encarte, incluindo a que reproduz os aforismos, postadas abaixo:
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